Powered By Blogger

domingo, 29 de abril de 2012

Uma lista de sites para você estudar de graça com grandes mestres das melhores universidades


FONTE: Caderno Estadão.edu do Jornal O Estado de São Paulo


Coursera (www.coursera.org)
Cursos com duração de 4 a 12 semanas sobre assuntos como Algoritmos, Teoria dos Jogos e Mitologia. As aulas são dadas por professores de Princeton, Stanford e das Universidades da Califórnia, de Michigan e da Pensilvânia

Udacity (www.udacity.com)
Criado por experts em robótica, oferece seis cursos na área tecnológica. Introdução à Inteligência Artificial, por exemplo, teve 160 mil alunos

Youtube EDU (www.youtube.com/education)
O maior portal de vídeos da web tem página de conteúdo educacional dividido em categorias como Universidade, Ensino Fundamental e Médio, e Aprendizado Para Toda a Vida

Veduca (www.veduca.com.br)
Site tem 70 aulas de professores de grandes universidades do mundo com legenda em português, mas promete oferecer versão de um total de 4.714 videoaulas

Univesp (www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br)
O programa do governo de SP vai se tornar uma universidade. Por enquanto, oferece graduação e pós em parceria com USP e Unesp. Parte das aulas e cursos livres estão disponíveis no site univesp.tv.br

Unicamp (www.prg.unicamp.br/aulas)
Aulas Magistrais reúne videos de grandes professores

iTunes U (www.apple.com/education/itunes-u)

Este aplicativo gratuito para iPad, iPhone e iPod touch tem um catálogo de mais de 500 mil palestras em vídeo ou áudio, livros e outros recursos educacionais de instituições como Stanford, Yale e MIT

Os convênios odontológicos


A mesma insatisfação dos médicos com os convênios de atendimento dos planos de saúde surge agora com os dentistas em relação aos planos odontológicos.

O problema, nos dois casos, está no pagamento pelo serviço prestado.

Os dentistas recebem, segundo o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), menos de R$ 10 por consulta; pela extração dentária, R$ 15. As entidades de classe recomendam o valor médio da consulta de R$ 70, mas os convênios pagam uma fração desse valor.

O presidente do Crosp, Emil Adib Razuk, diz que, em onze anos, de 2000 a 2011, o número de clientes dos planos odontológicos saltou de 2,7 milhões para 16 milhões.

O faturamento dessas empresas em 2010 foi de R$ 1,6 bilhão. E, acrescenta Razuk, elas pagaram aos dentistas R$ 627 milhões, ou menos de 40% do total recebido.

O presidente do Crosp destaca que os planos odontológicos construíram um modelo de negócio predatório, que se mantém por conta da exploração de sua principal mão de obra, o dentista, que é altamente qualificada.

A situação vai se tornar insustentável, prevê Razuk, e a odontologia suplementar vai entrar em colapso pela evasão dos dentistas no atendimento de clientes dos planos odontológicos.

E os maiores prejudicados serão os 16 milhões de usuários dos convênios, que deixarão de ter assistência odontológica mesmo se estiverem em dia com as mensalidades.

sábado, 28 de abril de 2012

Conhecimento de matemática e erros na administração de medicamentos.


Estudo americano demonstrou que pais com baixa habilidades matemáticas são mais prováveis a administrar doses incorretas de medicamentos para seus filhos.
O estudo incluiu 289 pais de crianças menores de 8 anos, que foram prescritos um tratamento curto prazo com medicamentos líquidos, após os seus filhos serem atendidos em um departamento de emergência pediátrica. Os pais receberam três testes para avaliar sua capacidade de leitura e matemática, e os pesquisadores também assistiram os pais como eles mediram uma dose da medicação prescrita para o seu filho.
Quase um terço dos pais tinham baixa habilidade de leitura. E 83 por cento tinham habilidades matemáticas fracas. Vinte e sete por cento tinham habilidades matemáticas em nível de terceiro grau.
Em geral, 41 por cento dos pais erraram a administração do medicamento. Os pais com nível escolar até a terceira série do ensino fundamental tiveram cinco vezes mais probabilidade de cometer um erro de dosagem do medicamento, quando comparados com pais que frequentaram até o sexto ano ou superior.

Dr. H. Shonna Yin, um professor assistente de pediatria da New York University School of Medicine e do Hospital Bellevue Center, disse :  -"Os pais enfrentam muitos desafios enquanto procuram administrar medicamentos para seus filhos de maneira segura e eficaz" .
O Dr. H. Shonna foi além dizendo: - "A administração de medicamentos líquidos corretamente pode ser especialmente confuso, como os pais podem ter dificuldade de entender conceitos numéricos, tais como a forma de converter entre diferentes unidades de medida, como ml, as colheres de chá e colheres. Os pais também devem usar copos com precisão de dosagem, conta-gotas e seringas. Estes são mais seguros."
Este estudo aponta para a necessidade de criar estratégias que diminuam os riscos de erros de administração de medicamentos fora do ambiente ambulatorial. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Uso inadequado de medicamentos



Do: Valor Econômico


Rivotril, Viagra, e antibióticos, são os campeões de uso inadequado nas corporações
Hipocondríaco, mas um pouco relapso. Estressado e com doenças associadas ao estilo de vida moderno. Esse foi o principal diagnóstico observado na pesquisa feita pela empresa ePharma, a pedido do Valor, sobre o perfil de consumo de medicamentos por executivos e funcionários de grandes corporações do país, como siderúrgicas, petroleiras, mineradoras, construtoras, usinas, companhias telefônicas e prestadoras de serviços, que utilizam plano de saúde e têm cartão de subsídio para compra de remédios administrada pela companhia. O universo pesquisado foi de 220 mil pessoas dos quase 1 milhão de vidas do mundo corporativo atendido pela ePharma.


O comportamento desse universo corporativo não foge muito à regra geral da população brasileira, no qual a automedicação para combater uma simples dor de cabeça, por exemplo, faz parte da cultura do país, e a crescente substituição de medicamentos de referência por genéricos reforça uma tendência global de mercado.


O que mais surpreende nessa pesquisa é o consumo inadequado de alguns importantes medicamentos cuja prescrição médica é obrigatória, casos do Rivotril (antidepressivo), Viagra (combate à disfunção erétil), e de antibióticos. Além disso, os dados compilados pela ePharma mostram o alto índice de desistência, sobretudo por parte dos homens, em dar prosseguimento a importantes tratamentos médicos.


A ePharma elabora relatórios mensais que são repassados aos seus clientes para que as corporações possam desenvolver políticas de prevenção de saúde a seus beneficiários, segundo Luiz Carlos Silveira Monteiro, presidente da companhia.


Os dados da pesquisa mostram que as mulheres são as que mais utilizam o sistema (57%). As faixas etárias que mais usam são dos 18 aos 29 anos e dos 30 a 39 anos, respectivamente (ver quadro acima).


O alto consumo de Rivotril, o oitavo item dos medicamentos mais comprados com receita obrigatória (em 2010 era o primeiro e em 2009 era o nono), é considerado um dos mais emblemáticos na pesquisa. A droga, desenvolvida pela farmacêutica suíça Roche, nos anos 70, para tratar de convulsões, está entre os dez principais remédios de prescrição consumidos por esse perfil de usuários nos últimos três anos. O curioso é que nos últimos 30 anos uma nova classe de produtos dessa linha de tratamento foi lançada, mas esse produto continua entre os mais prescritos.


"O Rivotril é um dos remédios mais vendidos no Brasil, muito mais que analgésicos e antibióticos", afirmou ao Valor o médico Marcelo Feijó de Mello, professor adjunto do Departamento de Psiquiatria da Universidade Paulista de Medicina (Unifesp). O uso desse medicamento, segundo levantamento do ePharma, é feito na maioria das vezes por mulheres da faixa etária 4 (de 40 a 49 anos).


Mello explicou que esse remédio é coadjuvante em tratamento e não a primeira escolha de um médico especialista. "Mas como o Rivotril tem efeito imediato e baixa a ansiedade, é receitado por uma classe médica, que não é a especializada, como ginecologistas e clínicos gerais, por exemplo", disse.


Ao Valor, o presidente da Roche no Brasil, Adriano Treve, afirmou que o Rivotril é um fenômeno de vendas no país, mas quase nada é comercializado em outros países. "A Roche não investe nada para promover o Rivotril no país", disse. Em 2011, as vendas de Rivotril (clonazepam) atingiram 14 milhões de caixas. Os principais concorrentes do produto são os genéricos de clonazepam, comercializados a preços 35% mais baixos se comparados ao produto de referência. Nos últimos três anos, as vendas da versão genérica do medicamento, da classe das benzodiazepinas, cresceram 24,3%.


Hipertensão e doenças cardíacas atingem cerca de 15% dos funcionários corporativos


Outro fato curioso é o uso de Viagra e seus genéricos por homens entre 30 e 39 anos. O remédio não está entre os dez mais vendidos, mas faz barulho. O consumo desse produto deveria ser feito por pessoas acima de 60 anos. Segundo Sidney Glina, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, há três grupos que consomem medicamentos de combate à disfunção erétil: os que realmente precisam, os que buscam turbinar a relação sexual, geralmente na faixa dos 30 anos, e os que são inseguros. "Esse último grupo está na faixa dos 18 anos a 20 anos, que tem medo de não conseguir ter bom desempenho." Segundo ele, o problema de tomar esse remédio sem precisar é o risco psicológico.


Na lista dos dez medicamentos com receita obrigatória os antibióticos genéricos reinam. O consumo inadequado dessa classe é que se pode criar resistência a antibióticos, observou Múcio de Oliveira, diretor da unidade de emergência do Incor (Instituto do Coração). "Conforme vai criando resistência, o paciente vai ter que tomar drogas mais potentes." O mesmo vale para automedicação. "É o mesmo que comprar uma peça para carro sem consultar o mecânico."


De acordo com Pedro de Oliveira, diretor-médico da ePharma, o alto índice de descontinuidade de tratamento observado pela pesquisa também é preocupante. "Cerca de 30% dos que desistem têm doenças consideradas graves." Segundo Oliveira, os homens são os que mais tendem a abandonar o tratamento.


Homens são os mais propensos a desistir em dar prosseguimento a importantes tratamentos médicos


Essa postura relapsa tem explicação: "Faz parte da cultura feminina se tratar, do homem não. Depois que deixam de ir ao pediatra, eles acham que não precisam se cuidar. Procurar ajuda médica na linguagem masculina é visto como fraqueza. Ele não quer ter nada, então abandona", disse Múcio de Oliveira, do Incor, especialista em hipertensão. "Após os 40 anos, voltam para fazer acompanhamento de próstata e hipertensão."


As terapias hormonais e de distúrbios emocionais são as de mais demandas por esse grupo de usuários do mundo corporativo, nas quais predominam o público feminino, seguidas pelas de cardiopatias e anti-hipertensivas. "Cerca de 15% da população tem algum problema cardiovascular e hipertensivo. E no caso da hipertensão a causa nunca é uma só. Além da predisposição genética, a doença está associada à alimentação rica em sódio, obesidade, ambiente estressante, sedentarismo e diabetes", lembra Múcio de Oliveira.


No ranking dos remédios isentos de receita, os analgésicos genéricos para aliviar dores lideram, o que indica um comportamento de automedicação. Os de prescrição médica também são, na maioria, genéricos. A substituição de medicamentos de referência por genéricos não é visto como um problema por especialistas. "Nossa orientação é para dar preferência a laboratórios conhecidos, que preservem a qualidade e que sejam auditados pela Anvisa [Agência de Vigilância Sanitária]", afirmou Décio Mion, chefe de hipertensão do Hospital das Clínicas.


Com essas informações em seu banco de dados, a ePharma pode traçar perfil de comportamento para cada corporação. Líder de mercado, a ePharma é uma empresa de Gerenciamento de Benefícios de Medicamentos (GBM), modelo muito comum nos EUA. Esse serviço é destinado a empresas e instituições que oferecem acesso à assistência farmacêutica e integra o benefício do medicamento à gestão da saúde de seus beneficiários.


Pelo sistema da ePharma, que atende cerca de 20 milhões de vidas e tem cerca de 60% de seus serviços voltados para rede de farmácia popular, é possível tabular todas as informações dos usuários que usam o cartão de sistema de saúde da companhia. "A empresa tem crescido 25% ao ano de forma consolidada. Ano passado, investimos cerca de R$ 2 milhões em tecnologia, o que nos permite ter os dados em tempo real nas 14 mil farmácias associadas em mais de 500 municípios", disse Monteiro.

domingo, 15 de abril de 2012

Prática da ioga traz benefícios afetivos e cognitivos


FONTE: O ESTADO DE SÃO PAULO

Prática da ioga traz benefícios afetivos e cognitivos, aponta estudo brasileiro
Para quem pratica ioga, memória de longo prazo melhorou 20% e houve redução do estresse


Alexandre Gonçalves, Mariana Lenharo, Jornal da Tarde - O Estado de S.Paulo
Um estudo científico brasileiro mostrou que a ioga traz benefícios cognitivos e afetivos palpáveis para quem a pratica.

O trabalho, conduzido por pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico da ioga. A maioria carece de controles adequados que garantam o rigor ou a aplicação universal dos resultados 

Diferentemente do que ocorreu nas outras pesquisas, desta vez os pesquisadores escolheram voluntários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Visconde de Taunay, do Exército, em Natal (RN).

Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Junior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: ao longo de um semestre, eles praticaram uma hora de ioga, duas vezes por semana.

Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de controle. Isso é importante para que os resultados do grupo que praticou ioga possam ser comparados.

A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa.

Animou-se, no entanto, quando o também biólogo Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orientasse no doutorado. Rocha é professor de ioga e reconhecia as limitações dos estudos sobre o tema. Por isso, sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científica Consciousness and Cognition, é fruto desse interesse.

Os militares foram avaliados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formulários para averiguar o nível de estresse e outras condições psicológicas, bem como testes fisiológicos.

"Notamos uma melhora de 20% na memória de longo prazo nos militares que praticaram ioga", afirma Rocha. "É um porcentual que indica um considerável ganho cognitivo."



sábado, 14 de abril de 2012

Finasterida e novas advertências de efeitos colaterais


A agência FDA (Food and Drug Administration) adicionou nas bulas uma advertências sobre a finasterida. As novas bulas informarão que alguns homens que tomaram o medicamento continuaram a ter efeitos colaterais sexuais depois que param de usar a referida substância.
Finasterida é usada para o tratamento de câncer de próstata e calvície. A substância tem sido associada a outros efeitos colaterais sexuais. O FDA disse que estava fazendo novas alterações na bula, porque alguns efeitos colaterais que foram observados depois que os pacientes não estavam mais tomando o medicamento.
Algumas bulas dizem que alguns homens que tomaram o medicamento tiveram a libido diminuída, distúrbios da ejaculação e distúrbios do orgasmo que persistiram depois que eles já não estavam tomando. As bulas vão informar que casos de infertilidade masculina e qualidade do sêmen que ficou melhor ou normalizada depois que os pacientes deixaram de tomar a droga.
A finasterida demonstrou reduzir o risco de câncer de próstata, mas, em Junho de 2011, a FDA alterou rótulo da droga com o aviso, que a finasterida pode aumentar o risco de um tipo mais grave de câncer da próstata.

terça-feira, 10 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Não deixe de visitar o seu dentista a cada seis meses.


Câncer de boca: um mal a evitar.

Ao ir ao dentista não só são observadas as patologias dos dentes e gengivas. O seu dentista é o melhor profissional para detectar câncer oral.

É recomendável que a cada seis meses você vá ao dentista fazer check-up da região oral. Na próxima vez que visitar o seu dentista, pergunte sobre o check-up relativo a câncer oral. Como profissional ele observa toda e qualquer alteração possa indicar este possível mal.

Ele vai observar caroços ou alterações de tecido irregulares em seu pescoço, cabeça, face e cavidade oral e examinar cuidadosamente os tecidos moles em sua boca, procurando especificamente por quaisquer feridas ou tecidos descoloridos. Embora você já viu este tipo de triagem, é uma boa idéia para confirmar que este rastreio é uma parte, e continuará a ser uma parte, de seus exames regulares.

Cada ano nos Estados Unidos, mais de 30.000 novos casos de câncer de boca são diagnosticados, e mais de 8.000 pessoas morrem da doença, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

A taxa de sobrevivência de cinco anos para o câncer oral é cerca de 50 por cento.

Se não for diagnosticada e tratada em seus estágios iniciais, o câncer bucal pode ser mortal. O tratamento para o câncer em estágio oral avançado pode levar à dor crônica, perda da função, após a cirurgia facial permanente e oral desfiguração. Quanto mais cedo o câncer for detectado e tratado, melhores serão os resultados.

Possíveis sinais do câncer bucal podem incluir: feridas sangrando; feridas que não cicatrizam; caroços, manchas difíceis, dor ou sensação de ter algo preso na garganta, dificuldade para mastigar ou engolir, dor do ouvido, dificuldade de mover a mandíbula ou a língua, rouquidão, dormência da língua, e mudanças na forma como os dentes se encaixam.

Não deixe de visitar o seu dentista uma vez a cada seis meses.

Óleo de coco ao invés de trazer benefícios, pode trazer malefícios


Cápsulas de oléo de coco
Cápsulas de oléo de cocô (Reprodução)
FONTE: Revista VEJA
O óleo de coco, seja na forma líquida ou na de pílula, é o emagrecedor da moda. Na forma de pílula, é ingerido duas vezes ao dia. Líquido, também pode ser ingerido ou usado no preparo de alimentos. Na Mundo Verde, uma rede de 205 lojas de produtos naturais espalhadas pelo Brasil, as vendas aumentaram 500% nos últimos 4 meses, mais do que qualquer outro produto. O frenesi não deve continuar por muito tempo. Vários alimentos, bebidas, sementes e produtos naturais caíram no esquecimento pela ausência de estudos científicos e resultados práticos que comprovassem sua eficácia. O caminho dessa nova moda parece ser o mesmo.

Saiba mais

COLESTEROL
O colesterol é importante para o organismo para sintetizar vitaminas e hormônios, mas eles não circulam livremente pelo sangue. Para fazer isso, é preciso que se juntem às lipoproteínas, como a  HDL (sigla para high density lipoproteins, ou lipoproteínas de alta densidade) e a LDL (low density lipoprotein, lipoproteínas de baixa densidade). A HDL impede que a LDL forme placas de gordura nas artérias que dão origem à aterosclerose, diminuindo ou obstruindo o fluxo sanguíneo, provocando infartos ou derrames.
ÁCIDO GRAXOS
São as moléculas que compõem a gordura, que pode ser encontrada na natureza em formato sólido (gordura) ou líquido (óleos). São formados por cadeias de carbono, que se ligam a moléculas de hidrogênios. Quanto mais ligações na molécula, mais saturada é a gordura.
GORDURA SATURADA
Aumenta o LDL no organismo, que se deposita nas artérias e eleva o risco de problemas cardíacos. Pode ser encontrada em frituras, carne vermelha e em laticínios em geral.
GORDURA INSATURADA
Diferente das saturadas, ajuda a reduzir os triglicerídeos, um tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial, e a pressão arterial. Pode ser monoinsaturada ou poli-insaturada. Essa última pode ser, por exemplo, Ômega 3 e 6, que são os chamados ácidos graxos essenciais e são as gorduras encontradas em peixes, linhaça, castanhas e azeite.
O primeiro motivo é que nada — benefícios ou prejuízos — foi provado em relação ao óleo, o que basta para impedir que médicos responsáveis recomendem a substância como emagrecedor. Segundo Gláucia Carneiro, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e do ambulatório de obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as evidências científicas são insuficientes para que as pessoas contem com o óleo de coco para emagrecer.
Não há mal nenhum em usá-lo, em sua forma líquida, como substituto do óleo de origem animal ou mesmo do óleo de soja na preparação de alimentos. Ele faz parte do grupo de gorduras vegetais, mais saudável do que as animais. No entanto, é rico em gorduras saturadas. O azeite de oliva, por exemplo, tem gorduras insaturadas. Para cozinhar, tudo bem. Para emagrecer, fora de questão.

Sem comprovação — As pesquisas que encontraram tanto benefícios como malefícios no alimento não foram capazes de explicar o mecanismo envolvido. Há quem atribua ao óleo de coco a condição de um termogênico, ou seja, algo capaz de aumentar a queima de calorias no corpo. Substâncias termogênicas estão presentes no café ou no chá verde, por exemplo, mas também podem ser encontradas em suplementos alimentares. Mas, de novo, nada foi comprovado.

Pesquisadores brasileiros da Universidade de Alagoas, em Maceió, publicaram no periódicoLipids, em 2009, um estudo sobre óleo de coco. Nele, 40 mulheres obesas de 20 a 40 anos seguiram, por 12 semanas, uma dieta com restrição calórica (menos consumo de carboidratos, mais ingestão de proteínas e fibras e semelhante consumo de gordura) e praticaram 50 minutos de caminhadas todos os dias. Metade delas ingeriu suplementos óleo de soja e as outras, de óleo de coco. Antes do início do estudo, as participantes apresentavam níveis de colesterol, índice de massa corporal (IMC) e medidas abdominais parecidas. Ao final da pesquisa, aquelas que consumiram óleo de coco apresentaram maiores níveis de HDL, o colesterol 'bom', e menores de LDL, o colesterol 'ruim', enquanto o outro grupo teve os dois tipos de colesterol aumentados. A redução do IMC foi observada nos dois grupos, embora somente o grupo do óleo de coco tenha reduzido a circunferência abdominal.

Os pesquisadores concluíram que dieta com suplemento de óleo de coco não aumenta os níveis de gordura no sangue e reduz medidas abdominais em obesos. Entretanto, eles também observaram que o suplemento pode induzir uma resistência à insulina. Os cientistas, no entanto, concluíram que outros estudos eram necessários para avaliar os efeitos do alimento a longo prazo.

Ilusão — Por causa de resultados controversos como esses, que indicam tanto benefícios quanto malefícios do óleo de coco, sem confirmar nenhum dado e estabelecendo a necessidade de novos estudos, os médicos acreditam que incluir óleo de coco na dieta como um suplemento alimentar não é seguro. "Nenhum estudo feito sobre óleo de coco tem qualidade que garanta segurança dos resultados, além de não ter sido publicado em revistas médicas de excelência", afirma Cíntia Cercato, endocrinologista da SBEM e do Hospital das Clínicas.

O endocrinologista Alfredo Halpern, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e autor do livro Pontos Para o Gordo, é mais taxativo. "O óleo de coco é uma grande enganação. É rico em gorduras saturadas, ou seja, em excesso faz mal, e não tem nenhuma dessas propriedades sobre as quais as pessoas vêm falando. É uma gordura como outra qualquer: pode ser consumida, mas também é capaz de engordar o indivíduo", afirma.
O óleo de coco não precisa ser exterminado. Ele pode substituir outras gorduras, como manteiga, óleo de girassol e azeite, na preparação de alimentos, desde que haja bom senso. "A gordura não é proibida. O ideal é que ela represente, no máximo, 30% do total de calorias que consumimos ao dia, dependendo do tamanho, do peso e do estilo de vida do indivíduo. As gorduras saturadas, porém, não devem ultrapassar 7%”, diz o endocrinologista da SBEM e chefe do grupo de obesidade do Hospital as Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Márcio Mancini.
Mancini, porém, reafirma: para emagrecer, o óleo de coco é uma bobagem. "Quem compra essa ideia joga dinheiro fora, se ilude com um caminho fácil para a perda de peso e acaba se decepcionando."