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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Valproato na gravidez pode prejudicadar futuro desenvolvimento cognitivo da criança.

A Food and Drug Administration EUA (FDA) informou ao público que as crianças nascidas de mães que tomaram valproato de sódio ou produtos relacionados durante a gravidez têm um risco aumentado de obter baixos rendimentos em testes cognitivos. Esta conclusão é baseada nos resultados de estudos epidemiológicos que mostram que crianças nascidas de mães que tomaram valproato de sódio ou de produtos durante a gravidez tendem a pontuação mais baixa em testes cognitivos (QI e outros testes) do que crianças nascidas de mães que tomaram outros agentes anti- medicamentos anti-convulsivos durante a gravidez.

Data de validade mal impressa pode causar intoxicações em idosos.

As regras para a impressão de data de validade do rótulo dos medicamentos,  foram modificadas. Em 22 de dezembro de 2009 foi publicada a RDC nº. 71/2009 que estabelece novas regras para a rotulagem de medicamentos. Dentre estas regras, há a exigência de inclusão legível da data de validade do medicamento no rótulo. 
O número de lote, data de validade e data de fabricação passarão a ser impressas com cores nas embalagens secundárias (caixas e cartuchos). O uso apenas de baixo ou auto-relevo tornou-se proibido.
A regra não é obrigatória para as embalagens primárias (blísteres, frascos, bisnagas, etc), pois a impressão com tinta não é viável tecnicamente para materiais de embalagens como plástico e alumínio. Mas se, nestas embalagens, o número de lote e data de validade forem impressos em apenas com baixo ou auto-relevo, a informação deve ter qualidade e legibilidade garantida pela empresa.
Caso tais informações não estejam legíveis, uma denúncia deve ser feita para a ANVISA pelo 0800-642-9782 para apreciação e medidas cabíveis.
A boa visibilidade da data de validade é de suma importância. Pessoas com baixa acuidade visual podem intoxicar, por não visualizar a data de validade impressa. Este fato é muito comun na população idosa.

Brasileiras poderão financiar implantes mamários em até 20 vezes sem juros.

O laboratório Cristália acaba de fechar parceria com a inglesa Nagor para a comercialização de implantes mamários no Brasil.
O pagamento da prótese poderá ser feito em até 20 vezes sem juros, por meio de um sistema de financiamento da própria empresa brasileira, que faturou R$ 634 milhões em 2010.
"Os implantes mamários são as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil", diz o presidente do Cristália, Ogari Pacheco.
A expectativa das companhias é faturar R$ 14 milhões com o produto até o final deste ano, o que representa 7% das compras no país.
Caso as vendas atinjam um determinado valor, mantido em sigilo por contrato, a fabricante inglesa vai transferir tecnologia para produção da prótese no Brasil.
A Nagor produz anualmente 230 mil implantes mamários de silicone e é a principal fabricante do segmento na Europa.
Fonte: Folha de São Paulo 30 de junho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

AIDS e Saúde Mental

Alguns pacientes HIV apresentam experiência de perda de memória e outros déficits neurológicos, apesar do tratamento. Uma nova pesquisa sugere que a razão é porque o vírus enfraquece a barreira hemato-encefálica por infectar um pequeno grupo de apoio as células do cérebro chamadas astrócitos.
A barreira sangue-cérebro é uma rede de vasos sanguíneos que protege o cérebro de substâncias químicas nocivas e toxinas. Em pessoas saudáveis, os astrócitos ajudar a reforçar os vasos sangüíneos que compõem a barreira hemato-encefálica.
A descoberta, publicada na edição 29 de junho do Journal of Neuroscience , pode ajudar a explicar porque 40 por cento a 60 por cento dos pacientes HIV em terapia anti-retroviral apresentam leve a moderado problemas neurológicos. Entre estes problemas estão dificuldades de aprendizagem.
Para este estudo, os pesquisadores construíram um modelo da barreira hemato-encefálica utilizando células humanas em laboratório. A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos.
Para saber mais: http://migre.me/58wCX

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Drogas anti-AIDS podem provocar envelhecimento precoce.

Uma antiga classe de medicamentos anti-retrovirais usados ​​para tratar o HIV pode causar envelhecimento precoce, sugere um novo estudo. Pesquisadores examinaram células musculares de pacientes com HIV e constatou que a zidovudina (AZT) e outros medicamentos antivirais conhecidos como análogos de nucleosídeo da transcriptase reversa (NRTIs) danificam o DNA das mitocôndrias, as fábricas de energia nas células.

O estudo foi publicado 26 de junho na revista Nature Genetics . A descoberta pode ajudar a explicar porque alguns pacientes HIV tratados com medicamentos antivirais apresentam sinais avançados de fragilidade e doenças relacionadas à idade, tais como demência e doença cardiovascular em idade precoce. O DNA em nossas mitocôndrias é copiado por toda a vida e, à medida que envelhecemos, naturalmente se acumula danos.
Esses fármacos podem acelerar a velocidade com que esses danos se acumulam. Assim, ao longo do espaço 10 anos, o DNA mitocondrial de uma pessoa pode ter acumulado a mesma quantidade de danos como uma pessoa que naturalmente tem idade entre 20 ou 30 anos. O que é surpreendente, porém, é que os pacientes que saíram da medicação há muitos anos ainda pode estar vulnerável a essas mudanças.
Os NRTIs são relativamente baratos, são importantes para as pessoas na África e países de baixa renda, disse o co-autor e especialista em HIV Dr. Brendan Payne do Royal Victoria Infirmary, em Newcastle. Os NRTIs continuarão como primeira opção em muitos países. Devemos lembrar que estes fármacos prolongam a vida de milhões de pessoas em 10 ou até 20 anos.
São NRTIs: Abacavir, Didanosina (DDI),Lamivudina (3TC), Zidovudina (AZT)

Para saber mais: http://migre.me/57JdA

domingo, 26 de junho de 2011

Chá de yacón pode provocar lesões renais.

Estudos realizados na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP mostram que o consumo exagerado do chá de folhas de yacón pode causar lesões renais. Nos testes realizados com ratos, os animais foram submetidos a regimes de doses repetidas por um período de 90 dias. Os resultados revelaram que o chá das folhas da planta causou lesão renal nos animais. “A dose que lesionou os ratos equivale a três xícaras de chá consumidas diariamente por um humano de aproximadamente 70 quilos”, estima Rejane Barbosa de Oliveira, autora da tese de doutorado Atividades anti-diabética, antiinflamatória e toxicologia do yacón (Smallanthus sonchifolius [Poepp. & Endl.] H. Robinson – Asteraceae), defendida na FCFRP, sob orientação do professor Fernando Batista da Costa.

Para saber mais: http://www.usp.br/agen/?p=61065

E a privacidade do paciente?

A Suprema Corte dos Estados Unidos da America do Norte decidiu derrubar a lei do estado de Vermont que proibia a venda de receitas médicas particulares por farmácias, empresas ou mesmo pacientes a laboratórios farmacêuticos. A lei era fruto da articulação de médicos que argumentavam que as prescrições eram para uso privado e não deveriam ser utilizadas como ferramentas de marketing. Nos EUA, há empresas que faturam alto comprando prescrições médicas, organizando os dados sobre elas e revendendo as informações para os fabricantes de medicamentos.

sábado, 25 de junho de 2011

Brasil pode ter casos de E.coli

Clique para Ampliar
A bactéria é comum no corpo humano, mas uma variação mais agressiva pode causar graves problemas
A cidade de Campinas registra duas suspeitas de contaminação pela bactéria, que já causou 45 mortes no mundo
Campinas, SP. A Secretaria de Saúde de Campinas (a 93 Km de São Paulo) informou que há na cidade dois casos suspeitos de contaminação pela bactéria E. Coli, que, desde maio, já infectou mais de 3.800 pessoas na Europa e causou 45 mortes, principalmente na Alemanha. No Brasil, estes são os primeiros casos suspeitos.

De acordo com a secretaria, os dois pacientes voltaram da Alemanha no dia 11 de junho e apresentaram os primeiros sintomas no último dia 14. As autoridades de saúde aguardam o resultado do exame laboratorial para confirmar ou descartar a suspeita. As pessoas passam bem e não estão internadas.

A doença causa cólicas abdominais e forte diarreia, muitas vezes com sangue. A transmissão ocorre pelo consumo de alimentos contaminados crus ou mal cozidos. Outra possibilidade é o contágio por via fecal-oral (quando alguém ingere água ou alimentos contaminados por micropartículas de fezes de pessoas infectadas ou quando uma pessoa leva à boca objetos contaminados). É fundamental manter hábitos diários de higiene, como lavar as mãos antes das refeições; depois de usar o banheiro e do contato com animais; e antes de preparar, servir ou tocar os alimentos. As pessoas que apresentarem esses sintomas depois de uma viagem internacional, devem procurar assistência médica.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Decisão da Justiça sobre Lexapro pode colocar em risco politica de genéricos do País


FONTE: http://saudeweb.com.br/

Uma decisão da Justiça sobre o cancelamento do registro de versões genéricas do antidepressivo Lexapro, da Lundbeck Brasil, tira o sono da indústria de genéricos e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Segundo a Anvisa, a justificativa usada no processo representa um perigoso precedente, que pode colocar em risco toda política de genéricos do País.
Vendido no País desde 2003, o Lexapro aguarda parecer do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) para concessão de patente. A discussão na Justiça para impedir a venda de genéricos, no entanto, dá-se por outra frente, até agora nunca usada por fabricantes de remédios de marca: a confidencialidade do dossiê com dados sobre resultados de pesquisas laboratoriais e clínicas, que comprovam a segurança e eficácia da droga.
Tradicionalmente, o dossiê é feito pela empresa que desenvolve a nova droga. Esse relatório serve como fundamento para análise e registro do medicamento na Anvisa. Mais tarde, porém, os relatórios se transformam numa referência para fabricantes de genéricos.
De acordo com a Pró genéricos, os dados não são usados para fabricar a droga. Servem apenas para poder fazer a comparação, indicar que o genérico tem o mesmo mecanismo de ação.
Restrição
Segundo a Lundbeck, tais dados são exclusivos e apenas poderiam ser usados por outras fabricantes dez anos contados a partir do registro da droga no País. No caso do Lexapro, no segundo semestre de 2012.
Para a Pró Genéricos, não há na lei nada que indique tal restrição. Algo que Lundbeck Brasil e, até agora, a Justiça discordam: “A lei de propriedade industrial faz referência a essa proteção”, diz o advogado da empresa, Otto Licks. A regra, afirmou, já é amplamente usada no mercado de produtos veterinários e agrícolas.
Se tal exigência fosse levada à risca, de acordo com a Pró Genéricos, seria preciso que todos os fabricantes de genéricos partissem do zero: fizessem novas pesquisas para comprovar a segurança e eficácia do remédio.
A Anvisa não esconde sua preocupação. E observa que, caso esse entendimento se confirme na Justiça, a liberação de genéricos sofreria um atraso inquestionável. E ressalta que uma força-tarefa foi formada pela Advocacia-Geral da União para identificar se há outras ações do mesmo tipo na Justiça.
A Lundbeck no Brasil afirma que a ação da Lexapro é a primeira interposta pelo laboratório. Carro-chefe da empresa, o medicamento  movimenta R$ 80 milhões por ano.
Desde 2009, uma versão genérica do Lexapro, produzida pelo laboratório Aché, estava sendo vendida. Com cancelamento do registro, a droga precisou ser retirada do mercado.

Pesquisa aponta que pedra nos rins aumenta em 31% o risco de enfarte

Possível explicação seria a tendência genética de acumular cristais de cálcio tanto nos rins como nas artérias; especialistas afirmam que, se a hipótese for confirmada por outros estudos, será necessário rever a conduta de prevenção para os dois problemas
Estudo apresentado no último Congresso Americano de Urologia, em Washington (EUA), sugere que quem sofre de cálculo renal tem risco 31% maior de desenvolver problemas cardiovasculares. Segundo os pesquisadores, uma possível explicação seria a tendência genética de acumular cristais de cálcio nos rins e nas artérias.
Foram acompanhados, por nove anos, 15.424 pacientes. Os 4.564 voluntários que sofriam de cálculo renal apresentaram, inicialmente, risco 38% maior de sofrer enfarte. Quando os pesquisadores ajustaram a análise para anular a influência de outras doenças, como hipertensão, diabete, obesidade, colesterol elevado, dependência de álcool ou cigarro, o índice passou para 31% - ainda considerado alto por especialistas.
"É possível que os inibidores de calcificação sejam a causa do cálculo renal e também das placas ateroscleróticas. No entanto, mais estudos são necessários para testar essa hipótese", afirma o nefrologista Andrew Rule, pesquisador da Clínica Mayo e autor principal do estudo.
Rule ressalta que a relação entre insuficiência renal e problemas cardíacos é bastante conhecida pelos médicos, mas sua pesquisa foi a primeira a apontar o cálculo renal, isoladamente, como fator de risco para enfarte.
Daher Chade, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), diz que se a hipótese for confirmada por estudos maiores, será necessário rever a conduta de prevenção das duas doenças.
Prevenção. Para o especialista, é importante que os pacientes em tratamento renal passem por exames cardiológicos. O rastreamento para pedra nos rins, por outro lado, deveria ser incluído na prevenção da doença cardiovascular.

Para saber mais: http://migre.me/56RnM

Dr Otávio Castello fala sobre "Saúde do idoso"

Três agrotóxicos poderão sofrer restrições de comércio internacional

FONTE:   ANVISA



Mais de 75 países, signatários da Convenção de Roterdã, vão discutir os impactos dos agrotóxicos endossulfan, alacloro e aldicarbe na saúde da população. O encontro, que ocorre entre os dias 20 e 24 de junho em Genebra (Suíça), também irá analisar a segurança de uso da fibra mineral amianto crisotila, utilizada, principalmente, em telhas e caixas d’água aqui no Brasil.

Caso a Conferência das Partes de Roterdã (COP 5) decida incluir as quatro substâncias no anexo III do regulamento internacional, os países signatários do acordo deverão adotar medidas de controle no comércio internacional dos referidos produtos. Substâncias classificadas no anexo III da Convenção de Roterdã são consideradas “severamente perigosas”.

De acordo com o gerente geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Luiz Cláudio Meirelles, “substâncias que estão classificadas como severamente perigosas pela Convenção possuem normas de movimentação específicas, que devem ser seguidas por todos os países”. A comércio dessas substâncias deve assegurar informações adequadas sobre os riscos e perigos destas para a saúde humana.

Além disso, quando houver comércio internacional dessas substâncias, as autoridades de controle, tanto do país importador, quanto do país exportador, devem ser informados. “O país importador é co-responsável pela substância junto com o exportador”, explica Meirelles, que irá representar o Brasil na reunião da Convenção.

Posição brasileira

Na reunião da Convenção de Roterdã, o Brasil irá defender a inclusão dos agrotóxicos endossulfan, alacloro e aldicarbe no anexo III do tratado internacional. “São produtos extremamente tóxicos que, do ponto de vista do setor saúde, devem sofrer um maior controle no comércio internacional. Os países precisam saber dos riscos que estão expostos ao comprarem esses produtos”, defende o gerente da Anvisa.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cientistas descobrem mecanismo da metástase do câncer.

Cientistas da Espanha e Inglaterra descobriram como as células cancerígenas ficam mais propensas a desenvolver metástaseA descoberta, publicada na revista "Nature Cell Biology", foi feita pela equipe dirigida pelo Piero Crespo no Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantábria (IBBTEC), com a colaboração do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres.

Metástase (do grego metástatis = mudanças de lugar, transferência) é a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. Isto implica que as células neoplásicas se desprendem do tumor primário, caminhando através do interstício - ganham assim uma via de disseminação - sendo levadas para um local distante onde formam uma nova colônia neoplásica.

Células que possuem maior mobilidade através de movimentos amebóides, tem uma correlação com os gradientes citoplasmáticos da proteína RasGRF. Quando os níveis dessa proteína caem, o movimento das células cancerígenas passa de alongados para amebóides, o que a torna mais rápida e mais eficaz na hora de ultrapassar obstáculos, como macromoléculas, e outros pequenos espaços que podem surgir no espaço extracelular.

Pesquisas anteriores já comprovaram que os cânceres com maior número de células com deslocamento amebóides são mais agressivos.

A equipe de Piero Crespo identificou agora que é essa mesma proteína a que modula a mudança de movimento das células cancerígenas, já que, quando seu nível é alto, se inibem as funções da enzima Cdc42 e as células mantêm movimento alongado. Por outro lado, quando a RasGRF não está presente, a enzima Cdc42 fica hiperativa e muda o tipo de movimento das células.

Agora inúmeros centros de pesquisa irão focar trabalhos na RasGRF  e na enzima Cdc42.  Estes trabalhos possibilitarão novos fármacos contra câncer.


Para saber mais: http://www.nature.com/ncb/journal/vaop/ncurrent/full/ncb2271.html

terça-feira, 21 de junho de 2011

Planos de saúde demoram atender, diz pesquisa

Cerca de um quarto dos clientes de planos de saúde reclama de filas e também da demora em marcar consulta

Lígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

A demora no atendimento é uma das principais queixas de usuários de planos de saúde, segundo pesquisa que acaba de ser realizada em todo o País, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM). O levantamento mostra que 6 em cada 10 usuários de planos tiveram alguma experiência negativa com o atendimento oferecido no último ano. Dos entrevistados, 26% se queixaram de demora no atendimento ou de fila de espera no pronto-socorro e nos serviços de laboratório.

"Ao ingressar em um plano, as pessoas imaginam que terão atendimento rápido, sem restrições. A pesquisa mostra que a realidade está longe de ser assim", afirmou o coordenador de saúde suplementar do CFM, Aloísio Tibiriçá. Por ser um atendimento pelo qual usuários gastam uma quantia significativa, o esperado seria que o porcentual de descontentamento fosse significativamente menor, disse.
Outra queixa identificada foi a demora para marcar consulta com um médico: 19% relataram o problema. A demora para autorização da liberação das guias foi apontada por 13%.
Para o coordenador, a longa espera muitas vezes enfrentada é fruto da falta de ampliação da rede de assistência. "Operadoras registraram no último ano um aumento significativo de clientes, mas não ampliaram, como deveriam, a rede credenciada. O resultado é óbvio: a fila", disse. Por isso, Tibiriçá afirma que a resolução da ANS somente trará resultados se empresas aumentarem sua rede conveniada.
Cobrança extra. As reclamações vão além da dificuldade de receber atendimento. A pesquisa indica que 19% dos entrevistados apontaram a cobrança de valores adicionais, além da mensalidade, para garantir a realização de consultas, exames ou outros procedimentos.
Para saber mais: http://migre.me/55NrD

terça-feira, 14 de junho de 2011

Médico que declara laço com indústria também é antiético

Reportagem: FOLHA DE SÃO PAULO

Profissionais transparentes ainda favorecem laboratórios que os financiam Estudos apontam que divulgação de conflito de interesse dá 'passe livre' ao médico para conduta parcial
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

O médico que declara seu conflito de interesse com a indústria farmacêutica é mais ético? O senso comum diria que sim. Mas pesquisas recentes na área da psicologia experimental mostram que não é bem assim.
Ao revelar todos os laços que possam influenciar seu julgamento, o profissional se sente livre para continuar adotando comportamentos ainda mais antiéticos.
A conclusão, de estudos em que são simulados cenários de conflitos de interesse, coloca em xeque a declaração feita pelos médicos em congressos e publicações científicas, em que eles reconhecem todo apoio financeiro recebido em seu trabalho.
"Não estamos dizendo que a transparência seja uma coisa ruim. Mas ela não funciona tão bem como pensávamos", disse à Folha o pesquisador Daylian Cain, economista do comportamento na Universidade Yale (EUA).
Ele e colegas realizaram experimentos que simulavam situações em que o médico (e outros profissionais, como advogados) tinham de decidir qual era a melhor indicação para o paciente/cliente.
Os que tinham conflitos de interesse "como ganhar comissões pela indicação de um produto" deram mais conselhos em benefício próprio, não do paciente.

Para saber mais: Folha de São Paulo de 14 de junho 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Internauta apóia confinamento da propaganda de bebidas alcoólicas no interior dos pontos de vendas

A regulamentação da propaganda de bebidas alcoólicas, proposta pelo PLS 177/2011, tem recebido apoio dos internautas. Resultados de enquete realizada pelo DataSenado entre os dias 02 a 15 de maio de 2011 apontam que 75,6% dos internautas são a favor da proposta de que a propaganda de bebidas alcoólicas seja colocada somente no interior dos estabelecimentos comerciais. Apenas 24,4% dos participantes da enquete manifestaram-se contra a proposta do projeto de lei.
Iniciado no Senado Federal, de autoria do Senador Acir Gurgacz, o PLS 177/2011 propõe alterações na redação da Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal, para regular a publicidade, a promoção e a exposição de produtos de tabaco e bebidas alcoólicas em pontos de venda.
O Projeto está aguardando parecer da relatoria na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Os cidadãos que votaram na enquete, no site do Senado, também puderam comentar a proposta do projeto de lei. A maioria dos internautas que comentaram o projeto acredita que a propaganda comercial realizada atualmente estimula o consumo de bebidas.

domingo, 12 de junho de 2011

Namorar faz bem à saúde.

Namorar faz bem à saúde, diz ciência.
O namoro tranquilo protege de problemas mentais e obesidade, e induz a manter um estilo de vida com menores condutas de risco e consumo abusivo de álcool e tabaco, conclui um recente estudo.
Muitos casais, com anos de convivência em uma relação estável e sólida, mas, às vezes cheias de problemas práticos como fazer compras, pagar contas e cumprir tarefas domésticas, costumam lembrar com saudade da época do namoro, quando viviam um para o outro sob o quente e doce abraço do amor.
"Por um lado tínhamos menos dinheiro. Por outro, mais tempo do que agora, mas éramos mais felizes e a vida parecia uma aventura", afirmam Javier e Elena, um veterano casal que, confessa, gostaria de sentir os suspiros do início, "quando eram apenas namorados e curtiam cada instante como se fosse o último".
Agora os cientistas acabam de descobrir uma razão adicional, mais relacionada aos problemas de saúde do que aos afãs do amor, para sentir saudades da doce etapa inicial de toda relação, na qual parece que tudo é possível e está prestes a ser descoberto, em que os relacionamentos parecem destinados a durar para sempre.
Pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade da Flórida (EUA) constataram que os estudantes universitários que namoram firme têm vantagens para saúde similares as dos casados felizes, desde apresentarem menos depressão, ansiedade e estresse do que os solteiros, até menor risco de sofrer doenças graves e crônicas.
No estudo, o médico Scott Braithwaite e sua equipe de psicólogos, investigam se a saúde física e mental pode variar em função da relação romântica não matrimonial e se este tipo de relacionamento também protege de algumas condutas de risco.
As vantagens de uma relação estável
O estudo foi feito com a participação de 1.621 universitários com idades entre 18 e 25 anos. Eles responderam sobre o tipo de relação amorosa, se sofriam de problemas psicológicos e afetivos e transtornos da alimentação, se os resultados acadêmicos foram influenciados por gripes, lesões, problemas de sono, bronquite, otites e mononucleose.
Foi levado em consideração ainda o índice de massa corporal dos participantes, assim como o consumo de álcool, tabaco e drogas e a vida sexual durante o ano acadêmico.
Comprovou-se que os estudantes com namoro estável não só têm melhor saúde mental, mas menos sobrepeso e obesidade do que os que permanecem solteiros.
De acordo com analistas da Flórida, o namoro poderia "proteger" contra os comportamentos de risco. Os jovens envolvidos em "relacionamentos românticos" têm menos encontros sexuais do que os solteiros e também abusam menos do álcool.
Os especialistas acreditam que o "efeito protetor" do casamento - os casais felizes tendem a fumar e beber menos, a dirigir de forma mais segura e estar em forma - começa antes de contraí-lo, durante o namoro.
A pesquisa da Universidade da Flórida é uma das primeiras a investigar os efeitos do namoro na saúde. Os efeitos do casamento já foram alvos de outros estudos.
Como exemplo, cita a feita por especialistas da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, que descobriram que as mulheres felizes no casamento têm menos problemas para dormir do que as que não mantêm uma relação estável.
"As mulheres felizes no casamento se queixam menos de dificuldades para dormir, de acordar durante a noite ou muito cedo e de sono agitado, se comparadas com as que têm relacionamentos felizes", assinala a professora de Psiquiatria Wendy Troxel, diretora da investigação.
Por sua vez, os casais felizes reduzem o risco de acidente vascular cerebral nos homens, de acordo com outro estudo, liderado pelo médico Uri Goldbourt, professor de medicina preventiva da Universidade de Tel Aviv, em Israel.
A pesquisa descobriu que os homens solteiros e os que não estão à vontade com suas relações parecem estar em maior risco de morrer de derrame, coágulo e ruptura dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro se comparados com os aqueles que têm a sorte de um casamento feliz.
FONTE: HOME MSN

terça-feira, 7 de junho de 2011

Experiência portuguesa

Linha dura - no tratamento

Modelo implementado há uma década em Portugal fez das drogas uma prioridade da saúde pública
O timing, ao menos, foi favorável. A estreia em São Paulo do polêmico documentário Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein Andrade - conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que propõe um debate sobre a descriminalização do uso de drogas - foi precedido por duas manifestações de rua. No dia 20, a Marcha da Maconha, proibida pela Justiça e rebatizada Marcha da Liberdade, reuniu cerca de 700 pessoas na capital e acabou dispersada pela PM com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Sábado seguinte, dia 27, depois de o governador Geraldo Alckmin criticar a ação da polícia, uma nova passeata, engrossada por 5 mil participantes, transcorreu sem incidentes.
No filme, um dos interlocutores de FHC, o venezuelano Moisés Naím, editor-chefe da revista Foreign Policy, defende para as drogas um caminho do meio, "entre a proibição absoluta e a permissão total". Foi o que fez, há uma década, o governo português: descriminalizou o uso de todas as drogas, sem no entanto legalizá-las: produção e tráfico continuaram proibidos e reprimidos duramente. Ao viciado, e até ao usuário ocasional, cabe tratamento pelo sistema público de saúde. "Centramos no problema da pessoa que consome, não no produto", explica o secretário de Estado da Saúde de Portugal, Manuel Pizarro.

Entrevista sobre a política portuguesa antidrogas.

FONTE: O Estado de São Paulo

Política antidrogas
Entrevista com o secretário de Estado da Saúde de Portugal, Manuel Pizarro. Médico, 47 anos, nascido em Coimbra, Pizarro foi um dos artífices do modelo português de descriminalização. Na entrevista a seguir ele fala dos resultados obtidos em seu país, como a redução do consumo entre jovens e a mitigação da tragédia familiar da droga, embora se mantenha cauteloso quanto à prescrição do receituário a outras realidades. O mais importante, diz, é não encarar a medida como a bala de prata que resolve tudo: "Se não for acompanhada de estruturas de prevenção, redução de danos, tratamento e reinserção, pode não servir para nada".

Dez anos depois da lei de descriminalização em Portugal, quais são os resultados? Temos procurado, numa matéria tão delicada como essa, não reclamar sucessos que possam ser questionados. Nos últimos dez anos a situação portuguesa em matéria de consumo de drogas ilícitas melhorou muito. Na década de 90 esse era o problema que mais afligia as famílias portuguesas. Agora, deixou de estar entre os dez mais preocupantes. O consumo, esporádico ou regular, de substâncias ilícitas entre os jovens dos 12 aos 18 anos caiu - fato confirmado em estudos nacionais e internacionais com origem no Observatório Europeu das Drogas e Toxicodependência (OEDT). E aumentou o número de toxicodependentes em tratamento. A aproximação dessas pessoas do sistema de saúde foi o resultado mais importante da lei. Por consequência houve uma acentuada redução de casos de infecção por HIV e de hepatites B ou C.
Em que consiste a lei? O aspecto mais inovador é a consideração de que o consumo de substâncias ilícitas, ou sua posse para uso próprio, deixou de ser crime. Consumir droga continua a ser ilegal, mas deixou de ser crime, sendo tratado - e punido, se for caso disso - como infração administrativa. Essa mudança resultou de uma reflexão estratégica: os esforços realizados até o final dos anos 90, numa ótica meramente proibicionista e criminalizadora, não tinham resultado. Ao mesmo tempo, ganhou-se consciência de uma contradição: os médicos diziam que o dependente é um doente, mas a lei dizia que o consumo de drogas era crime. Que sentido fazia, por exemplo, existir um programa nas farmácias, apoiado pelo governo, para promover a troca de seringas? Então o governo contribuía para a concretização de um crime? A nova estratégia aposta no humanismo e no pragmatismo.
Houve resistências na sociedade portuguesa quando a lei foi aprovada?Muitas. Políticos mais conservadores chegaram a dizer que Portugal se tornaria destino turístico para consumidores de drogas, que aterrariam em Lisboa aviões só para esse fim. Na época, o responsável pela área era o atual primeiro-ministro, José Sócrates, que, com sua determinação e o envolvimento da comunidade científica, conseguiu levar o processo até ao fim. Hoje, dez anos passados, em face dos resultados alcançados desapareceram todas as resistências e não há nenhum partido político com representação no Parlamento que reclame o regresso à antiga solução legal.
Qual foi o custo para o sistema de saúde?
Essa conta não está feita. Foram criadas novas estruturas para onde são encaminhados todos os que forem encontrados a consumir ou na posse de pequenas quantidades de substâncias ilícitas, as Comissões de Dissuasão da Toxicodependência (CDT). São estruturas muito leves, normalmente constituídas por um jurista, um psicólogo e um técnico do serviço social. As CDTs estão inseridas no universo da saúde e não no mundo judicial, o que determina seu enfoque. Por outro lado, reforçou-se toda a estrutura existente para o tratamento dos dependentes. E aumentaram os recursos para apoiar equipes que fazem trabalho de rua, quer nas ações de redução de danos (troca de seringas, distribuição de metadona, entre outras), quer na tentativa de trazer mais pessoas para o tratamento. No entanto, no seu conjunto, a área de dependência representa menos de 1% da despesa do sistema de saúde português. A despesa do sistema de saúde em tratamento da infecção por HIV em Portugal é três vezes superior ao gasto na área da dependência.
O que acontece com o usuário se ele se recusa ao tratamento?A CDT pode orientar a pessoa para o tratamento e pode, complementarmente, penalizá-la de outras formas, entre as quais a multa ou a obrigação de apresentação periódica. Além disso, o sistema se comunica com o sistema judicial: uma pessoa pode ser encaminhada para o sistema criminal se houver suspeita de que a droga não era para seu consumo. A verdade é que a esmagadora maioria dos que são acompanhados cumpre voluntariamente a orientação da CDT. Em muitos casos, trata-se de consumidores esporádicos - alguns também têm problemas de inserção social e personalidade.

Para continuar lendo a entrevista: http://migre.me/502Yz

Manuel PizarroMédico, secretário de Estado da Saúde de Portugal e ex-deputado da Assembleia da República

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Metanfetamina ou METH ou Cristal, uma bomba devastadora

Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Metanfetamina, uma bomba devastadora

A metanfetamina (MA) é uma droga estimulante do sistema nervoso central (SNC), muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico. A metanfetamina tem-se vulgarizado como droga de abuso devido aos seus efeitos agradáveis intensos tais como a euforia, aumento do estado de alerta, da auto-estima, do apetite sexual, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir. Existem algumas indicações terapêuticas para a MA, nomeadamente narcolepsia, déficit de atenção hiperativa em crianças, obesidade mórbida e descongestionante nasal (l -metanfetamina). Contudo, esta droga manifesta um grande potencial de dependência e a sua utilização crônica pode conduzir ao aparecimento de comportamentos psicóticos e violentos, em consequência dos danos que pode causar ao SNC.

Mecanismo de ação
A MA exerce seus efeitos ao aumentar agudamente as quantidades de dopamina, noradrenalina e serotonina na fenda sináptica, ampliando assim a neurotransmissão monoaminérgica. O aumento das monoaminas na fenda sináptica dá-se por vários mecanismos, entre os quais a inibição do armazenamento desses neurotransmissores nas vesículas dos terminais neuronais; bloqueio da recaptação das monoaminas por ligação às proteínas transportadoras; diminuição da expressão de transportadores de dopamina na superfície celular; inibição da MAO, levando ao aumento do tempo de vida das monoaminas e através do aumento da atividade e expressão da tirosina hidroxilase, enzima responsável pela síntese de dopamina.

Farmacocinética
A MA pode ser administrada por via oral, injetável, inalada, fumada ou através das mucosas (anal e vaginal). Quando é fumada o efeito é praticamente imediato, provocando um prazer intenso (“flash”), que dura apenas alguns minutos; a administração pela via oral ou inalatória provoca euforia mais prolongada, mas não tão intensa como o “flash”. Esta droga é muito solúvel nos lípidios, atravessa facilmente a Barreira Hematoencefálica (BHE) e concentra-se especialmente nos rins, pulmões, líquido cefalorraquidiano e cérebro. O seu metabolismo é hepático e a eliminação é renal (a excreção urinária de anfetaminas começa cerca de 3 horas após a ingestão e pode prolongar-se durante 4 a 7 dias, dependendo da dose administrada e do pH da urina).

Toxicidade
Apesar dos efeitos agradáveis que pode fornecer, a MA produz tolerância; isto é, o prazer que proporciona desaparece mesmo antes dos seus níveis plasmáticos diminuírem significativamente. Deste modo apresenta um elevado risco de desenvolver toxicidade, na medida em que os usuários tentam manter os seus efeitos através de utilizações repetidas, em curtos espaços de tempo. Os principais mecanismos de toxicidade estão descritos e podem traduzir-se em toxicidade aguda (imediata, após uma única utilização) ou crônica (decorrente do uso continuado, manifesta-se tardiamente). As reações adversas mais frequentes incluem arritmias cardíacas, insônia, irritabilidade e agitação nervosa. De forma menos usual pode-se observar dor abdominal, náuseas, vômito, diarréia, anorexia, perda de peso, obstipação, diminuição da função sexual, alterações na libido, disfunção erétil, fraqueza, cefaléia, hiperhidrose, taquicardia, visão turva, tonturas, infecções no trato urinário e xerostomia. Raramente também se observa um estado mental alterado, enfarte do miocárdio, dermatite alérgica, rash cutâneo, ansiedade, cardiomiopatia, acidente vascular encefalico (AVE), dor no peito, depressão, febre, hipertensão, alterações de humor e psicose. Na gravidez, a utilização de MA pode ser fatal para a mãe e resultar em aborto espontâneo ou malformações para o feto.

Genética e abuso de metanfetamina
Há anos há estudos que evidenciam a existência de variantes de genes funcionais herdados que predispõem os indivíduos a adquirirem e manterem o uso de drogas. No que diz respeito à metanfetamina, vários estudos têm reportado associações significativas entre diferentes genes e o uso de MA ou o desenvolvimento de psicoses induzidas por esta droga.
Metanfetamina como droga de abuso
A metanfetamina vendida como droga nas ruas é também conhecida como meth, cristal, Tina ou ice.
Cristal, como o nome diz, são uns cristais brancos ou incolores, como açúcar, que podem ser esmagados para virar pó. Geralmente vêm em um minúsculo saco plástico de cerca de 3×3cm chamado bag. Pode vir algumas vezes na forma de pílulas.

Padrões de uso
Na forma de cristal, pode ser fumada. Metanfetamina na forma de pó é geralmente cheirado, mas pode ser misturado em água e injetado por via intravenosa ou ainda inserido no orifício anal para alcançar a mucosa retal.[2]

Altos e baixos
Cristal é usado para dar energia. Ele pode causar alucinações, fazer com que a pessoa se sinta mais ativa, confiante (às vezes invencível), impulsiva, menos propensa a sentir dor, com alta libido e menos inibições. Além disso, eleva a temperatura do corpo, os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea a níveis perigosos, com risco de ataques cardíacos, derrame cerebral, coma ou morte. A pessoa pode ficar dias sem comer ou dormir. O fim do efeito pode deixar o usuário se sentindo exausto, agressivo e paranoico, e, em alguns casos, pensando em suicídio. Dependendo de como se aplica o cristal, pode-se danificar os pulmões, nariz e boca. A má reputação da droga se origina nos vários problemas que tem causado na cena noturna dos Estados Unidos e Austrália.

Vício
Tolerância ao cristal aparece logo, e mais quantidade da droga é necessária para dar a mesma ilusão. A droga tem a reputação de viciar rapidamente. Muitos que vão a festas com a Tina já deram adeus a empregos, casa, dinheiro, namoros, amigos e família. Pessoas fortes que conseguem controlar o uso de outras drogas se viram fora de controle com cristal. Pode ficar difícil de pensar em fazer sexo sem estar sob efeito de cristal.
Usar cristal por longo tempo pode ser assustador: estamos falando de psicoses ou de problemas de saúde mental duradouros (mesmo depois de parar de usar). Evitar cristal pode ser muito difícil, e os efeitos no cérebro podem durar muito depois de parar com a droga.

Campanha nos Estados Unidos para alerta os perigos da metanfetamina (METH)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pesquisa relaciona aumento de risco de cancêr e o uso de bloqueadores da angiotensina II

Angiotensina II

Um estudo publicado recentemente sugeriu que o uso de
Bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) pode estar associado a um pequeno aumento de risco de câncer.
Os BRA são usados
​​em pacientes com pressão arterial alta e outras condições. Os princípios ativos desta classe são: candesartana, losartana, valsartana, olmesartana, telmisatana e Eprosartana.
A meta-análise incluiu dados de mais de 60.000 pacientes a longo prazo. Ensaios clínicos controlados avaliaram os BRA perante eventos adversos relacionados a câncer. O tempo médio de seguimento variou de 1,7 a 4,8 anos.
O estudo relatou as freqüências de ocorrência de câncer em 7,2% dos pacientes recebendo ARBs. Na amostra que não fazia uso BRA a taxa foi de 6,0% para aqueles que não recebem BRA. Não houve diferença estatisticamente significativa nas mortes por câncer nos pacientes observados.
A FDA concluiu os BRAs aumenta o risco de câncer. A Agência vai rever as informações de segurança. As bulas serão publicadas com informações adicionais. FDA acredita que os benefícios da BRA continuam a serem superiores aos riscos potenciais.
Os profissionais de saúde e os pacientes serão intruídos a relatar reações adversas ou efeitos colaterais relacionados ao uso desses produtos para MedWatch do FDA para a Segurança da Informação e Adverse Event Reporting Program.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Alunos de farmácia (UFSJ) descobrem que muitos pacientes estão usando plantas tóxicas.


"aveloz"
Em visitas feitas pelos alunos do curso de farmácia – UFSJ às residências dos usuários
dos PSF da cidade de Divinópolis, MG, constatou-se a citação de plantas que podem ser usadas em casos de câncer. Em algumas residências, os moradores mantêm as espécies cultivadas e algumas delas já são conhecidas por sua toxicidade.
Um bom exemplo é a Euphorbia tirucalli, conhecida como “aveloz”, que produz uma secreção leitosa (látex), altamente irritante, como acontece na maioria das plantas que produz este leite viscoso. Em algumas regiões esta espécie é conhecida como “cega-olho”, “caveirinha” por ser altamente irritante e tóxica.
Outras espécies foram citadas, mas como só obtivemos o nome popular, foi difícil a identificação. Sobre o “aveloz”, “homem-pelado”, além de não se encontrar nenhuma informação que comprove a atividade anticancerígena, a mesma pode agravar a saúde de um paciente já comprometido.
Solicitamos aos profissionais de saúde que alertem aos usuários de plantas em não
utilizarem esta espécie e tampouco indicarem-na a outros usuários. Não somente esta espécie como outras, não devem ser indicadas.
Não existe planta que combata esta doença e todo constituinte ativo contra o câncer, proveniente de espécies vegetais, teve que ser extraído para o sua melhor eficiência anticancerígena. Pois se utilizarmos a própria planta ou chá dela, apresentaria uma alta toxicidade, que tornaria inviável seu uso.
Existem dois exemplos de medicamentos anticancerígenos obtidos de plantas, cujas substâncias são taxol e vincristina, porque então não se utiliza os extratos ou chá de Taxus brevifolia e Catharantus roseus, uma vez que são as espécies vegetais que contém o taxol e a vincristina? Em nenhum momento cogitou-se o uso das plantas, devido à toxicidade.


“Produto natural que não faz mal, não existe”

Aluna do Campus Dona Lindu analisa composição química de fitoterápico
Quem, algum dia, não teve as convicções abaladas diante de um remédio que prometia milagres sem danos colaterais aparentes para aquela dor que não passa, aquele corpo-capa-de-revista-sem-Photoshop ou aquela insistente depressão: atire a primeira pedra. O porquê de as pessoas estarem dispostas a arriscar a saúde por falsas promessas de cura, geralmente embasadas em formulações sem registros ou controle, é uma das perguntas a que o professor João Máximo de Siqueira vem tentando responder ao longo de sua carreira como estudioso das potencialidades medicamentosas de produtos de origem natural.

Nos projetos que orienta no Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), onde é docente do curso de Farmácia, o pesquisador deixa claro para os alunos que a advertência expressa no título desta matéria é incontestável. As plantas medicinais têm, em sua constituição, substâncias químicas que podem ser benéficas ou maléficas. “Não existe planta medicinal milagrosa. Se o resultado prometido vier muito rápido, desconfie. Pode ser indício de adulterações que certamente vão trazer efeitos indesejáveis”, alerta João Máximo.

A desinformação está na raiz dos problemas relacionados aos modismos que colocam os “falsos naturais” na ordem do dia. Os alunos envolvidos na pesquisa que está investigando o controle de qualidade das espécies vegetais mais vendidas em Divinópolis analisaram a constituição química de um produto denominado Harp 100 mg, apresentado como panaceia para todos os males decorrentes de artrite e artrose, devido a uma decantada propriedade antiinflamatória natural. Mesmo sem autorização da Anvisa, o produto continuava sendo comercializado clandestinamente, sem referências que esclarecessem composição e mecanismos de ação. Na internet, clientes relatam o péssimo atendimento que receberam ao tentar obter informações detalhadas sobre o produto, que ofereceu melhora significativa nos primeiros meses de usos à custa de aumento de peso e fortes dores estomacais. Análises preliminares no Laboratório de Química do CCO, posteriormente confirmadas por procedimentos modernos, confirmaram as piores suspeitas: o Harp 100 mg nada tem de natural. Trata-se da mistura de duas substâncias sintéticas, uma delas é um antiinflamatório potente, e a outra está em averiguação.

Os exemplos são constantes, e a frequência com que os falsos naturais são livremente anunciados, até que a sanção chegue, é espantosa. Basta lembrar a disseminação da Caralluma Fimbriata como o mais novo milagre para “um emagrecimento rápido e seguro”, conforme apregoava um site com a naturalidade de quem vende algodão doce em parque de diversões. “Fórmulas mágicas de emagrecimento são uma das falsificações mais comuns”, afirma João Máximo. “Geralmente contêm anfetamínicos em sua formulação, o que provoca taquicardia, irritabilidade, inapetência e hipertensão.”

Credibilidade
Nem só de más notícias vive o projeto de monitoramento da qualidade das plantas medicinais comercializadas em Divinópolis e região. Os produtos disponíveis nas farmácias de manipulação são de melhor qualidade do que os encontrados em outros estabelecimentos, o que pode estar relacionado às exigências legais de funcionamento daquelas farmácias, como a contratação de um farmacêutico, que responde pelos medicamentos vendidos.

Nas farmácias regulamentadas, os pesquisadores puderam constatar que os antidepressivos à base da erva-de-são-joão continham os bioativos provenientes da planta importada da Europa, de onde é originária. Em outros pontos de venda, foi encontrada uma espécie nativa que não tem efeito antidepressivo nenhum.

Plantas medicinais é um tema vasto, que faz parte da cultura ancestral do homem. Geralmente, as mais procuradas são mais passíveis de falsificação. Não só pela fiscalização deficitária, mas também pelo impulso humano de buscar soluções para problemas de saúde aflitivos. Segundo João Máximo, um grande problema é que os fitoterápicos têm mais propriedades preventivas que curativas, o que faz da venda indiscriminada um ato criminoso. As plantas medicinais, graças à sua constituição química ampla, fornecem ao homem um grande número de “protótipos” que, transformados, dão origem ou passam a constituir outros medicamentos. O acido acetilsalicílico, o popular AAS, é um analgésico e antiinflamatório proveniente de um modelo retirado da planta Sabugueiro.

A adulteração e falsificação de produtos farmacêuticos não é exclusividade brasileira. A literatura consultada para fundamentação do projeto citado é, em grande parte, estrangeira.


Saiba mais
  • Centro de Informações sobre Medicamentos, Plantas Medicinais e Tóxicas: www.ufsj.edu.br/cofar/cimplamt.php
  • Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Decreto_Fito.pdf