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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Maus tratos aos idosos uma questão que a sociedade deve discutir.

Maus tratos aos idosos podem levar a graves lesões físicas e em longo prazo às conseqüências psicológicas. Em países como o Brasil, onde estão aumentando os índices de pessoas idosas, haverá cada vez mais casos de agressões.
Este tipo de violência constitui uma violação dos direitos humanos. Inclui agressões: físicas, sexuais, psicológicas, emocionais e financeiras. Também sofrem abandono e negligências por parte da família; tudo isto num processo de perda de dignidade e o respeito.
Estas agressões aos idosos são importantes problemas de saúde pública. Embora haja pouca informação sobre a extensão dos maus tratos em populações idosas, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos de 4 a 6% dos idosos sofreram alguma forma de maus tratos em casa. No entanto, os idosos, muitas vezes têm medo de denunciar os familiares e ou amigos às autoridades.
Dados sobre a extensão do problema em instituições como hospitais, asilos e outras instalações de cuidados prolongados são escassos.
Uma pesquisa de enfermagem nos Estados Unidos sugere que as taxas podem ser altas: 36% presenciaram pelo menos um incidente de abuso físico de um paciente idoso no ano anterior; 10% cometeram pelo menos um ato de abuso físico para um paciente idoso; 40% admitiram ter abusado psicologicamente paciente idoso.
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda não fizeram uma pesquisa como esta.
Atos abusivos em instituições incluem contenção física de pacientes, privando-os de dignidade (por, por exemplo, deixando-os com roupas sujas), intencionalmente deixar de prestar cuidados (como que lhes permita desenvolver úlceras de pressão), administração de medicação de forma insuficiente, ou a total retenção de medicação ao paciente. 
Os maus tratos podem levar a lesões físicas - que vão desde pequenos arranhões e hematomas a ossos quebrados e ferimentos na cabeça levando a deficiência duradoura. Estas lesões podem causar conseqüências psicológicas, como depressão e ansiedade. Para os idosos, as conseqüências dos maus tratos podem ser especialmente graves, porque seus ossos são mais frágeis e o período de convalescença é mais longo. Mesmo relativamente pequenos ferimentos podem causar danos graves e permanentes, ou até mesmo a morte.
Os números de casos de maus tratos aos idosos estão projetados para aumentar em muitos países que têm rápido envelhecimento da população, cujas necessidades não podem ser plenamente cumpridos, devido a restrições de recursos. A previsão é que até o ano 2025, o número mundial de pessoas com 60 anos ou mais vai mais que dobrar, de 542 milhões em 1995 para cerca de 1,2 bilhões.
Riscos no nível individual incluem demência da vítima, e os transtornos mentais e abuso de álcool ou drogas. Outros fatores podem aumentar o risco de abuso. Incluem como fatores: sexo da vítima e uma situação de vida compartilhada. Enquanto os homens mais velhos têm o mesmo risco de abuso como as mulheres, em algumas culturas onde as mulheres têm status social inferior, as mulheres idosas correm maior risco de negligência por abandono, quando ficam viúvas e seus bens apreendidos. As mulheres também podem estar em maior risco de formas mais graves e persistentes de abusos e lesões.
Outro fator a considerar é a entrada de mulheres no mercado de trabalho. Assim elas têm menos tempo de cuidar dos idosos da família, e aumenta o risco de abuso.
Fatores sócio-culturais que podem afetar o risco de maus tratos mais velho incluem: idéia dos idosos como frágeis, fracos e dependentes; enfraquecimento dos laços entre as gerações de uma família; sistemas de direitos de herança e terras, afetando a distribuição de poder e bens materiais dentro das famílias; migração de casais jovens, deixando os pais idosos sozinhos, em sociedades onde as pessoas mais velhas tradicionalmente eram cuidadas por seus descendentes; falta de fundos para pagar por cuidados.
Dentro das instituições, maus tratos são mais prováveis de ocorrer quando: padrões de cuidados de saúde, serviços sociais e serviços de assistência a pessoas com mais idade são baixas, onde os funcionários são mal treinados, mal remunerados e sobrecarregados, onde o ambiente físico é deficiente, onde as políticas protegem as instituições, em vez dos idosos.
Muitas estratégias visam evitar maus tratos. Entre elas: campanhas de sensibilização da sociedade, triagem de potenciais vítimas, gestão do stress dos trabalhadores de asilos, treinamento do pessoal que trabalha com idosos, notificação compulsória de maus tratos às autoridades, visitas domiciliares por assistentes sociais, abrigos de emergência, e outras medidas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CFM atualiza regras para divulgação de serviços prestados por profissionais e estabelecimentos

A Resolução, que sai no Diário Oficial da União do dia 19, detalha os critérios que devem ser observados na elaboração de anúncios e no relacionamento com a imprensa e a sociedade
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (19) apresenta em detalhes as restrições éticas que os médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas às atividades médicas devem observar quando da elaboração de peças publicitárias relacionadas a seus serviços. O documento (nº 1.974/2011) acrescenta à norma anterior sobre o tema, publicada em 2003, informações sobre o alcance das disposições e orientações para sua aplicação. Entre os pontos, destacam-se a proibição de assistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo), a vedação ao anúncio de determinados títulos e certificados e a extensão das regras a instituições, como sindicatos e sociedades médicas.
“A resolução foi detalhada para que haja uma compreensão mais fácil pelos profissionais e para que os conselhos de medicina disponham de critérios objetivos para orientar os médicos e coibir as infrações. Os anexos da resolução compõem um manual de uso. A norma valoriza o profissional, defende o decoro e oferece mais segurança para a população”, avalia o conselheiro Emmanuel Fortes, 3º vice-presidente do CFM e relator da nova resolução.
Com a publicação da resolução, que entra em vigor em 180 dias após essa data, fica claro, por exemplo, que as regras de publicidade são extensivas a documentos médicos como atestados, fichas, boletins, termos, receituários e solicitações, emitidos pelos sistemas público e privado de assistência. Entre outras exigências, estes documentos devem conter nome do profissional, especialidade e número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) local. Quando a assistência é oferecida por uma instituição devem ser informados o nome do diretor-técnico-médico e o respectivo número de registro no CRM local.
NOVIDADES - Além de detalhamentos, a nova resolução se diferencia da anterior por proibir expressamente ao médico a oferta de consultoria a pacientes e familiares em substituição à consulta médica presencial. Esta proibição se aplica, por exemplo, aos serviços de assessoria médica realizados pela internet ou por telefone. Outro avanço apresentado pela norma é a vedação expressa a que o profissional anuncie possuir títulos de pós-graduação que não guardem relação com sua especialidade.
“Neste caso, o objetivo do Conselho é impedir que os pacientes sejam induzidos ao erro de acreditar que o médico tem qualificação extra em sua especialidade ou que está habilitado a atuar em outra área”, explica Fortes. Ainda em relação à qualificação, a norma abriu a possibilidade de que o médico divulgue ter realizado cursos e outras ações de capacitação, desde que relacionados à sua especialidade e que os respectivos comprovantes tenham sido registrados no Conselho Regional de Medicina local.
De acordo com o documento, a proibição de que o médico participe de anúncios de empresas e produtos é extensiva a entidades sindicais e associativas médicas. Assim, sociedades de especialidade, por exemplo, não podem permitir a associação de seus nomes a produtos – medicamentos, aparelhos, próteses, etc.
DETALHAMENTO – Os critérios que foram detalhados na Resolução 1974/2011 constituem em si um importante avanço por apresentar de forma clara e objetiva o que o médico, a instituição ou o estabelecimento de saúde pode e o que não pode fazer no campo da propaganda e da publicidade. A norma, inclusive com este detalhamento, estará disponível para consulta no site do CFM (www.portalmedico.org.br) a partir de sexta-feira (19), além de sua publicação no Diário Oficial da União nesta data.
O documento prevê que o médico não pode, por exemplo: anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técnicas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional que elejam “médico do ano”, “profissional destaque” ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos oferecidos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.
Também é vedada a propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, ou permitir que seu nome circule em material desprovido de rigor científico; conceder entrevistas para se autopromover, auferir lucro ou angariar clientela (permitindo, por exemplo, a divulgação de endereço e telefone de consultório); abordar assuntos médicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacionalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranqüilidade na sociedade.
IMAGENS E CONFLITOS - A norma ainda proíbe a exposição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do paciente. A exceção a esse preceito é, quando imprescindível, o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos.
O detalhamento trazido no anexo da nova resolução obriga expressamente o médico a declarar potenciais conflitos de interesse quando conceder entrevistas, participar de eventos públicos ou transmitir informações à sociedade. Ele determina que o uso de imagens em peças publicitárias enfatize apenas a assistência, ou seja, não devem ser utilizadas representações visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças ou por tratamentos.
Os critérios ainda vedam a participação do profissional em demonstrações de tratamento realizadas de modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura por serviços médicos. Também é vedado o uso de nome, imagem ou voz de pessoas célebres em anúncios de serviços médicos. Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não pode divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.
Para orientar o médico, o documento indica especificações técnicas que permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja presença é obrigatória nas peças publicitárias: os dados médicos devem ser inseridos nas peças impressas, por exemplo, em retângulos de fundo branco, em letras de tamanho proporcional ao das demais informações e de modo destacado; em peças audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser pausada, cadenciada e perfeitamente audível – também na TV devem ser observadas regras relacionadas a tipo e dimensão de letras. De acordo com a resolução, dúvidas sobre a aplicação das regras de publicidade devem ser encaminhadas à Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina local.  
A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM discutiu as mudanças nas regras de publicidade de serviços médicos entre março de 2010 e julho de 2011 (mês em que a nova norma foi aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina). Para a elaboração da proposta, os membros do grupo buscaram referências sobre publicidade e propaganda em leis e regulamentos de venda de medicamentos, bebidas e outras substâncias e produtos restritos, vigentes no Brasil e no exterior. As Codames dos Conselhos Regionais de Medicina também colaboraram nesse trabalho.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eurofarma e Cristália formam novo negócio


Fonte: VALOR ECONÔMICO
Os laboratórios nacionais Eurofarma e Cristália anunciam nos próximos dias a criação de uma nova empresa para atuar no setor farmacêutico para o desenvolvimento de novos medicamentos. A nova companhia, que será batizada de Supera, começa a operar no mercado em setembro, apurou o Valor.
As duas companhias formalizaram na semana passada a joint venture, na qual cada empresa terá 50% de participação, no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os últimos acertos sobre a nova operação serão definidos esta semana.
A nova empresa conta já conta com um "pipeline" (produtos em desenvolvimento) robusto e deverá colocar seus medicamentos inovadores no mercado nacional a partir de 2013, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Medicamentos na área de oncologia fazem parte desse novo portfólio.
Executivos da Eurofarma e da Cristália deverão fazer parte da administração da nova companhia farmacêutica nacional. A gestão da Eurofarma e Cristália permanecerá independente, mesmo com a joint venture.
A nova companhia contará com cerca de 300 funcionários, sobretudo na área de força de vendas, e projeta um faturamento superior a R$ 150 milhões quando entrar efetivamente em operação. A união das duas farmacêuticas para formalização da joint venture já vinha sendo costurada há alguns meses.
Com expertise em inovação, a Cristália, com faturamento de cerca de R$ 660 milhões em 2010, é uma das poucas farmacêuticas nacionais que investem no desenvolvimento de novos medicamentos, sempre em parceria com universidades federais e estaduais, com orçamentos apertados. A empresa tem atuação na área hospitalar.
A Eurofarma, com sede em São Paulo e receita em torno de R$ 1,3 bilhão, tem crescido nos últimos meses por meio de aquisições dentre e fora do Brasil. No ano passado, a companhia comprou o laboratório Segmenta, com sede em Ribeirão Preto (SP). Essa transação foi a porta da entrada da farmacêutica no mercado de soro hospitalar, área onde o laboratório paulista ainda não tinha participação.
A empresa já atua nesse segmento, com fornecimento de medicamentos injetáveis. Também no ano passado o laboratório nacional fechou importante parceria com a americana Pfizer para produzir a versão genérica do medicamento Lipitor (usado no combate ao colesterol elevado).
Outros laboratórios brasileiros também estavam negociando parcerias e joint venture, mas foram malsucedidos. O caso mais recente foi do Aché, que estava em conversas avançadas com a inglesa GlaxoSmithKline (GSK). A multinacional não desistiu de avançar no mercado brasileiro. No ano passado, a própria GSK estava no páreo para negociar a compra da Mantecorp, que foi arrebatada pela Hypermarcas.
Como os ativos farmacêuticos estão com preços elevados, devido ao forte interesse de grandes multinacionais em investir no país, os laboratórios nacionais estão mais cautelosos antes de fechar negócios.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Gigante da saúde investe R$ 10 mi em unidade no Brasil


Líder mundial em produtos de saúde, com receita anual de US$ 103 bilhões, a norte-americana Cardinal Health abrirá unidade no Brasil, a primeira na América do Sul.
Na próxima terça, a empresa assina parceria com o Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, referência em atendimento, ensino e pesquisa oncológica.
O investimento inicial será de R$ 10 milhões e envolve a montagem de um ciclotron, aparelho que produz radiofármacos, usados principalmente em exames de imagem (como tomografias) e tratamentos (radioterapia).
Segundo Irlau Machado, CEO do A.C. Camargo, além de insumos, a parceria com a Cardinal permitirá a abertura de linhas de pesquisas de novos marcadores para o diagnóstico e terapia de várias doenças, como o câncer.
"É uma tecnologia muito promissora, e a proximidade com a fábrica nos trará mais ideias e possibilidades de inovação", diz ele.
John Rademacher, presidente mundial da divisão de medicina nuclear da Cardinal, disse à Folha que só detalhará na próxima terça-feira os projetos que pretende desenvolver no Brasil.
A Cardinal chega ao país em um momento estratégico. O Congresso estuda a quebra total do monopólio estatal da produção e venda de radiofármacos. Nos EUA, o mercado movimenta cerca US$ 6 bilhões por ano.
Parte desse material (radiofármacos de meia-vida curta) já tinha sido liberada para a iniciativa privada em 2006, quando a emenda nº 49 alterou o texto constitucional que garantia o monopólio da União.
Mas o filão desse mercado são os radiofármacos de meia-vida maior, como o tecnésio-99, usado em cerca de 90% dos exames de medicina nuclear no país (cintilografias, por exemplo).

IMPORTAÇÃO
Hoje o Brasil importa esse material do Canadá, maior produtor mundial. Semanalmente, a matéria-prima do tecnésio (molibdênio-99) chega ao Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), que fraciona o material e o distribui para os serviços de saúde.
Em 2010, o país sofreu uma crise no abastecimento porque o reator canadense --responsável por 40% da produção mundial do molibdênio-99 e por toda a demanda brasileira-- parou de operar por problemas técnicos.
Para Jair Mengatti, diretor de radiofarmácia do Ipen, se houver quebra total do monopólio de radiofármacos, a estatal CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) não terá como competir. "Especialmente se mantida a estrutura atual, sem a agilidade gerencial e financeira que grandes multinacionais, como a Cardinal, têm."
Segundo Irlau Machado, inicialmente o foco da Cardinal no A.C. Camargo será na produção de radiofármacos de meia-vida curta (FDG), usado em um sofisticado exame de imagem, chamado PET-CT, capaz de identificar o câncer em estágio inicial e mostrar em tempo real como o corpo reage ao tratamento.
O A.C. Camargo é a instituição que mais realiza o exame no país --35 por dia, em média-- e gasta R$ 5 milhões anualmente na compra desses insumos. O Ipen é o principal fornecedor.
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) também tem um ciclotron que produz esse radiofármaco e abastece, além do instituto, outras unidades do complexo do Hospital das Clínicas que realizam o PET-CT.

FONTE: Folha de São Paulo

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Alertas de saúde: complicações a longo prazo por Diabetes



- Diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue.

Algumas complicações que surgem por não contrlar os níveis de glicêmia.

Endurecimento das artérias (aterosclerose).

Danos para os rins, nervos e olhos.

Disfunção erétil.

Colesterol elevado.

Pressão arterial elevada.

Infecções do trato urinário ou da pele.

Acidente vascular cerebral.

Doença vascular periférica.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Anvisa proíbe venda de fertilizante que provoca efeitos semelhantes aos da cocaína

                                                       Fonte: Agência Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de mefedrona no país. Usada como fertilizante agrícola, a mefedrona estava sendo utilizada como insumo para produção de uma droga que provoca euforia, hipertensão e delírios nos usuários, efeitos semelhantes aos da cocaína e do ecstasy.
Com a decisão, a mefedrona passa a ser considerada como o crack e cocaína: uma droga ilegal, incluída na lista de substâncias proscritas e cuja venda ou distribuição no país é considerada crime. A medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União para entrar em vigor, o que deve ocorrer nos próximos dias. A diretoria da agência reguladora decidiu banir a mefedrona do mercado depois de ouvir a Polícia Federal.

Projeto de lei quer tirar imposto de remédio e preço pode cair 35%

 Neste ano, o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT-DF) apresentou um projeto de lei para acabar com os impostos sobre todos os medicamentos – tanto os produzidos aqui, quanto os importados. O objetivo, segundo ele, é ampliar o acesso da população a esses itens de primeira necessidade.
De acordo com a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), em média, 35,7% do preço que o consumidor paga na farmácia são impostos. Henrique Tada, diretor técnico executivo da entidade, diz que em muitos países a tributação varia entre zero e 5%.
O governo já demonstrou interesse no assunto. A presidente Dilma Rousseff prometeu, durante a campanha eleitoral, baixar os impostos dos medicamentos. Neste ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também mostrou apoio à causa. Ele disse que a ideia não está contemplada na proposta de reforma tributária elaborada pelo governo federal, mas ressaltou que o tema está sendo discutido pelo ministério com os setores de saúde do país.
Reguffe encomendou um levantamento à Receita Federal sobre o total de recursos arrecadados pela União com medicamentos. Só em 2010, mais de R$ 3,3 bilhões foram recolhidos em taxas como o IRPJ (Imposto sobre a Renda – Pessoas Físicas), Cofins (Contribuição para a Seguridade Social), Imposto sobre a Importação e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
O deputado afirma que o corte dos impostos faria pouca diferença no Orçamento da União. O valor vindo dos medicamentos representa 0,16% do total arrecadado.
- O que deve ser tributado são os produtos supérfluos, não o que mexe com a saúde, com a vida das pessoas.
Os R$ 3,3 bilhões não levam em conta impostos estaduais, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Fernando Steinbruch, diretor do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), destaca que o ICMS corresponde à metade do total de impostos que incidem sobre os medicamentos.

Para saber mais: http://migre.me/5q9zH

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nações de renda alta têm 14,6% de deprimidos, contra 11% das mais pobres; em SP, 18% são afetados

Dado é de pesquisa internacional que entrevistou 89 mil pessoas

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

Um levantamento sobre a depressão em 18 países indica que esse transtorno psiquiátrico é mais comum em nações ricas do que em pobres.
O Brasil, porém, representado no estudo por dados da Grande São Paulo, foi o país em desenvolvimento com mais pessoas afetadas.
A pesquisa, para a qual foram entrevistadas 89 mil pessoas, é resultado de um projeto da divisão de saúde mental da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O registro de uma prevalência maior da depressão (14,6%) em países de renda média e alta do que nos de renda baixa (11,1%) não tem uma explicação única, afirmam os cientistas.
"Diferenças em exposição ao estresse, reação ao estresse e em depressão endógena [de origem interna], não relacionada aos fatores ambientais, são possíveis influências", afirma o estudo, liderado pela psiquiatra Evelyn Bromet, da Universidade de Nova York.
"A desigualdade social, em geral maior nos países de alta renda do que nos de baixa, leva a problemas crônicos que incluem a depressão."
Talvez não por acaso, o Brasil, onde a desigualdade social é ampla, figura na pesquisa com uma prevalência de 18% desse transtorno psiquiátrico. Entre os países ricos, a exceção foi o Japão, com só 6,6% de deprimidos.

Para saber mais: Folha de São Paulo de 02 de Agosto de 2011