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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

INSS faz pente-fino em Detran para abrir ação contra motorista


 
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está fazendo um "pente-fino" em Detrans e polícias em busca de informações para entrar com ações contra motoristas que causaram acidentes graves e provocaram a concessão de benefícios previdenciários.
O instituto, por meio da AGU (Advocacia Geral da União), quer cobrar do motorista infrator os valores que forem gastos com esses benefícios.
"O INSS está fazendo convênios com os Ministérios Públicos, com a Polícia Rodoviária Federal, com as polícias rodoviárias estaduais, com os Detrans, exatamente para que a gente levante informações de todos os acidentes de trânsito. Constatadas as infrações graves, vamos entrar com ações contra todos esses condutores para que eles devolvam os valores que toda a sociedade pagou para as vítimas", disse o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Mauro Luciano Hauschild, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
"Nós vamos fazer uma triagem para ter certeza de que as pessoas contra quem vamos ajuizar as ações efetivamente tenham concorrido com culpa ou dolo em situações graves, como dirigindo em embriaguez, alta velocidade, na contramão."
A AGU está escolhendo casos graves, em que o motorista que causou o acidente foi condenado por homicídio doloso --quando assume o risco de matar--, para entrar com os primeiros processos cobrando os valores da pensão paga à família da vítima.
Segundo o procurador Fernando Maciel, coordenador geral de matéria de benefícios, a AGU vai esperar as primeiras decisões da Justiça para entrar com novas ações. "Pretendemos ter antes a jurisprudência favorável", disse, em entrevista à Folha.
Se o entendimento da Justiça for favorável ao INSS, as ações serão estendidas para os demais benefícios.
Segundo Hauschild, pesquisas preliminares mostram que o instituto gasta R$ 8 bilhões por ano com o pagamento de benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão, gerados por acidentes de trânsito.
De acordo com ele, as primeiras ações devem ser iniciadas em outubro.
"Essa é uma medida importantíssima que estamos planejando para as próximas semanas. Em razão dessa irresponsabilidade, entendemos que o INSS tem sim o dever de buscar, contra essas pessoas, os valores que forem pagos a títulos de benefício pela Previdência Social. Não é mais possível a gente conceber a ideia de que toda a sociedade pague por irresponsabilidade de pessoas que conduzem mal os seus veículos, que dirigem contra as normas de trânsito", disse.

domingo, 25 de setembro de 2011

Só dieta à base de vegetais reverte doenças cardíacas

FONTE: Folha de São Paulo

CIRURGIÃO AMERICANO DEFENDE ALIMENTAÇÃO MAIS RESTRITA DO QUE A VEGANA, EXCLUINDO ATÉ AZEITE, PARA PROTEGER O CORAÇÃO

Charley Gallay - 2.mai.2011/WireImage
Caldwell Esselstyn na pré-estreia do documentário "Forks over Knives", em maio, em Hollywood

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

Diga adeus a bifes, peixes, arroz branco e açúcar. Farinha e grãos, só integrais. Azeite de oliva, nem pensar.
Para o cirurgião americano Caldwell Esselstyn, 77, uma alimentação baseada em folhas, frutas, legumes e grãos integrais é o único jeito de evitar, deter e reverter doenças cardiovasculares.
Seu método, que vem sendo aperfeiçoado nos últimos 30 anos, é o tema do documentário "Forks over Knives" (trocadilho que quer dizer tanto "garfos sobre facas" quanto "garfos no lugar de bisturis"), lançado nos EUA e ainda inédito no Brasil.
O filme conta a história de pacientes de Esselstyn, médico da Cleveland Clinic (Ohio). Eles venceram problemas cardíacos e evitaram cirurgias ao adotar a dieta.
Para o cirurgião, que falou à Folha por telefone, a dieta extrema não é a que ele propõe, e sim a adotada pela maioria dos ocidentais. "Ela garante que milhões de pessoas serão submetidas a cirurgias de peito aberto. Vamos comer vegetais. É para isso que fomos criados."

 

Folha - O sr. diz que os problemas cardíacos se devem à alimentação. Não há outros fatores de risco envolvidos, como genética?
Caldwell Esselstyn -
Se você come a dieta típica ocidental, cheia de carne, óleo e laticínios, você vai ver que, entre mil pessoas, algumas terão infarto aos 40, outras aos 50, outras aos 60, 70 ou 80. Você pode dizer que, geneticamente, quem tem o infarto só aos 80 é mais forte para resistir a essa dieta extrema. Por outro lado, se todo mundo comer uma dieta baseada em vegetais, todos são poupados.

Controlar os níveis de colesterol não é suficiente?
Ao pensar só em números, prestamos atenção à coisa errada. As pessoas tomam remédios para o colesterol mas ainda querem comer frango frito. O que funciona é o que entra pela sua boca.
Toda vez que você come azeite, óleo, leite, manteiga, queijo, sorvete, iogurte e carne, você machuca o delicado revestimento das artérias, o endotélio. Ele é um tapete mágico que produz uma molécula incrível chamada óxido nítrico, que é vasodilatadora e protege a parede dos vasos sanguíneos.
Autópsias de soldados que morreram na Guerra da Coreia e no Vietnã, dos anos 50 a 70, revelaram que 80% dos jovens de 20 anos já tinham problemas coronários visíveis. As obstruções não eram suficientes para causar um infarto, mas estavam lá. Hoje, todos os jovens têm isso.

Sua dieta exclui o azeite de oliva, base da dieta mediterrânea. Ela está toda errada?
Está errada em recomendar azeite. Em Creta, há 60 anos, as pessoas eram magras, comiam muitos legumes e frutas e um pouco de azeite. As desvantagens do azeite eram compensadas pela quantidade de vegetais.
Quando você estuda o efeito do azeite com um teste de ultrassom da artéria braquial (no braço), que mede os danos ao endotélio, vemos que o óleo machuca os vasos.

Você chama as cirurgias e angioplastias de soluções mecânicas para um problema biológico. Esses procedimentos não adiantam nada?
Eles não chegam a ser soluções. A medicina tem evoluído no sentido de criar uma lista cara de remédios e de procedimentos perigosos, como a colocação de stents ["molas" inseridas em vasos obstruídos] e pontes de safena. Com o tempo, é preciso colocar outro stent, fazer outra ponte, tomar mais remédios, e, no fim, a pessoa morre do coração assim mesmo.
Os médicos, não sei o porquê, passaram a acreditar que as pessoas não são capazes de mudar seu estilo de vida. Mas o problema é que eles não sabem como transmitir essa mensagem.
Quando trato alguém com doença cardíaca, fazemos um curso de cinco horas. O paciente vai entender o que causou a doença e o que ele deve fazer para revertê-la. No fim, oferecemos uma refeição à base de vegetais e uma apresentação de 1h15 sobre como comprar e preparar alimentos, ler rótulos e lidar com restaurantes e viagens.
A revolução da saúde nunca vai acontecer por causa da descoberta de um remédio. Nunca vai ser por causa de um novo procedimento cirúrgico. A revolução vai acontecer quando as pessoas estiverem informadas do ponto de vista nutricional, para evitar as comidas que vão fazê-las perecer por uma doença.

Qual percentual dos seus pacientes tem melhora?
Quase todos. Quando começamos o programa, e as pessoas ainda não sabiam se ia funcionar, 70% se recuperavam. Agora estamos em 90%. O que torna esse tratamento tão poderoso é que posso mostrar raios-X de artérias do nosso primeiro grupo. Os pacientes percebem que, se os outros conseguiram, eles também vão.

O sr. diz que moderação mata. Por que não dá para comer carne com moderação?
Moderação é dizer: qual a quantidade de um alimento que sei que vai me prejudicar eu posso comer e conseguir escapar das doenças? Isso é loucura. Quantos bifes posso comer? Quantas batatas fritas engorduradas? Como assim? É a mensagem errada.

O sr. acredita que sua dieta pode ser adotada globalmente?
O Brasil está destruindo a atmosfera e o mundo ao queimar as florestas que são ótimas para capturar o CO2. Por quê? Para produzir carne, que vai fazer as pessoas morrerem cedo e ter vidas miseráveis e infelizes. Se toda essa área for substituída por vegetais, é possível produzir muito mais. Vamos comer plantas, é para isso que fomos criados.

sábado, 24 de setembro de 2011

Aos estudantes de medicina

DRAUZIO VARELLA

Medicina se faz com as mãos. Os exames laboratorias ajudam bastante, mas nada substitui o exame físico

Na coluna de hoje vou resumir as lições mais importantes que aprendi em 40 anos de atividade clínica.
Na verdade, a ideia de reuni-las surgiu semanas atrás, quando o diretor Wolf Maya me convidou para fazer uma pequena palestra para atrizes e atores que interpretavam papéis de estudantes de medicina numa cena da novela das nove.
"Haverá uma classe com alunos e nenhuma dramaturgia, diga o que quiser", propôs ele. Hesitei diante do convite inusitado, mas no fim achei que seria uma boa oportunidade para dizer aos alunos: 1) Tenham sempre em mente que encontrarão mais dificuldade para receber os cuidados de vocês, justamente as pessoas que mais necessitarão deles.
O médico deve lutar por condições dignas de trabalho e por remuneração condizente com as exigências do exercício profissional, mas sem esquecer de cobrar da sociedade o acesso universal dos brasileiros ao sistema de saúde.
2) É fundamental ouvir as queixas dos doentes. Sem escutá-las com atenção, como descobrir o mal que os aflige?
Embora as características do atendimento em ambulatórios, hospitais e unidades de saúde criem restrições de tempo, cabe a nós exigir para cada consulta a duração mínima que nos permita recolher as informações imprescindíveis.
Com a prática vocês verão que ficará mais fácil, porque aprenderão a orientar o interrogatório, especialmente no caso de pessoas prolixas e pouco objetivas. O desconhecimento da história e da evolução da enfermidade é causa de erros graves.
3) Medicina se faz com as mãos. Os exames laboratoriais e as imagens radiológicas ajudam bastante, mas não substituem o exame físico.
Esse ensinamento dos tempos de Hipócrates deve ser repetido à exaustão, porque a tendência do ensino nas faculdades tem sido a ênfase nos exames subsidiários em prejuízo da palpação, da ausculta e da observação atenta aos sinais que o corpo emite.
Como consequência, cada vez são mais frequentes as queixas de que o médico pediu e analisou os exames e preencheu a prescrição sem chegar perto do doente.
Não culpem a falta de tempo nem tenham preguiça, em cinco minutos é possível fazer um exame físico razoável. Tocar o corpo do outro faz parte dos fundamentos de nossa profissão.
4) Procurem colocar-se na pele da pessoa enferma. Quanto mais empatia houver, mais fácil será compreender suas angústias, seus desejos e seu modo de encarar a vida.
Não cabe ao médico fazer julgamentos morais, impor soluções nem decidir por ela, mas orientá-la para encontrar o caminho que mais atenda suas necessidades.
5) Medicina é profissão para quem gosta muito. Exige do estudante bem mais do que as outras: seis anos de graduação, dos quais os dois últimos são dedicados ao internato, que não por acaso recebeu esse nome.
Depois vem a residência, com três, quatro e até cinco anos de duração. O dia inteiro nos hospitais públicos, os plantões de 24 horas, as jornadas intermináveis.
É a única profissão que obriga o trabalhador a cumprir horários que a abolição da escravatura eliminou.
Por exemplo, trabalhar o dia inteiro, entrar no plantão noturno e emendar o expediente do dia seguinte; trinta e seis horas sem dormir.
Existe outra categoria de profissionais em que essa prática desumana faça parte da rotina?
Se o exercício da medicina já é árduo para os apaixonados por ela, é possível que se torne insuportável para os demais.
Se vocês escolheram segui-la apenas em busca de reconhecimento social ou recompensa financeira, estão no caminho errado, existem opções menos sacrificadoras e bem mais vantajosas.
6) Medicina é para quem pretende estudar a vida inteira. É para gente curiosa que tem fascínio pelo funcionamento do corpo humano e quer aprender como ele reage às diversas circunstâncias que se apresentam.
O médico que não estuda é mais do que irresponsável, coloca em risco a vida alheia.
7) Finalmente, para que foi criada a medicina? Qual a função desse ofício que resiste à passagem dos séculos?
Embora a arte de curar encante os jovens e encha de prazer os mais experientes, não é esse o papel mais importante do médico. É interminável a lista de doenças que não sabemos curar.
A finalidade primordial de nossa profissão é aliviar o sofrimento humano.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dr. Sócrates e a sua doença

RUY CASTRO
Os garotos do Brasil


RIO DE JANEIRO - Sócrates, 57, volta para casa depois de 17 dias entre a vida e a morte no hospital por complicações decorrentes de cirrose do fígado. A partir de agora, não poderá mais beber álcool.
Mas isso não fará dele um ex-alcoólatra. Assim como o diabético que deixa de comer açúcar não se torna ex-diabético -torna-se apenas um diabético que deixou de comer açúcar-, Sócrates continuará sendo alcoólatra. Apenas terá deixado de beber.
Para a indústria cervejeira, sua doença é um desastre. Demonstra que ninguém, nem mesmo um homem inteligente, cidadão admirado e, ainda por cima, médico, como Sócrates, está a salvo de seu produto. Que este produto não é diferente dos "mais fortes", como os destilados, e que, apesar disso, entra alegremente pelas casas via televisão, patrocinando inclusive a seleção brasileira.
Pois não é irônico que Sócrates, que já foi um dos símbolos desta como atleta nos anos 80, quase tenha morrido do produto que patrocina hoje a seleção?
Trinta anos de consumo firme e crescente de cerveja renderam-lhe a cirrose cujos sintomas ele, como médico, deve ter percebido há muito. Sócrates percebeu, mas continuou a beber. Por quê? Porque o alcoolismo é progressivo e, depois de certa etapa, quem manda não é a razão, mas o organismo, e este quer sempre mais.
Sócrates pertence aos 15% da humanidade que podem beber muito sem sentir os efeitos adversos do álcool, como embriaguez, intoxicação e ressaca.
Só isso explica que, com seu histórico de copo, nunca tenha sido advertido pelos médicos de seus clubes -que também não entendem de alcoolismo.
Sócrates disse que, se saísse dessa, iria fazer trabalho social junto às crianças da Venezuela. Faria melhor se ficasse aqui e contasse sua história para os garotos do Brasil.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Seriedade das Seguradoras

Antes mais nada gostaria de dizer que nunca usei este espaço para publicar assuntos que diz a respeito de minha vida particular. Este espaço é apenas dedicado a assuntos referentes à saúde pública. Mas neste momento este é o único canal que tenho para fazer uma reclamação dos descasos que como cliente de seguradora de vida, fui tratado.
Durante anos possuí  o Seguro de Vida no Banco HSBC - agência de Divinópolis, MG. Resolvi encerrar minha conta nesta agência, mas solicitei  ao banco referido que  o meu Seguro de Vida não fosse cancelado.
 Fui  informado pela mesma  que eu deveria fazer um novo contrato. Assim o fiz.
Paga  a primeira parcela no valor de R$302,86 ( trezentos e dois reais e oitenta e seis centavos), entrei em contato com  a seguradora para confirmar sobre a atividade do contrato. Fui  informado  que houve um extravio de documentos.
Recebi  via correio, um aviso de crédito administrativo informando a devolução do contrato  para a primeira parcela  com data de processamento do dia 31 de agosto de 2011.
Como não fui informado o motivo desta devolução, entrei em contato com o serviço de informação da seguradora  e para minha surpresa, fui informado  que  meu seguro de visa estava cancelado e não houve  nenhuma informação adicional que esclarecesse o motivo.
Dentro do contexto acima exposto, questiono a seriedade da prestação de serviço bancário, e a não  explicitação do cancelamento do mesmo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Maus tratos aos idosos uma questão que a sociedade deve discutir.

Maus tratos aos idosos podem levar a graves lesões físicas e em longo prazo às conseqüências psicológicas. Em países como o Brasil, onde estão aumentando os índices de pessoas idosas, haverá cada vez mais casos de agressões.
Este tipo de violência constitui uma violação dos direitos humanos. Inclui agressões: físicas, sexuais, psicológicas, emocionais e financeiras. Também sofrem abandono e negligências por parte da família; tudo isto num processo de perda de dignidade e o respeito.
Estas agressões aos idosos são importantes problemas de saúde pública. Embora haja pouca informação sobre a extensão dos maus tratos em populações idosas, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos de 4 a 6% dos idosos sofreram alguma forma de maus tratos em casa. No entanto, os idosos, muitas vezes têm medo de denunciar os familiares e ou amigos às autoridades.
Dados sobre a extensão do problema em instituições como hospitais, asilos e outras instalações de cuidados prolongados são escassos.
Uma pesquisa de enfermagem nos Estados Unidos sugere que as taxas podem ser altas: 36% presenciaram pelo menos um incidente de abuso físico de um paciente idoso no ano anterior; 10% cometeram pelo menos um ato de abuso físico para um paciente idoso; 40% admitiram ter abusado psicologicamente paciente idoso.
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda não fizeram uma pesquisa como esta.
Atos abusivos em instituições incluem contenção física de pacientes, privando-os de dignidade (por, por exemplo, deixando-os com roupas sujas), intencionalmente deixar de prestar cuidados (como que lhes permita desenvolver úlceras de pressão), administração de medicação de forma insuficiente, ou a total retenção de medicação ao paciente. 
Os maus tratos podem levar a lesões físicas - que vão desde pequenos arranhões e hematomas a ossos quebrados e ferimentos na cabeça levando a deficiência duradoura. Estas lesões podem causar conseqüências psicológicas, como depressão e ansiedade. Para os idosos, as conseqüências dos maus tratos podem ser especialmente graves, porque seus ossos são mais frágeis e o período de convalescença é mais longo. Mesmo relativamente pequenos ferimentos podem causar danos graves e permanentes, ou até mesmo a morte.
Os números de casos de maus tratos aos idosos estão projetados para aumentar em muitos países que têm rápido envelhecimento da população, cujas necessidades não podem ser plenamente cumpridos, devido a restrições de recursos. A previsão é que até o ano 2025, o número mundial de pessoas com 60 anos ou mais vai mais que dobrar, de 542 milhões em 1995 para cerca de 1,2 bilhões.
Riscos no nível individual incluem demência da vítima, e os transtornos mentais e abuso de álcool ou drogas. Outros fatores podem aumentar o risco de abuso. Incluem como fatores: sexo da vítima e uma situação de vida compartilhada. Enquanto os homens mais velhos têm o mesmo risco de abuso como as mulheres, em algumas culturas onde as mulheres têm status social inferior, as mulheres idosas correm maior risco de negligência por abandono, quando ficam viúvas e seus bens apreendidos. As mulheres também podem estar em maior risco de formas mais graves e persistentes de abusos e lesões.
Outro fator a considerar é a entrada de mulheres no mercado de trabalho. Assim elas têm menos tempo de cuidar dos idosos da família, e aumenta o risco de abuso.
Fatores sócio-culturais que podem afetar o risco de maus tratos mais velho incluem: idéia dos idosos como frágeis, fracos e dependentes; enfraquecimento dos laços entre as gerações de uma família; sistemas de direitos de herança e terras, afetando a distribuição de poder e bens materiais dentro das famílias; migração de casais jovens, deixando os pais idosos sozinhos, em sociedades onde as pessoas mais velhas tradicionalmente eram cuidadas por seus descendentes; falta de fundos para pagar por cuidados.
Dentro das instituições, maus tratos são mais prováveis de ocorrer quando: padrões de cuidados de saúde, serviços sociais e serviços de assistência a pessoas com mais idade são baixas, onde os funcionários são mal treinados, mal remunerados e sobrecarregados, onde o ambiente físico é deficiente, onde as políticas protegem as instituições, em vez dos idosos.
Muitas estratégias visam evitar maus tratos. Entre elas: campanhas de sensibilização da sociedade, triagem de potenciais vítimas, gestão do stress dos trabalhadores de asilos, treinamento do pessoal que trabalha com idosos, notificação compulsória de maus tratos às autoridades, visitas domiciliares por assistentes sociais, abrigos de emergência, e outras medidas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CFM atualiza regras para divulgação de serviços prestados por profissionais e estabelecimentos

A Resolução, que sai no Diário Oficial da União do dia 19, detalha os critérios que devem ser observados na elaboração de anúncios e no relacionamento com a imprensa e a sociedade
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (19) apresenta em detalhes as restrições éticas que os médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas às atividades médicas devem observar quando da elaboração de peças publicitárias relacionadas a seus serviços. O documento (nº 1.974/2011) acrescenta à norma anterior sobre o tema, publicada em 2003, informações sobre o alcance das disposições e orientações para sua aplicação. Entre os pontos, destacam-se a proibição de assistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo), a vedação ao anúncio de determinados títulos e certificados e a extensão das regras a instituições, como sindicatos e sociedades médicas.
“A resolução foi detalhada para que haja uma compreensão mais fácil pelos profissionais e para que os conselhos de medicina disponham de critérios objetivos para orientar os médicos e coibir as infrações. Os anexos da resolução compõem um manual de uso. A norma valoriza o profissional, defende o decoro e oferece mais segurança para a população”, avalia o conselheiro Emmanuel Fortes, 3º vice-presidente do CFM e relator da nova resolução.
Com a publicação da resolução, que entra em vigor em 180 dias após essa data, fica claro, por exemplo, que as regras de publicidade são extensivas a documentos médicos como atestados, fichas, boletins, termos, receituários e solicitações, emitidos pelos sistemas público e privado de assistência. Entre outras exigências, estes documentos devem conter nome do profissional, especialidade e número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) local. Quando a assistência é oferecida por uma instituição devem ser informados o nome do diretor-técnico-médico e o respectivo número de registro no CRM local.
NOVIDADES - Além de detalhamentos, a nova resolução se diferencia da anterior por proibir expressamente ao médico a oferta de consultoria a pacientes e familiares em substituição à consulta médica presencial. Esta proibição se aplica, por exemplo, aos serviços de assessoria médica realizados pela internet ou por telefone. Outro avanço apresentado pela norma é a vedação expressa a que o profissional anuncie possuir títulos de pós-graduação que não guardem relação com sua especialidade.
“Neste caso, o objetivo do Conselho é impedir que os pacientes sejam induzidos ao erro de acreditar que o médico tem qualificação extra em sua especialidade ou que está habilitado a atuar em outra área”, explica Fortes. Ainda em relação à qualificação, a norma abriu a possibilidade de que o médico divulgue ter realizado cursos e outras ações de capacitação, desde que relacionados à sua especialidade e que os respectivos comprovantes tenham sido registrados no Conselho Regional de Medicina local.
De acordo com o documento, a proibição de que o médico participe de anúncios de empresas e produtos é extensiva a entidades sindicais e associativas médicas. Assim, sociedades de especialidade, por exemplo, não podem permitir a associação de seus nomes a produtos – medicamentos, aparelhos, próteses, etc.
DETALHAMENTO – Os critérios que foram detalhados na Resolução 1974/2011 constituem em si um importante avanço por apresentar de forma clara e objetiva o que o médico, a instituição ou o estabelecimento de saúde pode e o que não pode fazer no campo da propaganda e da publicidade. A norma, inclusive com este detalhamento, estará disponível para consulta no site do CFM (www.portalmedico.org.br) a partir de sexta-feira (19), além de sua publicação no Diário Oficial da União nesta data.
O documento prevê que o médico não pode, por exemplo: anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técnicas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional que elejam “médico do ano”, “profissional destaque” ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos oferecidos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.
Também é vedada a propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, ou permitir que seu nome circule em material desprovido de rigor científico; conceder entrevistas para se autopromover, auferir lucro ou angariar clientela (permitindo, por exemplo, a divulgação de endereço e telefone de consultório); abordar assuntos médicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacionalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranqüilidade na sociedade.
IMAGENS E CONFLITOS - A norma ainda proíbe a exposição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do paciente. A exceção a esse preceito é, quando imprescindível, o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos.
O detalhamento trazido no anexo da nova resolução obriga expressamente o médico a declarar potenciais conflitos de interesse quando conceder entrevistas, participar de eventos públicos ou transmitir informações à sociedade. Ele determina que o uso de imagens em peças publicitárias enfatize apenas a assistência, ou seja, não devem ser utilizadas representações visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças ou por tratamentos.
Os critérios ainda vedam a participação do profissional em demonstrações de tratamento realizadas de modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura por serviços médicos. Também é vedado o uso de nome, imagem ou voz de pessoas célebres em anúncios de serviços médicos. Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não pode divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.
Para orientar o médico, o documento indica especificações técnicas que permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja presença é obrigatória nas peças publicitárias: os dados médicos devem ser inseridos nas peças impressas, por exemplo, em retângulos de fundo branco, em letras de tamanho proporcional ao das demais informações e de modo destacado; em peças audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser pausada, cadenciada e perfeitamente audível – também na TV devem ser observadas regras relacionadas a tipo e dimensão de letras. De acordo com a resolução, dúvidas sobre a aplicação das regras de publicidade devem ser encaminhadas à Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina local.  
A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM discutiu as mudanças nas regras de publicidade de serviços médicos entre março de 2010 e julho de 2011 (mês em que a nova norma foi aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina). Para a elaboração da proposta, os membros do grupo buscaram referências sobre publicidade e propaganda em leis e regulamentos de venda de medicamentos, bebidas e outras substâncias e produtos restritos, vigentes no Brasil e no exterior. As Codames dos Conselhos Regionais de Medicina também colaboraram nesse trabalho.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eurofarma e Cristália formam novo negócio


Fonte: VALOR ECONÔMICO
Os laboratórios nacionais Eurofarma e Cristália anunciam nos próximos dias a criação de uma nova empresa para atuar no setor farmacêutico para o desenvolvimento de novos medicamentos. A nova companhia, que será batizada de Supera, começa a operar no mercado em setembro, apurou o Valor.
As duas companhias formalizaram na semana passada a joint venture, na qual cada empresa terá 50% de participação, no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os últimos acertos sobre a nova operação serão definidos esta semana.
A nova empresa conta já conta com um "pipeline" (produtos em desenvolvimento) robusto e deverá colocar seus medicamentos inovadores no mercado nacional a partir de 2013, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Medicamentos na área de oncologia fazem parte desse novo portfólio.
Executivos da Eurofarma e da Cristália deverão fazer parte da administração da nova companhia farmacêutica nacional. A gestão da Eurofarma e Cristália permanecerá independente, mesmo com a joint venture.
A nova companhia contará com cerca de 300 funcionários, sobretudo na área de força de vendas, e projeta um faturamento superior a R$ 150 milhões quando entrar efetivamente em operação. A união das duas farmacêuticas para formalização da joint venture já vinha sendo costurada há alguns meses.
Com expertise em inovação, a Cristália, com faturamento de cerca de R$ 660 milhões em 2010, é uma das poucas farmacêuticas nacionais que investem no desenvolvimento de novos medicamentos, sempre em parceria com universidades federais e estaduais, com orçamentos apertados. A empresa tem atuação na área hospitalar.
A Eurofarma, com sede em São Paulo e receita em torno de R$ 1,3 bilhão, tem crescido nos últimos meses por meio de aquisições dentre e fora do Brasil. No ano passado, a companhia comprou o laboratório Segmenta, com sede em Ribeirão Preto (SP). Essa transação foi a porta da entrada da farmacêutica no mercado de soro hospitalar, área onde o laboratório paulista ainda não tinha participação.
A empresa já atua nesse segmento, com fornecimento de medicamentos injetáveis. Também no ano passado o laboratório nacional fechou importante parceria com a americana Pfizer para produzir a versão genérica do medicamento Lipitor (usado no combate ao colesterol elevado).
Outros laboratórios brasileiros também estavam negociando parcerias e joint venture, mas foram malsucedidos. O caso mais recente foi do Aché, que estava em conversas avançadas com a inglesa GlaxoSmithKline (GSK). A multinacional não desistiu de avançar no mercado brasileiro. No ano passado, a própria GSK estava no páreo para negociar a compra da Mantecorp, que foi arrebatada pela Hypermarcas.
Como os ativos farmacêuticos estão com preços elevados, devido ao forte interesse de grandes multinacionais em investir no país, os laboratórios nacionais estão mais cautelosos antes de fechar negócios.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Gigante da saúde investe R$ 10 mi em unidade no Brasil


Líder mundial em produtos de saúde, com receita anual de US$ 103 bilhões, a norte-americana Cardinal Health abrirá unidade no Brasil, a primeira na América do Sul.
Na próxima terça, a empresa assina parceria com o Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, referência em atendimento, ensino e pesquisa oncológica.
O investimento inicial será de R$ 10 milhões e envolve a montagem de um ciclotron, aparelho que produz radiofármacos, usados principalmente em exames de imagem (como tomografias) e tratamentos (radioterapia).
Segundo Irlau Machado, CEO do A.C. Camargo, além de insumos, a parceria com a Cardinal permitirá a abertura de linhas de pesquisas de novos marcadores para o diagnóstico e terapia de várias doenças, como o câncer.
"É uma tecnologia muito promissora, e a proximidade com a fábrica nos trará mais ideias e possibilidades de inovação", diz ele.
John Rademacher, presidente mundial da divisão de medicina nuclear da Cardinal, disse à Folha que só detalhará na próxima terça-feira os projetos que pretende desenvolver no Brasil.
A Cardinal chega ao país em um momento estratégico. O Congresso estuda a quebra total do monopólio estatal da produção e venda de radiofármacos. Nos EUA, o mercado movimenta cerca US$ 6 bilhões por ano.
Parte desse material (radiofármacos de meia-vida curta) já tinha sido liberada para a iniciativa privada em 2006, quando a emenda nº 49 alterou o texto constitucional que garantia o monopólio da União.
Mas o filão desse mercado são os radiofármacos de meia-vida maior, como o tecnésio-99, usado em cerca de 90% dos exames de medicina nuclear no país (cintilografias, por exemplo).

IMPORTAÇÃO
Hoje o Brasil importa esse material do Canadá, maior produtor mundial. Semanalmente, a matéria-prima do tecnésio (molibdênio-99) chega ao Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), que fraciona o material e o distribui para os serviços de saúde.
Em 2010, o país sofreu uma crise no abastecimento porque o reator canadense --responsável por 40% da produção mundial do molibdênio-99 e por toda a demanda brasileira-- parou de operar por problemas técnicos.
Para Jair Mengatti, diretor de radiofarmácia do Ipen, se houver quebra total do monopólio de radiofármacos, a estatal CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) não terá como competir. "Especialmente se mantida a estrutura atual, sem a agilidade gerencial e financeira que grandes multinacionais, como a Cardinal, têm."
Segundo Irlau Machado, inicialmente o foco da Cardinal no A.C. Camargo será na produção de radiofármacos de meia-vida curta (FDG), usado em um sofisticado exame de imagem, chamado PET-CT, capaz de identificar o câncer em estágio inicial e mostrar em tempo real como o corpo reage ao tratamento.
O A.C. Camargo é a instituição que mais realiza o exame no país --35 por dia, em média-- e gasta R$ 5 milhões anualmente na compra desses insumos. O Ipen é o principal fornecedor.
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) também tem um ciclotron que produz esse radiofármaco e abastece, além do instituto, outras unidades do complexo do Hospital das Clínicas que realizam o PET-CT.

FONTE: Folha de São Paulo

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Alertas de saúde: complicações a longo prazo por Diabetes



- Diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue.

Algumas complicações que surgem por não contrlar os níveis de glicêmia.

Endurecimento das artérias (aterosclerose).

Danos para os rins, nervos e olhos.

Disfunção erétil.

Colesterol elevado.

Pressão arterial elevada.

Infecções do trato urinário ou da pele.

Acidente vascular cerebral.

Doença vascular periférica.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Anvisa proíbe venda de fertilizante que provoca efeitos semelhantes aos da cocaína

                                                       Fonte: Agência Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de mefedrona no país. Usada como fertilizante agrícola, a mefedrona estava sendo utilizada como insumo para produção de uma droga que provoca euforia, hipertensão e delírios nos usuários, efeitos semelhantes aos da cocaína e do ecstasy.
Com a decisão, a mefedrona passa a ser considerada como o crack e cocaína: uma droga ilegal, incluída na lista de substâncias proscritas e cuja venda ou distribuição no país é considerada crime. A medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União para entrar em vigor, o que deve ocorrer nos próximos dias. A diretoria da agência reguladora decidiu banir a mefedrona do mercado depois de ouvir a Polícia Federal.

Projeto de lei quer tirar imposto de remédio e preço pode cair 35%

 Neste ano, o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT-DF) apresentou um projeto de lei para acabar com os impostos sobre todos os medicamentos – tanto os produzidos aqui, quanto os importados. O objetivo, segundo ele, é ampliar o acesso da população a esses itens de primeira necessidade.
De acordo com a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), em média, 35,7% do preço que o consumidor paga na farmácia são impostos. Henrique Tada, diretor técnico executivo da entidade, diz que em muitos países a tributação varia entre zero e 5%.
O governo já demonstrou interesse no assunto. A presidente Dilma Rousseff prometeu, durante a campanha eleitoral, baixar os impostos dos medicamentos. Neste ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também mostrou apoio à causa. Ele disse que a ideia não está contemplada na proposta de reforma tributária elaborada pelo governo federal, mas ressaltou que o tema está sendo discutido pelo ministério com os setores de saúde do país.
Reguffe encomendou um levantamento à Receita Federal sobre o total de recursos arrecadados pela União com medicamentos. Só em 2010, mais de R$ 3,3 bilhões foram recolhidos em taxas como o IRPJ (Imposto sobre a Renda – Pessoas Físicas), Cofins (Contribuição para a Seguridade Social), Imposto sobre a Importação e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
O deputado afirma que o corte dos impostos faria pouca diferença no Orçamento da União. O valor vindo dos medicamentos representa 0,16% do total arrecadado.
- O que deve ser tributado são os produtos supérfluos, não o que mexe com a saúde, com a vida das pessoas.
Os R$ 3,3 bilhões não levam em conta impostos estaduais, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Fernando Steinbruch, diretor do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), destaca que o ICMS corresponde à metade do total de impostos que incidem sobre os medicamentos.

Para saber mais: http://migre.me/5q9zH

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nações de renda alta têm 14,6% de deprimidos, contra 11% das mais pobres; em SP, 18% são afetados

Dado é de pesquisa internacional que entrevistou 89 mil pessoas

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

Um levantamento sobre a depressão em 18 países indica que esse transtorno psiquiátrico é mais comum em nações ricas do que em pobres.
O Brasil, porém, representado no estudo por dados da Grande São Paulo, foi o país em desenvolvimento com mais pessoas afetadas.
A pesquisa, para a qual foram entrevistadas 89 mil pessoas, é resultado de um projeto da divisão de saúde mental da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O registro de uma prevalência maior da depressão (14,6%) em países de renda média e alta do que nos de renda baixa (11,1%) não tem uma explicação única, afirmam os cientistas.
"Diferenças em exposição ao estresse, reação ao estresse e em depressão endógena [de origem interna], não relacionada aos fatores ambientais, são possíveis influências", afirma o estudo, liderado pela psiquiatra Evelyn Bromet, da Universidade de Nova York.
"A desigualdade social, em geral maior nos países de alta renda do que nos de baixa, leva a problemas crônicos que incluem a depressão."
Talvez não por acaso, o Brasil, onde a desigualdade social é ampla, figura na pesquisa com uma prevalência de 18% desse transtorno psiquiátrico. Entre os países ricos, a exceção foi o Japão, com só 6,6% de deprimidos.

Para saber mais: Folha de São Paulo de 02 de Agosto de 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Esta semana comemora-se o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, e a Anvisa aprova o registro de um novo medicamento para o tratamento da Hepatite C. Trata-se do Boceprevir, um antivirótico que aumenta de 40% para 60% as chances de cura da Hepatite C do genótipo tipo 1.
O medicamento inibe a replicação do vírus da Hepatite, o HCV, para os portadores. A Hepatite C pode ser provocada também pelos genótipos dos tipo 2 e 3 do mesmo vírus. O Boceprevir é indicado para portadores do genótipo 1 do HCV que nunca foram tratados e para aqueles que não tiveram sucesso com o tratamento disponível até o momento. O novo medicamento deve ser administrado em associação com outros dois medicamentos que já são utilizados no tratamento da Hepatite C, o Interferon e a Ribavirina, para que alcance o resultado esperado.
O Interferon é um medicamento biológico empregado para tratar a Hepatite C. A Ribavirina é uma droga anti-viral, capaz de prevenir a multiplicação de vírus, que quando associada às formas sintéticas de alfa-interferon tem boa resposta em pacientes com hepatite C crônica.
  
Prevenção
Os servidores das Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais estão orientados a fiscalizarem os ambientes como salões de beleza e estúdios de tatuagem. E orientar o pessoal que trabalha neste tipo de serviço. É uma estratégia para levar os cuidados de saúde ao mercado da beleza.
A recomendação desse documento elaborado pela Anvisa e as vigilâncias sanitárias para a pigmentação e os piercing envolve o cadastro dos clientes, a adequação das estruturas físicas, os materiais, os procedimentos e os recursos humanos.
Para proteger o cliente da infecção por vírus, o texto preconiza que  lâminas e as agulhas são de uso individual. Esses materiais devem ser descartados em lixo especial para material infectante após o uso.
O documento também detalha o tratamento que os salões de beleza devem dar aos materiais de uso individual e único, os descartáveis, e os que são utilizados por diversos clientes. Neste caso, o documento define quais podem ser higienizados com limpezas feitas apenas com produtos químicos e aqueles nos quais a esterilização é necessária.

ANS amplia direito à portabilidade de carências

 

Consumidores de planos de saúde individuais ou familiares e coletivos por adesão passam a contar, a partir desta quinta-feira, dia 28/7, com as normas previstas na Resolução Normativa nº 252, que ampliam as regras de portabilidade de carências. A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi publicada no Diário Oficial da União de 29 de abril deste ano, concedendo um prazo de 90 dias para as operadoras se adaptarem.
 A norma atinge cerca de 13,1 milhões beneficiários, que passam a ter direito a mudar de plano de saúde sem cumprimento de novos prazos de carência. “A medida aumenta o poder de decisão do consumidor, faz crescer a concorrência no mercado e, em consequência, gera melhoria do atendimento prestado ao beneficiário de plano de saúde”, ressalta o diretor-presidente da ANS, Mauricio Ceschin.
A possibilidade de mudar de plano de saúde levando consigo os períodos de carência já cumpridos é uma realidade desde abril de 2009, para os beneficiários de planos contratados a partir de 2 de janeiro de 1999, após a regulamentação do setor. Entre os principais ganhos para o consumidor com a nova resolução estão a extensão do direito para os beneficiários de planos coletivos por adesão e a instituição da portabilidade especial para clientes de operadoras extintas.
Confira abaixo as principais mudanças nas regras de portabilidade:
  • A abrangência geográfica do plano (área em que a operadora se compromete a garantir todas as coberturas contratadas pelo beneficiário) deixa de ser exigida como critério para a compatibilidade entre produtos. Dessa forma, o beneficiário de plano municipal poderá exercer a portabilidade para um plano estadual e os destes para um nacional;
  • O período para o exercício da portabilidade passa de 2 para 4 meses, a partir do mês de aniversário do contrato;
  • A permanência mínima no plano é reduzida de 2 para 1 ano a partir da segunda portabilidade;
  • Ampliação das informações sobre o plano: a operadora do plano de origem deverá comunicar a todos os beneficiários a data inicial e final do período estabelecido para a solicitação da portabilidade de carências. Essa informação deve constar do boleto de pagamento do mês anterior ao referido período ou em correspondência enviada aos titulares dos contratos nos casos em que não lhes seja enviado boleto.
É instituída a portabilidade especial para:
 1.  beneficiário de operadora que tenha seu registro cancelado pela ANS ou que esteja em processo de Liquidação Extrajudicial, caso a transferência compulsória de carteira tenha sido frustrada;

 2.  beneficiário de plano de saúde em que tenha ocorrido a morte do titular do contrato;
O direito à portabilidade é estendido aos beneficiários de planos coletivos por adesão novos ou adaptados, que hoje contam com pouco mais de 5 milhões de beneficiários. Entende-se por plano coletivo por adesão aquele que é contratado por pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial, tais como: conselhos profissionais e entidades de classe, nos quais seja necessário o registro para o exercício da profissão; sindicatos, centrais sindicais e respectivas federações e confederações; associações profissionais legalmente constituídas, entre outras organizações previstas na Resolução Normativa nº 195/2009.
Além de valer para mudança entre planos individuais, a portabilidade para planos novos ou adaptados passa a ter os seguintes fluxos:
Plano Coletivo por Adesão   Plano Individual
Plano Individual  -   Plano Coletivo por Adesão
Plano Coletivo por Adesão    -   Plano Coletivo por Adesão
Portabilidade Especial
Para o exercício do direito à Portabilidade Especial, será fixado caso a caso um prazo de até 60 dias, a contar da publicação de Resolução Operacional da Diretoria Colegiada da ANS (no caso de alienação compulsória frustrada, quando caberá prorrogação).
No caso de morte do titular do contrato de plano de saúde, o prazo de 60 dias para exercício da portabilidade especial se inicia no dia do falecimento. Nesse caso, não há a necessidade de publicação de Resolução Operacional pela ANS.
Os critérios da Portabilidade Especial são parcialmente flexibilizados:
  • Não há a restrição do mês do aniversário do contrato para efetuar a portabilidade;
  • Não é exigida a permanência mínima no plano, nestes casos pode haver cobrança de períodos de carência remanescentes;
  • São exigidos adimplência, tipo compatível e faixa de preços igual ou inferior.
Participação da sociedade
A norma de ampliação da portabilidade de carências é resultado da participação da sociedade no processo de elaboração. Inicialmente, a ANS promoveu reuniões de Câmara Técnica com representantes de entidades como: Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon SP), Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ministério da Fazenda, Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog) e Unimed do Brasil.
Em seguida foi realizada uma consulta pública no período de 21/10 a 20/11/2010 e toda a sociedade pôde enviar críticas e sugestões para a redação final da norma. A ANS recebeu 295 contribuições.
Guia ANS de planos de saúde
Para auxiliar o beneficiário que deseja exercer a portabilidade de carências e facilitar o acesso a informações daqueles que pretendem contratar um plano de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desenvolveu o Guia ANS de Planos de Saúde, um sistema eletrônico que permite o cruzamento de dados para consulta e comparação dos planos de saúde individuais ou familiares e coletivos por adesão comercializados por aproximadamente 1.400 operadoras em atuação no mercado brasileiro. 
A ampliação das regras de portabilidade de carências é uma meta já cumprida da Agenda Regulatória da ANS, que reúne os temas prioritários para a Agência em 2011 e 2012.

No Brasil o consumo de cálcio está baixo e o de sódio alto.

Em pesquisa feita pelo IBGE, sobre os hábitos alimentares dos brasileiriros, chamou a atenção algumas informações levantadas sobre crianças e adolescentes.
Na faixa dos 10 aos 13 anos de idade, 96,4% dos adolescentes do sexo masculino e 97,2% do sexo feminino registraram ingestão de cálcio abaixo do valor mínimo diário recomendável (1.100mg); o mesmo ocorreu com a vitamina D (10mcg) para 99,4% dos meninos e 99,0% das meninas; e, com a vitamina E (9mcg), para 99,2% e 99,8%, respectivamente. Já a ingestão de sódio acima do limite diário máximo tolerável desse grupo (2.200mg) foi registrada para 81,5% dos meninos e 77,7% das meninas nesse grupo etário.
Na faixa de 14 a 18 anos, o consumo diário inadequado de cálcio (abaixo de 1.100mg) foi registrado para 95,1% dos adolescentes do sexo masculino e 97,3% do sexo feminino; para a vitamina D (abaixo de 10mcg), para 99,4% e 98,8%; e, para a vitamina E (menos de 12mcg), para 99,9% e 100%, respectivamente. O consumo diário excessivo de sódio para este grupo etário (acima de 2.300mg) foi visto para 88,9% para o sexo masculino e 72,9% para o feminino.
Na faixa etária de 19 a 59 anos, as maiores prevalências de inadequação de consumo diário ficaram com a vitamina D (menos de 10mcg), que atingiu 99,6% dos homens e 99,2% das mulheres; a vitamina E (menos de 12mcg), que chegou a 99% e 100%, respectivamente. Já o consumo diário insuficiente de cálcio (menos de 800mg para homens de todo o grupo e mulheres até 50 anos e de 1.000mg para mulheres de 51 a 59 anos) atingiu 83,8% dos homens, 90,7% das mulheres até 59 anos e 96,7% das mulheres de 51 a 59 anos. O consumo diário em excesso de sódio (acima de 2.300mg) foi registrado para 88,7% dos homens e 69,7% das mulheres.
No grupo etário de 60 anos ou mais, a inadequação da vitamina E (menos de 12mcg/dia) teve prevalência de 100% para ambos os sexos. Já a da vitamina D chegou a 99,6% dos homens e 99,4% das mulheres. No caso do cálcio, os limites mínimos são de 800mg para os homens até 70 anos e de 1.000mg acima dessa idade e, para as mulheres, de 1.000mg para todo o grupo. A prevalência de inadequação no grupo chegou a 85,9% para os homens até 70 anos, a 94,3% dos homens a partir dessa idade e a 95,8% das mulheres. Já a ingestão diária de sódio acima do limite tolerável de 2.300mg chegou a 80,4% dos homens e 62,2% das mulheres.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Apneia do sono pode produzir disfunção erétil.

Fonte: Folha de São Paulo

Distúrbio do sono, que afeta 33% dos moradores de São Paulo, reduz nível de testosterona e dificulta a circulação

Máscara de ar para dormir é o principal tratamento da apneia e, muitas vezes, já resolve a disfunção erétil

DE SÃO PAULO

Noites mal dormidas podem causar mais do que olheiras e bocejos. A apneia do sono -distúrbio que atinge quase 33% dos moradores da cidade de São Paulo- também provoca impotência sexual. E muitos dos afetados não fazem ideia disso.
"A maioria das pessoas com apneia não sabe que tem a doença. Que ela pode causar disfunção erétil, então, menos ainda", diz Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor (Instituto do Coração) da USP.
Caracterizada por um ronco forte e irregular, apneia é marcada por diversas paradas respiratórias de pelo menos dez segundos durante o sono. Em uma noite, podem ocorrer dezenas delas.
Com a interrupção da respiração, ocorre um microdespertar. A pessoa passa de um estágio mais profundo do sono para um mais leve e também menos revigorante. "É como se a pessoa, em vez de dormir, apenas cochilasse", explica Lorenzi.
A combinação de paradas respiratórias e sono menos relaxante é catastrófica para o organismo. Além de ficar naturalmente mais cansado e sem disposição, quem tem o distúrbio acaba com mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares e outros males. A impotência é apenas mais um item nesse pacote.
Segundo Monica Andersen, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadora do Instituto do Sono, a relação entre apneia do sono e disfunção erétil é evidente, mas os fatores exatos que contribuem para isso ainda não são bem compreendidos. "Por ser um fenômeno hemodinâmico [ligado à circulação do sangue nos vasos], a ereção depende da integridade dos tecidos, bem como de fatores psicológicos. Qualquer variação nesses componentes, alterados ainda mais pela apneia do sono, podem levar à disfunção erétil", diz.
Além disso, diz a pesquisadora, há estudos que ligam a impotência sexual à redução dos níveis de hormônio masculino provocada pela apneia do sono. "Essa redução no nível de testosterona pode ser causada pela idade, excesso de peso, além de outros fatores, como a hipoxia [diminuição das taxas de oxigênio no sangue arterial ou nos tecidos] e a fragmentação do sono."


domingo, 17 de julho de 2011

Briga por patentes.

Folha de São Paulo


TABULEIRO FARMACÊUTICOA disputa que a AstraZeneca travou na Justiça contra a venda de genéricos anticolesterol que levam rosuvastatina na fórmula fez a indústria de genéricos perder milhões, segundo a Pró Genéricos (associação do setor).
A introdução de genéricos no mercado segue, mês a mês, uma proporção de crescimento de vendas semelhantes, segundo Odnir Finotti, presidente da entidade.
"Qualquer genérico novo no mercado vende x no primeiro mês, 3x no segundo, 5x no terceiro e 6x no quarto", diz. Mas a rosuvastatina teve a tendência interrompida.
"No primeiro mês, as vendas foram de x, no segundo, 3x, no terceiro, com o ataque, caiu para x", diz Finotti.
A AstraZeneca já acionou os laboratórios Germed, Torrent e EMS e a Anvisa. Obteve e perdeu diversas liminares, o que provocou oscilações na oferta de produtos nas farmácias. A AstraZeneca informa que "continua convicta de que seus direitos de exclusividade de comercialização são válidos até 2020".

sábado, 16 de julho de 2011

Projeto de lei poderá garantir internação obrigatória de criança viciada

Audiência pública - Abrigamento conpulsório de usuários de crack - Dep. Solange Almeida (PMDB-RJ), autora do requerimento

Psiquiatra e juíza ouvidos pela CCJ são favoráveis à internação compulsória, mas a deputada Manuela d'Ávila alerta para uma possível afronta aos direitos da criança.
A experiência da cidade do Rio de Janeiro no abrigamento compulsório de crianças usuárias de crack pode servir de base para um projeto de lei na Câmara dos Deputados. Na capital fluminense, desde maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social retira das ruas as crianças viciadas em crack. Elas são internadas com autorização da Justiça e recebem tratamento especializado para se libertar do vício. A experiência foi discutida nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a pedido da deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
A parlamentar estuda, agora, a possibilidade de apresentar um projeto que obrigue o governo a garantir a internação compulsória de crianças e adultos viciados em crack, mesmo que eles não queiram ser internados.
A Secretaria de Assistência Social do Rio já conseguiu reduzir em 86% o número de adolescente e crianças acolhidos nas cracolândias e em outros pontos de consumo de drogas. Solange Almeida explica que o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem, conseguiu romper uma barreira que havia com a legislação que não permite a internação involuntária - o chamado abrigamento compulsório. “Ele conseguiu isso numa parceria com o Ministério Público, a Vara da Infância e Juventude, a Delegacia de Proteção de Crianças e Adolescentes. Ele vai à Cracolândia, onde estão os usuários de crack, e recolhe aquelas pessoas. Os menores de idade, via liminar judicial, ele consegue internar."
Tática eficaz
Estudo brasileiro publicado na revista da Academia Americana de Psiquiatria mostra a eficácia da internação compulsória no tratamento de dependentes químicos.
O psiquiatra Jorge Jaber, diretor da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas, estudou casos de viciados em diversos tipos de drogas - como cocaína, crack, maconha e álcool. Segundo ele, mesmo internados por 18 meses para tratamento contra a própria vontade, 66% dos dependentes se recuperaram do vício.
"Em relação à dependência química, havia o mito de que a pessoa deveria querer se tratar. Realmente isso acontece, mas é preciso que essa pessoa passe um período sem usar drogas para que ela recupere a capacidade mental e possa reconhecer que o tratamento é importante para ela", explicou o psiquiatra na audiência pública.

 
O apoio à internação compulsória para o tratamento de viciados, no entanto, não é unânime. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), alerta para uma possível afronta aos direitos da criança, quando um juiz, e não um familiar, decide pela internação.

“Em nosso País não existem espaços para internação, não existem padrões de internação”, lembrou a parlamentar. “E nós não podemos, por ordem judicial, internar uma criança, por exemplo, numa fazenda terapêutica de uma religião distinta da sua. É preciso respeitar valores, a cultura”.

A juíza da 1ª Vara da Infância do Rio de Janeiro Ivone Caetano, que também participou do debate, discorda de Manuela d'Ávila. Segundo a magistrada, a criança viciada em crack e exposta aos perigos do vício e das ruas, já não tem nenhum direito garantido. Ivone Caetano afirmou que, enquanto não houver lei que permita o tratamento adequado, ela vai continuar autorizando a internação compulsória de crianças viciadas.

DPOC pode tornar-se a 3ª causa de morte no Brasil

Fonte: Folha de São Paulo

MARIANA PASTORE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Estimativas da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) indicam que uma doença pulmonar pode se tornar a terceira causa de morte no país no fim desta década.
Hoje, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) já é a quinta maior causa e mata 33 mil brasileiros por ano, embora a maioria não conheça a doença, segundo o presidente da sociedade, Roberto Stirbulov. De 1990 a 2001, o número de casos teve um aumento de 371%.
Ela é caracterizada por dois problemas (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e se manifesta em quem se expõe a fatores ambientais nocivos ao pulmão, como fumo (85% dos casos) e exposição a fogão a lenha (15%).
"Com o tempo, o doente perde a capacidade de respirar normalmente, dificultando atividades simples, como tomar banho", diz Stirbulov.
O presidente da Associação Brasileira de Portadores de DPOC, Manoel Machado Jr., que fumou por 36 anos, teve de reaprender a falar e a respirar após o diagnóstico. "O ar não sai do pulmão."

A boa notícia é que está chegando no mercado brasileiro o primeiro medicamento específico para tratar a inflamação da DPOC. Produto de uma nova classe terapêutica, o roflumilaste, um inibidor seletivo da enzima fosfodiesterase 4 (PDE4), tem um mecanismo inédito de ação anti-inflamatória. Cerca de 10% dos que tomaram tiveram efeitos colaterais, como náusea, diarreia e dor de cabeça.
A caixa com 30 comprimidos custa até R$ 180.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Armadilha de 'chulé' para combater mosquito da malária

Um jovem pesquisador da Tanzânia desenvolveu uma armadilha de "chulé" artificial, que atrai quatro vezes mais o mosquito causador da malária do que outros meios de combate tradicionais. A pesquisa foi reconhecida e premiada nesta quarta-feira por duas organizações da América do Norte.

O estudo foi liderado por Fredros Okumu, chefe de pesquisa do Instituto de Saúde de Ifakara, na Tanzânia. Sua equipe desenvolveu um odor artificial, que imita o cheiro do chulé presente em meias e que é colocado dentro de uma armadilha.

O odor pode atrair mosquitos em um raio de 110 m de distância. Por conter substâncias venenosas em sua composição, o cheiro acaba matando os insetos.

Nesta quarta-feira, a Fundação Bill e Melinda Gates, dos Estados Unidos, e a Grand Challenge Canada concederam um prêmio de US$ 775 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) à equipe de Okumu, para que dê continuidade aos estudos.

Para saber mais: http://migre.me/5g2vs

quarta-feira, 13 de julho de 2011

11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia


Estão abertas as inscrições de trabalhos para a mostra competitiva da 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças – 11ª Expoepi. O prazo vai até o dia 20 de julho de 2011, pela internet. O evento acontece do dia 1º a 3 de novembro, em Brasília-DF.
Serão contempladas duas modalidades de participação. A modalidade I trata das experiências bem-sucedidas realizadas pelos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) que contribuíram para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. A experiência vencedora em cada uma das nove áreas da Modalidade I receberá um prêmio no valor de R$30 mil, oferecido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A modalidade II (com apenas uma área específica) é uma inovação para este ano, por estar direcionada aos profissionais da Saúde que atuam no SUS e desenvolveram trabalhos técnico-científicos em nível de pós-graduação que contribuem para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. Nesta modalidade, serão concedidos prêmios no valor de R$9 mil para tese de doutorado, R$6 mil para dissertação de mestrado e R$3 mil para monografia de especialização.
Critérios
Os trabalhos serão selecionados segundo os critérios estabelecidos no Edital de convocação. A experiência ou trabalho técnico-científico inscrito que não demonstrar sua contribuição ao aprimoramento das ações de vigilância em saúde será considerado inelegível para a mostra competitiva.
Saiba mais:
- Veja o edital da 11ª Expoepi- Retificação do Edital- Inscrições- 11ª Expoepi será realizada em novembro

Fonte: ANVISA

terça-feira, 12 de julho de 2011

A invasão de privacidade do Yahoo!

 Getty Images
Do Terra
Novo termo de serviço do Yahoo! permite a leitura dos emails
Mudanças nos termos de serviço gera críticas sobre privacidade dos usuários
Foto: Getty Images
Uma mudança nos termos de serviço do serviço do email do Yahoo! vem causando polêmica pois permite que a empresa analise as mensagens enviadas e recebidas pelos usuários. A empresa justifica o escaneamento dos emails como uma forma de obter informações para fornecer publicidade direcionada.
No novo termo de serviço, o usuário "concorda em permitir que os sistemas automatizados do Yahoo! façam o escaner e analizem (sic) todo o conteúdo das comunicações em processo de envio ou recebimento, que foram enviadas ou recebidas pela sua conta (tais como, conteúdos de e-mail ou mensagens instantâneas e mensagens de SMS), incluindo conteúdo armazenado na sua conta para, sem limitação, fornecer recursos personalizados de produto e conteúdo". O termo avisa ainda que essa opção de privacidade não pode ser desativada. Além disso, ao concordar com o termo o usuário concorda que tem a obrigação de notificar usuários de outros serviços de email sobre a análise das mensagens, já que o serviço prevê o escaneamento de emails enviados e recebidos.
Segundo o site Daily Mail, a mudança nos termos provocou a ira nos defensores de privacidade. Segundo o site, a porta-voz do Consumer Watchdog, Georgina Nelson, afirma que a medida é uma violação grosseira da privacidade dos usuários e que a mudança é "absurda e irreal". Um porta-voz do Yahoo afirma que a medida também serve para detecção de spam, malware e proteção contra abusos. Segundo ele, esse escaneamento de emails já é utilizado pelos principais concorrentes do Yahoo!.