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quarta-feira, 18 de julho de 2012

EUA autorizam venda de remédio usado no tratamento contra obesidade



Medicamento Qnexa poderá ser receitado para pessoas com índice de massa corporal de 30 ou mais, ou pacientes com diabetes, colesterol ou pressão alta.

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos autorizou nesta terça-feira a venda do remédio Qnexa, usado no tratamento contra obesidade. A droga poderá ser receitada para pessoas com o Índice de Massa Corporal de 30 ou mais, ou também para pacientes com diabetes, colesterol ou pressão alta. Segundo a agência americana, o medicamento só não deverá ser usado por gestantes, pois pode causar danos ao feto.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Anvisa alerta para risco de consumo de suplemento alimentar

Imagem ilustra alguns comprimidos na palma de uma mão.
O consumo de alguns suplementos alimentares, como Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros, pode causar graves danos à saúde das pessoas. É o que alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em informe, publicado nesta terça-feira (10/7).
De acordo com o alerta da Agência, alguns desses suplementos contêm ingredientes que não são seguros para o consumo como alimentos ou contêm substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem acompanhamento médico.  Os agravos à saúde humana podem englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte.
“O forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares. O alerta da Anvisa ressalta, ainda, que muitos desses suplementos alimentares não estão regularizados junto à Agência e são comercializados irregularmente em nosso país.
Segundo o diretor da Anvisa, são produtos fabricados a partir de ingredientes que não passaram por avaliação de segurança. “Esses suplementos contém substâncias proibidas  para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping”, explica Álvares.
DMAA
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde, por meio da Rede de Autoridades em Inocuidade de Alimentos, alertou que vários países têm identificado efeitos adversos associados ao consumo da substância dimethylamylamine (DMAA), presente em alguns suplementos alimentares. O DMAA é um estimulante usado, principalmente, no auxílio ao emagrecimento, aumento do rendimento atlético e como droga de abuso.
Essa substância,  que tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, pode causar dependência, além de outros efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, e pode levar a morte. Alguns países já proibiram a comercialização de produtos que contém DMAA, como Austrália e Nova Zelândia.
“O DMAA tem sido adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não existir  estudos conclusivos sobre a sua dose segura”, afirma Álvares. No Brasil, o comércio de suplementos alimentares com DMAA também é proibido.
Na última terça-feira (3/7), a Anvisa incluiu o DMAA na lista de substâncias proscritas no país, fato que impede a importação dos suplementos que contenham a substância, mesmo que por pessoa física e para consumo pessoal. Entre os suplementos alimentares que possuem DMAA estão: Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros.
Importados
A regulamentação sanitária brasileira permite que pessoas físicas importem suplementos alimentares para consumo próprio, mesmo que esses produtos não estejam regularizados na Anvisa. Entretanto, esses suplementos não podem ser importados com finalidade de revenda ou comércio ou conter substâncias sujeitas a controle especial ou proscritas no país, como é o caso do DMAA.
Cada país controla esses produtos de maneira específica e, em muitos casos, não são realizadas avaliações de segurança, qualidade ou eficácia antes da entrada desses suplementos no mercado.  “Os consumidores devem estar atentos e checar se esses suplementos foram avaliados por autoridades sanitárias do país de origem e se não foram submetidos ao processo de recolhimento”, orienta o diretor da Anvisa.
Brasil
No Brasil, alimentos apresentados em formatos farmacêuticos (cápsulas, tabletes ou outros formatos destinados a serem ingeridos em dose) só podem ser comercializados depois de avaliados quanto à segurança de uso, quando se considera eventuais efeitos adversos já relatados. Além disso, precisam ser registrados junto à Anvisa antes de serem comercializados.
De acordo com o diretor da Anvisa, produtos conhecidos popularmente como suplementos alimentares não podem alegar propriedades ou indicações terapêuticas. “Propagandas e rótulos que indicam alimentos para prevenção ou tratamento de doenças ou sintomas, emagrecimento, redução de gordura, ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo ou melhora do desempenho sexual são ilegais e podem conter substâncias não seguras para o consumo”, alerta Álvares.
Confira aqui o alerta da Anvisa sobre o caso
 
Dicas para identificar suplementos que não estão regularizados no Brasil
- Promessas milagrosas e de ação rápida, como “Perca 5 kg em 1 semana!”;
- Indicações de propriedades ou benefícios cosméticos, como redução de rugas, de celulite, melhora da pele etc.
- Indicações terapêuticas ou medicamentosas, como cura de doenças, tratamento de diabetes, artrites, emagrecimento, etc.
- Uso de imagens e ou expressões que façam referência a hormônios e outras substâncias farmacológicas;
- Produtos rotulados exclusivamente em língua estrangeira;
- Uso de fotos de pessoas hiper-musculosas ou que façam alusão à perda de peso;
- Uso de panfletos e folderes para divulgar as alegações do produto como estratégia para burlar a fiscalização;
- Comercializados em sites sem identificação da empresa fabricante, distribuidora, endereço, CNPJ ou serviço de atendimento ao consumidor.

Recomendações aos consumidores
Se você usa ou tem intenção de usar “suplementos alimentares”, a Anvisa recomenda:
- Solicite auxílio de seu nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e regularizados junto à Anvisa;
- Desconfie se o produto for “bom demais para ser verdade”! Ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido ou fácil, principalmente de forma saudável;
- Consumidores que adquiriram produtos que contém DMAA na composição devem buscar orientação junto à autoridade sanitária local sobre a destinação adequada dos mesmos;
- Mais informações podem ser obtidas junto à Central de Atendimento da Anvisa: 0800 642 9782

sábado, 7 de julho de 2012

Três pessoas são internadas por dia com intoxicação em SP


Envenenamentos, intoxicações e exposição a substâncias nocivas causam, em média, três vítimas todos os dias no Estado de São Paulo, mostrou o levantamento da Secretaria de Saúde. Apesar de ter havido queda no número de internações (em 2011 foram 951 casos ante 1.132 de 2010), o número de mortos ainda é alto, 29 no ano passado contra 26 em 2010.

 

Segundo o médico do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências), Roberto Stefanelli, esse tipo de acidente ocorre por vários motivos e muda conforme a idade do paciente. Crianças de 1 a 4 anos de idade representam 21% dos casos, tendo como principal razão o descuido de pais e responsáveis no armazenamento de medicamentos e produtos tóxicos.

 

"É muito comum guardar o produto de limpeza em garrafa de refrigerante. A criança vê o colorido da garrafa e acaba ingerindo e se intoxicando", disse Stefanelli. Para evitar acidentes, o médico orienta que esse tipo de substância seja guardada somente em armários com chaves ou em lugares altos, fora do alcance de crianças.

 

Quando suspeitar de intoxicação, o procedimento é levar a vítima imediatamente ao atendimento de emergência, junto com o frasco ou resto da substância que causou o acidente para auxiliar na identificação por parte dos médicos. Stefanelli lembra, além disso, que nunca se deve provocar vômito no paciente, pois o líquido ingerido pode ser corrosivo e lesar órgão internos. "Vai piorar a situação. Se ele estiver com o nível de consciência reduzido e vomitar, ele pode aspirar o vômito e ele ir para o pulmão. Aí fica muito mais grave, pode levar até a morte".

O médico ainda relatou que, em boa parte dos casos de crianças intoxicadas que chegam à emergência, as famílias desconhecem a causa do mal-estar. Por isso, deve-se suspeitar de envenenamento quando a criança apresentar vômitos, diarreia, salivação excessiva, rebaixamento do nível de consciência ou sonolência. Os sintomas, porém, podem variar de acordo com o tipo de substância ingerida.

 

Outra faixa etária que costuma sofrer intoxicação é a de adolescentes e jovens adultos. Nesses casos, no entanto, as causas são excesso da ingestão de bebidas alcoólicas e uso de drogas ilícitas. Adultos que vivem nas áreas urbanas, normalmente, são internados após tentativas de suicídio e acidentes de trabalho, como vazamentos de produtos químicos e de fumaças tóxicas. Nos acidentes com gases, é importante pedir socorro aos bombeiros e jamais entrar no recinto.

 

"Ao entrar no ambiente que está cheio de gás, para socorrer alguém, você também vai se contaminar. Em vez de uma vitima serão duas", alerta o médico. Já nas regiões rurais, envenenamentos em decorrência da manipulação e inalação de inseticidas na agricultura são os quadros mais comuns registrados pela pesquisa.

 

Entre os idosos, a intoxicação geralmente ocorre por erro na dosagem de medicamentos. "Eles se esquecem de que já se medicaram e tomam de novo, ou acabam tomando doses erradas", diz o médico. Por isso, a orientação de Stefanelli é de que haja controle por meio de anotações nos frascos e identificação nas cartelas de comprimidos das quantidades já ingeridas.

 

Em todos os casos de intoxicação, sobretudo quando a vítima estiver inconsciente, Stefanelli recomenda deitá-la de lado enquanto o socorro não chega. "Isso evitará que o vômito seja aspirado e chegue até o pulmão", orientou.