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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Postamos este texto para mostrar a realidade dos médicos no Brasil. 







Mais Fatos e Menos Propaganda – A verdade sobre os Médicos no Brasil


No dia 06 de maio deste ano, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, anunciou a intenção de “importar” (termo utilizado) 6 mil “médicos cubanos” para trabalhar em “áreas carentes” do Brasil, sem exigência do “Revalida”.  O argumento utilizado foi que existe carência de médicos no país, e gerou-se o embrião de mais uma crise dentre as várias outras que atingem o governo federal atual.
“Médicos cubanos”, “Revalida”, “áreas carentes”, termos que vêm sendo usados exaustivamente na mídia, que tentarei explicar o contexto o qual eles pertencem.
 Os parágrafos seguintes dispõe de alguns números que podem parecer um monte de dados, mas estão dispostos de forma sucinta para que cada um possa tirar suas próprias conclusões.
Primeiramente, o Brasil dispunha, em outubro de 2012, de 388.015 médicos, sendo que em um ano (entre outubro de 2011 e outubro de 2012) formaram-se 16.277 novos médicos, conferindo um aumento anual de 4.36%.
De 1970 até 2012, a população brasileira aumentou 101.84%, enquanto o número de médicos aumentou 557.72%cinco vezes mais.
O número de faculdades de medicina no Brasil cresceu 82% nas duas últimas décadas, chegando a 167 no ano de 2007, levando o país para a segunda posição mundial em número de cursos de graduação na área, perdendo apenas para a Índia, que possui 222 cursos para uma população de mais de 1 bilhão de pessoas. A China e os EUA possuem, respectivamente,  150 e 125 faculdades de medicina.
O Brasil dispõe de 2,0 médicos por 1.000 habitantes, segundo o último senso de demografia médica do Conselho Federal de Medicina, sendo 1,01 na região Norte, 1,2 no Nordeste, 2,67 no Sudeste, 2,09 no Sul e 2,05 na região Centro Oeste. No Distrito Federal, berço do governo, a taxa é de 4,09 médicos por 1.000 habitantes, a mais alta do país.
Mantendo o ritmo atual de formação de profissionais, o Brasil atingirá 500 mil profissionais daqui a sete anos (em 2020) com uma taxa de 2,41 médicos por 1.000 habitantes, semelhante à atual taxa americana.
Porém, a OMS recomenda 1.0 médico por 1.000 habitantes. Olhando apenas pelos números, estamos duas vezes acima do recomendado, e prontos para alcançar (e ultrapassar) os americanos em 07 anos.
Ainda assim, não há médicos em muitas regiões do Brasil, especialmente as carentes, e por carentes não pensem em uma aldeia no Acre, pois em regiões metropolitanas de grandes metrópoles também não se encontram profissionais. E reforçando, o Brasil forma 16.277 novos médicos por ano atualmente. Então, por quê há carência de médicos?
Salário? Muitos já ouviram falar de salários de R$ 30 mil oferecidos para médicos no interior do Pará, ou R$ 15 mil de uma cidade no interior de algum estado do sudeste.
Pois bem, tais salários oferecidos não dispõe de direitos trabalhistas, leiam-se férias, 13º salário e quaisquer outro direito que qualquer trabalhador brasileiro tem. Não existem garantias ou contratos. A maioria é verbal e o médico é o único responsável pelas vidas daquela região. Você toparia perder uma mãe e um filho em um parto,  por R$30 mil?
Se topasse, você também não receberia R$ 30 mil. As prefeituras que oferecem salários extremamentes altos geralmente honram apenas o primeiro mês, as vezes o segundo, e atrasam e/ou simplesmente não pagam os meses seguintes. Em uma média aritmética de um atraso de quatro meses, o salário real cai para 25%. Como não existem contratos, garantias, direitos trabalhistas, fica tudo por isso mesmo.
Não menos importante, falta infra-estrutura. Não estamos falando de ressonância magnética ou medicina nuclear, e sim de um ultra som para fazer pré natal, exame de sangue e raio x para diagnosticar pneumonia, remédios básicos para trata-la e, o mais importante, outros profissionais da área de saúde.
Médico não trabalha sozinho, os vetos do ato médico estão aí pra provar. Não fazemos partos ou cirurgias sem enfermeiras, não sabemos fazer fisioterapia, não sabemos estimular crianças com dificuldades ou necessidades especiais, dietas para tratar diabéticos ou obesos. E obviamente, a única coisa que sabemos sobre higiene bucal é escovar os dentes.
A imagem do médico sozinho carregando a própria maleta na porta de uma casa é uma realidade de uma época que a medicina não conhecia nem sabia tratar nada do que ela tenta cuidar hoje.
O governo conhece toda essa realidade, e os médicos também.
Por isso os médicos estão propondo, há dez anos, uma solução para, pelo menos, as garantias trabalhistas, apresentando ao governo federal um plano de concurso público com carreira de estado para os médicos,  nos moldes dos que ocorrem com juízes, que teriam estabilidade e garantia de carreira para se fixarem no interior com suas famílias.
Porém, após dez anos, a solução subitamente emergencial apresentada pelo governo, segundo os fatos, foi a importação imediata de médicos estrangeiros, cubanos ou não, para suprir a carência destes profissionais. Nenhuma vírgula foi dita sobre maiores ou melhores investimentos no SUS e em sua infra-estrutura ou sobre os outros profissionais da área de saúde.
Mas, para um médico estrangeiro trabalhar no Brasil, este precisa antes fazer um examechamado Revalida, que é uma prova de conhecimentos médicos para avaliar se o conteúdo adquirido em outro lugar do mundo é suficiente à realidade brasileira. Apesar do corpo humano ser o mesmo, o ambiente difere, e muito, de um país para o outro. E é dele que contraímos as doenças. Febre amarela, por exemplo, é muito conhecida pelos médicos na região norte do Brasil. Agora pergunte para um argentino, americano, europeu, ou mesmo um gaúcho. Não é uma doença comum nessas regiões, assim como nelas existem as mais comuns. E há o idioma. Existe uma diferença entre saber o que é uma dor epigástrica e um bucho doído. O índice de reprovaçãonas últimas provas do Revalida atingiram 92%.
Para driblar o possível imbroglio que uma reprovação em massa poderia causar, o governo criou outra solução, e literalmente driblou o Revalida. Os médicos que estão aportando no paísnão precisarão fazer a prova e terão um registro profissional provisórioque não existe e não está previsto de existir nos Conselhos Regionais de Medicina. Não é como uma Carteira Nacional de Habilitação Provisória, onde há um limite de erros para você não perdê-la.
Quanto à remuneração, ofereceram bolsas de R$10 mil reais, chegando a R$30 mil reais em regiões inóspitas.
Perceberam o termo “bolsa”? Por que não “salário”? Simplesmente porque os médicosnão terão direitos trabalhistas, e se permanecerem menos de três anos, terão de devolver o dinheiro. Qual o nome de trabalho sem direitos e de graça, caso alguém desista?
Sabe-se que o governo federal irá pagar R$511 milhões para Cuba, pelos médicos cubanos, porém o governo brasileiro não sabe quanto será repassado ao médico cubano. O salário de um médico cubano, em Cuba, é de aproximadamente R$60,00 (sessenta reais).
Os cubanos são os únicos que irão para o interior, carente de infra- estrutura, simplesmente porquê eles não dispõem de opção de escolha, também conhecida como liberdade.
E, finalmente finalizando, 4.000 cubanos? Isso aumentaria  a taxa atual de médicos no Brasil de 2,0 para apenas 2,02 por 1.000 habitantes, sem alterar mais nenhum aspecto o sistema público de saúde.
Com uma conta matemática simples e não eleitoral, ao final de 2014, sem os médicos cubanos, a taxa de médicos no Brasil já seria de 2,08 por 1.000 habitantes (com os 16.277 novos formandos anuais) e os R$511 milhões poderiam ser investidos, com folga, em hospitais, outros profissionais e, tão importante quanto e tão aclamado nas manifestações, educação para, quem sabe, os futuros governos saibam fazer contas básicas em vez de eleitorais.


João Paulo Gonzaga de Faria é médico, residente em Genética Médica no Hospital das Clínicas da UFMG

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Fontes:
WHO – World Health Organization; 
Conselho Federal de Medicina. Demografia Médica do Brasil, volume 2, 2013.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O uso de fluorquinolonas podem produzir lesões permanentes de nervos periféricos.

A Food Drug Administration exigiu que as bulas de medicamentos contendo fluorquinolonas passem a ter informações sobre os efeitos colaterais graves de neuropatia periférica. Este tipo dano pode ser grave e permanente.
O risco de neuropatia periférica ocorre apenas com fluorquinolonas quando administradas por vias oral, intravenosa e intramuscular. São fluorquinolonas: levofloxacino, ciprofloxacino, moxifloxacino, norfloxacino e ofloxacino. As formulações tópicas otológicas e oftálmicas de fluorquinolonas não apresentaram estes riscos.

Certifique se os pacientes desenvolveram sintomas de neuropatia periférica. Caso o paciente desenvolva sintomas de neuropatia periférica, a fluoroquinolona deve ser interrompida imediatamente. Só se justifica a não substituição da fluorquinolona a menos que o benefício da continuação do tratamento com uma fluorquinolona supere o risco. Os profissionais de saúde e os pacientes são aconselhados a informar os efeitos colaterais relacionados ao uso desses produtos para o setor de Segurança da FDA e do Programa de Notificação de Eventos Adversos.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cientistas identificaram a molecula que origina a dor das queimaduras de pele.

Descobriram que a vermelhidão e a dor das queimaduras solares de pele são causadas por uma molécula que é abundante nas camadas mais externas das células da pele.
Estudando peles de ratos e amostras de peles humanas, a investigação também descobriu que bloqueando esta molécula, denominada TRPV4, reduz extremamente a dor associada a queimaduras solares.
As descobertas podem levar a novas formas de tratar a dor causada por queimaduras solares. Este estudo foi publicado no site da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos.
Queimaduras solares aumentam o risco de câncer de pele. A maioria dos casos de queimaduras são causadas por raios UVB. Este estudo concluiu que TRPV4 desempenha um papel importante na dor provocada por queimaduras solares relacionada com UVB.
Estudo co-autor sênior Dr. Martin Steinhoff, professor de dermatologia e cirurgia da Universidade da Califórnia, em São Francisco, discutiu as implicações práticas das novas descobertas.

O TRPV4 será um novo alvo para a prevenção e tratamento de queimaduras solares e danos causados ​​pelo sol. Isto inclui câncer de pele ou envelhecimento provocado pelos raios UVB. Pesquisas precisam ser feitas para inibidores TRPV4 podem tornar-se parte do arsenal de defesa contra os raios solares. Novos tipos de cremes para a pele no futuro serão lançados.

domingo, 4 de agosto de 2013

Aproveite hoje que você está em casa. Olhe com cuidado a sua residência. O assassino pode estar aí. 




sábado, 3 de agosto de 2013

DROGARIA PRÓ-SAÚDE: FDA alerta para reações cutâneas raras do Paraceta...

DROGARIA PRÓ-SAÚDE: FDA alerta para reações cutâneas raras do Paraceta...: Paracetamol, analgésico amplamente utilizado , pode causar reações cutâneas raras, porém graves. Um alerta sobre esse perigo serão adicio...

FDA alerta para reações cutâneas raras do Paracetamol

Paracetamol, analgésico amplamente utilizado , pode causar reações cutâneas raras, porém graves. Um alerta sobre esse perigo serão adicionados às bulas dos produtos nos EUA.
O paracetamol é também freqüentemente usado em combinação com outros medicamentos, incluindo opióides para dor e medicamentos para o tratamento de resfriados, gripes e dor de cabeça.
De acordo com o FDA, o paracetamol pode provocar três reações cutâneas graves. Dois deles - Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica - geralmente necessitam de hospitalização e pode ser letal.
As reações geralmente começam com sintomas de gripe, seguido por erupção cutânea, bolhas e extensos danos à superfície da pele. A recuperação pode levar semanas ou meses, e possíveis complicações incluem cicatrizes, mudanças na cor da pele, cegueira e danos aos órgãos internos.
A terceira reação da pele que pode ser causado por paracetamol é chamado pustulose exantemática aguda generalizada. Ele geralmente se resolve dentro de duas semanas depois que um paciente parar de tomar paracetamol.
As pessoas que desenvolvem uma erupção cutânea ou outra reação da pele ao tomar paracetamol devem parar de tomar o medicamento e procurar atendimento médico imediato. Dr. Sharon Hertz, vice-diretor da Divisão de Anestesia e Ação Analgésica da FDA, disse em uma agência de notícias: - esta nova informação não se destina a preocupar os consumidores ou profissionais de saúde, nem é feito para incentivá-los a escolher outros medicamentos. E acrescentou: - No entanto, é extremamente importante que as pessoas reconhecem e reajam rapidamente com os sintomas iniciais raros, porém de efeitos secundários graves, que são potencialmente fatais.
A decisão do FDA para adicionar avisos sobre possíveis reações da pele para produtos com paracetamol é baseado em uma análise de dados que mostram que houve 107 casos de reações cutâneas relacionadas com este fármaco nos EUA entre 1969 e 2012. Estes casos resultaram em 67 internações e 12 mortes.
Outros medicamentos usados para tratar a febre e dor, tais como medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), incluindo o ibuprofeno e o naproxeno, já carregam advertências sobre o risco de reações cutâneas graves.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Perguntas importantes sobre a medicação de seus filhos
A administração de medicamentos ajuda saúde de seus filhos. Mas a medicação pode ser perigosa se dado de forma incorreta.

Aqui algumas perguntas que os pais devem fazer aos médicos ou farmacêuticos:

·         Para que serve o(s) medicamento(s)?
·         Quantas vezes ao dia devo administrar o(s) medicamento(s)?
·         Quais os melhores horários para a administração dos medicamentos?
·         O medicamento pode ser administrado com alimentos?
·         Quais são os efeitos colaterais?
·         Como vou saber quando a medicação está funcionando?
·         Quanto tempo vai ser a terapia medicamentosa?
·         Em que casos devo ou posso interromper a terapia?