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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ana Lúcia usa emagrecedores desde 2001. Hoje, o composto que toma tem 11 ingredientes (inclusive, sibutramina), mas os efeitos colaterais passaram (Carlos Moura/CB/D.A Press - 9/9/11)

Fitoterápico Pholia Negra ajuda a emagrecer sem danos, dizem pesquisadores

Extraído do Correio Brasiliense.
Texto de Gláucia Chaves


Boca seca, náuseas, vômitos, dores nas articulações, taquicardia: os efeitos colaterais dos chamados anorexígenos, ou remédios para emagrecer, foram o estopim para a polêmica entre permitir que eles continuem nas farmácias ou proibi-los. A alternativa, contudo, pode estar mais perto do que se imagina: de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a erva brasileira Ilex paraguariense pode ser uma ótima — e natural — aliada de quem luta contra a balança. Segundo os estudiosos, a PholiaNegra (extrato da planta) não só reduz o peso corporal tanto quanto a sibutramina, como o faz sem efeitos colaterais.

De um lado, médicos e farmacêuticos defendem que a venda desse tipo de remédio seja fiscalizada com maior rigidez — e que apenas pessoas com prescrição médica tenham acesso a ele. Do outro lado dessa disputa está a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), defensora da tese de que o melhor a ser feito é restringir ao máximo ou até mesmo acabar com a comercialização desses medicamentos, uma vez que apresentariam “riscos à saúde superiores aos benefícios”.

Em outubro do ano passado, a diretoria da Anvisa decidiu proibir a fabricação e venda de remédios para emagrecer que atuem no sistema nervoso central e que sejam derivados de anfetamina — como dietilpropiona, mazindol e femproporex. A sibutramina não entrou na lista dos medicamentos vetados, mas agora seu uso precisa seguir certas restrições, como não ser prescrito por mais de 60 dias e ser indicado apenas para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 que tenham assinado um termo de responsabilidade.

Agora, apenas obesos sem histórico de doenças cardiovasculares, diabéticos ou com intolerância à glicose, dislipedêmicos (indivíduos com excesso de gordura no sangue), hiperuricêmicos (com nível elevado de uratos no sangue), mulheres com ovário policístico e com hepatite não alcoólica estão aptos a tomar a sibutramina.

Para pessoas com dificuldades em perder peso, a discussão entre os profissionais de saúde e o órgão regulador pode significar mais e mais quilos extras — e todas as consequências que vêm com eles, como diabetes, hipertensão, fadiga e problemas de baixa autoestima, por exemplo.

No trabalho feito pela USP, os pesquisadores analisaram as propriedades emagrecedoras da PholiaNegra e compararam os resultados com os obtidos pelo uso da sibutramina. Maria Martha Bernardi, professora do departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e coordenadora da pesquisa, explica que a principal diferença entre a planta e a droga é o modo como cada uma atua no organismo. “O fitoterápico age direto no estômago, servindo para diminuir a movimentação dele. A sibutramina tem efeito no cérebro, diminuindo o apetite”, compara. A baixa movimentação do estômago faz com que o alimento demore mais para ser digerido. O resultado é barriga cheia por mais tempo e, consequentemente, menos fome.

Para descobrir os efeitos do fitoterápico, Bernardi e seu grupo de pesquisadores dividiram 60 ratos (30 machos e 30 fêmeas) em seis grupos. Durante um mês, todos comeram ração hipercalórica. No segundo mês da experiência, dois grupos, um de machos e um de fêmeas, foram tratados com sibutramina. Outros dois grupos, também de sexos diferentes, tomaram a PholiaNegra e o restante, apenas água. Após o cálculo da porcentagem de peso semanal e total de todos os grupos, descobriu-se que os resultados com a PholiaNegra e com a sibutramina foram semelhantes. Para as ratas, o experimento se mostrou ainda melhor. “A diferença entre o peso inicial e o final (o chamado Delta de Perda de Peso in vivo) chegou a 10% do peso total, e as fêmeas apresentaram um DPP bem maior que os machos”, completa a pesquisadora.

Polêmica
Se, para a Anvisa, os benefícios dos emagrecedores não compensam os riscos, para médicos e, principalmente, pacientes muitas vezes os remédios representam a única alternativa para viabilizar a perda de peso. O endocrinologista Reginaldo Albuquerque é um dos que engrossa o coro dos defensores das medicações. “A proibição só contribui para a permanência de mais gordos”, comenta. Ainda que já existam pesquisas que relacionam o uso da sibutramina ao aumento da incidência de problemas cardíacos, o médico ensina que, se usados com acompanhamento médico e pelo período determinado pelo profissional, não há motivo para temer os emagrecedores. “Eles só devem ser evitados por cardiopatas, idosos e grávidas”, completa.

Graça Coelho, 55 anos, fez uso da sibutramina em 2009. Ao contrário do que acontece com a maioria das pessoas, entretanto, a servidora pública conta que não teve maiores problemas com o medicamento. “Não senti nenhum efeito colateral e ainda emagreci 5kg em seis meses”, detalha. Ela defende que o remédio, aliado a uma dieta de poucas calorias e acompanhamento médico, também a deixava mais tranquila — e só parou de tomá-lo após a restrição da venda da substância. Com remédios fitoterápicos e manipulados a história foi diferente: mesmo com melhores resultados (em seis meses, Graça eliminou 24kg e mudou do manequim 48 para o 40), a qualidade de vida ficou prejudicada . “Sentia muito mal-estar, enjoo e palpitações”, descreve. Agora, ela conta que aprendeu o que deve fazer para se manter em forma. “Como pouco carboidrato e estou mantendo meu peso sozinha, sem médicos ou remédios.”

Para o médico ortomolecular Ícaro Alcantra, o grande problema é que nem sempre esses medicamentos são usados por quem realmente precisa deles. “Infelizmente, as medidas de fiscalização não têm dificultado o acesso e a prescrição abusivos, como seria necessário à saúde da população”, justifica. Segundo o médico, não é raro encontrar pacientes que sentem na pele as consequências dessa má utilização dos remédios — e acabam lotando consultórios em busca de alternativas “naturais” para reparar as sequelas, como ansiedade, pânico, depressão, fadiga, “efeito sanfona” e outros distúrbios orgânicos. “Assim sendo, sou obrigado a ser favorável à medida mais radical: proibição dos ‘controlados’ para emagrecimento”, conclui.

Temor
A servidora pública Rosimari Bortolepto Butinhão, 57 anos, teve a sorte de não ter sofrido com os efeitos colaterais dos remédios controlados. Em meados de 2008, ela fez uso da sibutramina para tentar perder parte dos 127 kg que pesava na época. Além da boca seca, nada aconteceu a Rosimari — nem mesmo a perda de peso. Ela passou, então, para outros medicamentos, à base de anfetaminas. “Comecei a tomar um coquetel com substâncias para queimar gordura, com inibidores de apetite e antidepressivos”, explica. Para ela, proibir só ajuda a aumentar a desinformação sobre os verdadeiros efeitos das substâncias. “Acho temerário proibir. As pessoas vão arranjar um jeito de comprar, e aí cai no ciclo vicioso. Quando se compra fora, compra qualquer porcaria, é igual droga”, opina. “Cabe ao médico acompanhar. Em mim, não causou dependência nenhuma.”

Ana Lúcia Oliveira, 31 anos, também aposta na ajuda medicamentosa para controlar o peso. Desde 2001, quando começou o primeiro tratamento, a assistente administrativa já experimentou uma extensa lista de anorexígenos, remédios alopáticos e fitoterápicos. Atualmente, o composto receitado pelo médico tem 11 ingredientes, além de outras quatro fórmulas, com sibutramina e anfepramona. “No início, eu sentia muito enjoo, boca seca, dificuldade pra dormir, taquicardia, agitação e prisão de ventre”, conta. Mesmo com os efeitos colaterais, Ana defende que, uma vez que a obesidade é considerada uma doença, nada mais natural que tratá-la com remédios. “Existem medicamentos para tratar diabetes, pressão alta ou colesterol. Por que não tratar a obesidade dessa forma?”, questiona. “Penso que a pessoa que tem dificuldades em manter o peso dentro do padrão saudável vai ter que se equilibrar na balança pelo resto da vida, assim como o diabético controla a glicemia e o hipertenso a pressão.”

Velha conhecida
Feita do extrato concentrado da planta Ilex paraguariensis, PholiaNegra é o nome comercial do fitoterápico. Mesmo que o nome científico da planta não seja assim tão familiar, ela é velha conhecida dos brasileiros: famosa apenas como erva-mate, é com ela que se faz o chimarrão, bebida especialmente popular no sul do país. Eentre as propriedades da planta estão os alcaloides, como teofilina e cafeína, que, com ação termogênica, aumentam o gasto energético e facilitam a degradação das gorduras do corpo (lipólise).

Tipos
Mesmo com nomes diferentes, os medicamentos para emagrecer podem ser agrupados de acordo com o seu funcionamento no organismo. Veja algumas classificações e características:

» Remédios que diminuem a absorção de gorduras e carboidratos nos intestinos.

Exemplos:
quitosana, orlistat (Xenical), cassiolamina, faseolamina, psyllium.

» Remédios que aceleram o metabolismo como um todo (e reduzem apetite). Têm efeitos similares aos da adrenalina, por isso, são os campeões em efeitos colaterais — como aumento da pressão cardíaca, da frequência dos batimentos cardíacos, da ansiedade e da agitação.

Exemplos:
anfepramona, sibutramina, femproporex, dietilpropiona, PholiaMagra.

» Remédios que aumentam a termogênese, ou gasto de energia, para gerar calor.

Exemplos:
citrus aurantium, garcinia, L-carnitina, cártamo.

» Remédios que desaceleram a digestão.

Exemplos:
slendesta, PholiaNegra, Irvingia gambonensis.

Fonte: Ícaro Alcantra, médico ortomolecular

PholiaNegra X Sibutramina

PholiaNegra

Onde atua: estômago.
Como age: retarda o esvaziamento gástrico, acelera a sensação de saciedade (plenitude gástrica), altera o metabolismo de ácido graxos e de glicose — o que diminui a formação de gordura visceral — e reduz o quociente respiratório. Efeitos colaterais: de acordo com o estudo feito pelos pesquisadores da USP, as cobaias não apresentaram efeitos colaterais.

Sibutramina

Onde atua: cérebro.
Como age: atua em áreas que controlam não só o humor, mas a sensação de bem-estar e o apetite. O remédio inibe a reabsorção, recaptação e degradação de neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina e dopamina. Isso faz com que essas substâncias fiquem disponíveis por mais tempo estimulando os neurônios. Aumenta a sensação de saciedade e inibe a fome. Efeitos colaterais: boca seca, aumento da pressão sanguínea, insônia, dor de cabeça, taquicardia, vertigem, irritação no estômago, náusea, vômito, alteração no paladar.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Menos sal, mais saúde.

Dieta para pacientes com insuficiência cardíaca.
                Hábitos alimentares saudáveis ​​podem reduzir significativamente a pressão arterial e melhorar a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. É o que confirmou um estudo incluindo pacientes cardíacos, a maioria na faixa dos 60 e 70 anos, que comiam apenas as refeições preparadas por nutricionistas na Unidade de Universidade de Michigan.
As refeições, que foram preparadas em casa, seguiram a dieta elaborada pelos profissionais. A dieta era rica em potássio, magnésio, cálcio e antioxidantes. Esta dieta é recomendado para o tratamento da pressão arterial elevada pela American Heart Association e do National Institutes of Health dos EUA.
A dieta utilizada no estudo recomendava uma ingestão diária de sódio de 1150 miligramas ou menos, o que é muito mais baixa do que a ingestão normal dos adultos americanos. O americano do sexo masculino ingere em media de cerca de 4200mg por dia, e as mulheres cerca de 3300ms em um dia.
Depois de três semanas seguindo esta dieta, os pacientes tiveram uma queda na pressão arterial semelhante ao obtido por tomar medicamentos de pressão arterial, de acordo com o estudo apresentado terça-feira (24/09/2013) no encontro da Sociedade de Cardiologia Americana.
O Sr. Scott Hummel , cardiologista da Universidade de Michigan, disse em uma nota à  imprensa:  "Nosso trabalho sugere dieta pode desempenhar um papel importante na progressão da insuficiência cardíaca, embora os pacientes devam sempre conversar com seu médico antes de fazer grandes mudanças na dieta."
Ele também disse: "Estamos entusiasmados para confirmar estes resultados em estudos de longo prazo que também nos ajudam a entender os desafios pacientes enfrentam quando tentam melhorar seus hábitos alimentares".
A insuficiência cardíaca significa que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.
Os médicos sabem há muito tempo que a dieta com baixo teor de sódio pode reduzir a pressão arterial em pacientes que são sensíveis ao sal. Este estudo, embora pequeno, mostrou que a dieta hipossódicas podem melhorar o relaxamento do ventrículo esquerdo e reduzir a rigidez câmara diastólica em pacientes com insuficiência cardíaca, o que significa uma transferência mais eficiente de sangue entre o coração e os órgãos.

Para mais informações sugerimos a página: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/dash/

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Postamos este texto para mostrar a realidade dos médicos no Brasil. 







Mais Fatos e Menos Propaganda – A verdade sobre os Médicos no Brasil


No dia 06 de maio deste ano, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, anunciou a intenção de “importar” (termo utilizado) 6 mil “médicos cubanos” para trabalhar em “áreas carentes” do Brasil, sem exigência do “Revalida”.  O argumento utilizado foi que existe carência de médicos no país, e gerou-se o embrião de mais uma crise dentre as várias outras que atingem o governo federal atual.
“Médicos cubanos”, “Revalida”, “áreas carentes”, termos que vêm sendo usados exaustivamente na mídia, que tentarei explicar o contexto o qual eles pertencem.
 Os parágrafos seguintes dispõe de alguns números que podem parecer um monte de dados, mas estão dispostos de forma sucinta para que cada um possa tirar suas próprias conclusões.
Primeiramente, o Brasil dispunha, em outubro de 2012, de 388.015 médicos, sendo que em um ano (entre outubro de 2011 e outubro de 2012) formaram-se 16.277 novos médicos, conferindo um aumento anual de 4.36%.
De 1970 até 2012, a população brasileira aumentou 101.84%, enquanto o número de médicos aumentou 557.72%cinco vezes mais.
O número de faculdades de medicina no Brasil cresceu 82% nas duas últimas décadas, chegando a 167 no ano de 2007, levando o país para a segunda posição mundial em número de cursos de graduação na área, perdendo apenas para a Índia, que possui 222 cursos para uma população de mais de 1 bilhão de pessoas. A China e os EUA possuem, respectivamente,  150 e 125 faculdades de medicina.
O Brasil dispõe de 2,0 médicos por 1.000 habitantes, segundo o último senso de demografia médica do Conselho Federal de Medicina, sendo 1,01 na região Norte, 1,2 no Nordeste, 2,67 no Sudeste, 2,09 no Sul e 2,05 na região Centro Oeste. No Distrito Federal, berço do governo, a taxa é de 4,09 médicos por 1.000 habitantes, a mais alta do país.
Mantendo o ritmo atual de formação de profissionais, o Brasil atingirá 500 mil profissionais daqui a sete anos (em 2020) com uma taxa de 2,41 médicos por 1.000 habitantes, semelhante à atual taxa americana.
Porém, a OMS recomenda 1.0 médico por 1.000 habitantes. Olhando apenas pelos números, estamos duas vezes acima do recomendado, e prontos para alcançar (e ultrapassar) os americanos em 07 anos.
Ainda assim, não há médicos em muitas regiões do Brasil, especialmente as carentes, e por carentes não pensem em uma aldeia no Acre, pois em regiões metropolitanas de grandes metrópoles também não se encontram profissionais. E reforçando, o Brasil forma 16.277 novos médicos por ano atualmente. Então, por quê há carência de médicos?
Salário? Muitos já ouviram falar de salários de R$ 30 mil oferecidos para médicos no interior do Pará, ou R$ 15 mil de uma cidade no interior de algum estado do sudeste.
Pois bem, tais salários oferecidos não dispõe de direitos trabalhistas, leiam-se férias, 13º salário e quaisquer outro direito que qualquer trabalhador brasileiro tem. Não existem garantias ou contratos. A maioria é verbal e o médico é o único responsável pelas vidas daquela região. Você toparia perder uma mãe e um filho em um parto,  por R$30 mil?
Se topasse, você também não receberia R$ 30 mil. As prefeituras que oferecem salários extremamentes altos geralmente honram apenas o primeiro mês, as vezes o segundo, e atrasam e/ou simplesmente não pagam os meses seguintes. Em uma média aritmética de um atraso de quatro meses, o salário real cai para 25%. Como não existem contratos, garantias, direitos trabalhistas, fica tudo por isso mesmo.
Não menos importante, falta infra-estrutura. Não estamos falando de ressonância magnética ou medicina nuclear, e sim de um ultra som para fazer pré natal, exame de sangue e raio x para diagnosticar pneumonia, remédios básicos para trata-la e, o mais importante, outros profissionais da área de saúde.
Médico não trabalha sozinho, os vetos do ato médico estão aí pra provar. Não fazemos partos ou cirurgias sem enfermeiras, não sabemos fazer fisioterapia, não sabemos estimular crianças com dificuldades ou necessidades especiais, dietas para tratar diabéticos ou obesos. E obviamente, a única coisa que sabemos sobre higiene bucal é escovar os dentes.
A imagem do médico sozinho carregando a própria maleta na porta de uma casa é uma realidade de uma época que a medicina não conhecia nem sabia tratar nada do que ela tenta cuidar hoje.
O governo conhece toda essa realidade, e os médicos também.
Por isso os médicos estão propondo, há dez anos, uma solução para, pelo menos, as garantias trabalhistas, apresentando ao governo federal um plano de concurso público com carreira de estado para os médicos,  nos moldes dos que ocorrem com juízes, que teriam estabilidade e garantia de carreira para se fixarem no interior com suas famílias.
Porém, após dez anos, a solução subitamente emergencial apresentada pelo governo, segundo os fatos, foi a importação imediata de médicos estrangeiros, cubanos ou não, para suprir a carência destes profissionais. Nenhuma vírgula foi dita sobre maiores ou melhores investimentos no SUS e em sua infra-estrutura ou sobre os outros profissionais da área de saúde.
Mas, para um médico estrangeiro trabalhar no Brasil, este precisa antes fazer um examechamado Revalida, que é uma prova de conhecimentos médicos para avaliar se o conteúdo adquirido em outro lugar do mundo é suficiente à realidade brasileira. Apesar do corpo humano ser o mesmo, o ambiente difere, e muito, de um país para o outro. E é dele que contraímos as doenças. Febre amarela, por exemplo, é muito conhecida pelos médicos na região norte do Brasil. Agora pergunte para um argentino, americano, europeu, ou mesmo um gaúcho. Não é uma doença comum nessas regiões, assim como nelas existem as mais comuns. E há o idioma. Existe uma diferença entre saber o que é uma dor epigástrica e um bucho doído. O índice de reprovaçãonas últimas provas do Revalida atingiram 92%.
Para driblar o possível imbroglio que uma reprovação em massa poderia causar, o governo criou outra solução, e literalmente driblou o Revalida. Os médicos que estão aportando no paísnão precisarão fazer a prova e terão um registro profissional provisórioque não existe e não está previsto de existir nos Conselhos Regionais de Medicina. Não é como uma Carteira Nacional de Habilitação Provisória, onde há um limite de erros para você não perdê-la.
Quanto à remuneração, ofereceram bolsas de R$10 mil reais, chegando a R$30 mil reais em regiões inóspitas.
Perceberam o termo “bolsa”? Por que não “salário”? Simplesmente porque os médicosnão terão direitos trabalhistas, e se permanecerem menos de três anos, terão de devolver o dinheiro. Qual o nome de trabalho sem direitos e de graça, caso alguém desista?
Sabe-se que o governo federal irá pagar R$511 milhões para Cuba, pelos médicos cubanos, porém o governo brasileiro não sabe quanto será repassado ao médico cubano. O salário de um médico cubano, em Cuba, é de aproximadamente R$60,00 (sessenta reais).
Os cubanos são os únicos que irão para o interior, carente de infra- estrutura, simplesmente porquê eles não dispõem de opção de escolha, também conhecida como liberdade.
E, finalmente finalizando, 4.000 cubanos? Isso aumentaria  a taxa atual de médicos no Brasil de 2,0 para apenas 2,02 por 1.000 habitantes, sem alterar mais nenhum aspecto o sistema público de saúde.
Com uma conta matemática simples e não eleitoral, ao final de 2014, sem os médicos cubanos, a taxa de médicos no Brasil já seria de 2,08 por 1.000 habitantes (com os 16.277 novos formandos anuais) e os R$511 milhões poderiam ser investidos, com folga, em hospitais, outros profissionais e, tão importante quanto e tão aclamado nas manifestações, educação para, quem sabe, os futuros governos saibam fazer contas básicas em vez de eleitorais.


João Paulo Gonzaga de Faria é médico, residente em Genética Médica no Hospital das Clínicas da UFMG

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Fontes:
WHO – World Health Organization; 
Conselho Federal de Medicina. Demografia Médica do Brasil, volume 2, 2013.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O uso de fluorquinolonas podem produzir lesões permanentes de nervos periféricos.

A Food Drug Administration exigiu que as bulas de medicamentos contendo fluorquinolonas passem a ter informações sobre os efeitos colaterais graves de neuropatia periférica. Este tipo dano pode ser grave e permanente.
O risco de neuropatia periférica ocorre apenas com fluorquinolonas quando administradas por vias oral, intravenosa e intramuscular. São fluorquinolonas: levofloxacino, ciprofloxacino, moxifloxacino, norfloxacino e ofloxacino. As formulações tópicas otológicas e oftálmicas de fluorquinolonas não apresentaram estes riscos.

Certifique se os pacientes desenvolveram sintomas de neuropatia periférica. Caso o paciente desenvolva sintomas de neuropatia periférica, a fluoroquinolona deve ser interrompida imediatamente. Só se justifica a não substituição da fluorquinolona a menos que o benefício da continuação do tratamento com uma fluorquinolona supere o risco. Os profissionais de saúde e os pacientes são aconselhados a informar os efeitos colaterais relacionados ao uso desses produtos para o setor de Segurança da FDA e do Programa de Notificação de Eventos Adversos.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cientistas identificaram a molecula que origina a dor das queimaduras de pele.

Descobriram que a vermelhidão e a dor das queimaduras solares de pele são causadas por uma molécula que é abundante nas camadas mais externas das células da pele.
Estudando peles de ratos e amostras de peles humanas, a investigação também descobriu que bloqueando esta molécula, denominada TRPV4, reduz extremamente a dor associada a queimaduras solares.
As descobertas podem levar a novas formas de tratar a dor causada por queimaduras solares. Este estudo foi publicado no site da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos.
Queimaduras solares aumentam o risco de câncer de pele. A maioria dos casos de queimaduras são causadas por raios UVB. Este estudo concluiu que TRPV4 desempenha um papel importante na dor provocada por queimaduras solares relacionada com UVB.
Estudo co-autor sênior Dr. Martin Steinhoff, professor de dermatologia e cirurgia da Universidade da Califórnia, em São Francisco, discutiu as implicações práticas das novas descobertas.

O TRPV4 será um novo alvo para a prevenção e tratamento de queimaduras solares e danos causados ​​pelo sol. Isto inclui câncer de pele ou envelhecimento provocado pelos raios UVB. Pesquisas precisam ser feitas para inibidores TRPV4 podem tornar-se parte do arsenal de defesa contra os raios solares. Novos tipos de cremes para a pele no futuro serão lançados.

domingo, 4 de agosto de 2013

Aproveite hoje que você está em casa. Olhe com cuidado a sua residência. O assassino pode estar aí. 




sábado, 3 de agosto de 2013