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sábado, 24 de novembro de 2012

Agora é lei, tratamento do câncer deverá ser iniciado em um prazo de 60 dias após diagnóstico.



Os tratamentos de câncer no SUS deveram começar em um prazo máximo de 60 dias, contados a partir do diagnóstico, de acordo com a Lei 12.732 que foi publicada dia 23 de Novembro de 1912. A lei entra vigor a partir de 180 dias após a sua publicação.
Segundo o Dr. Luiz Antônio Santini, diretor geral do INCA, esta iniciativa aumentar a eficácia das terapias.
De acordo com a publicação, o prazo de 60 dias será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.
Pacientes acometidos por manifestações dolorosas conseqüentes de tumores malignos terão tratamento privilegiado no que diz respeito ao acesso a prescrições e a analgésicos opiáceos e correlatos.
O texto prevê ainda que a padronização de terapias contra o câncer, cirúrgicas e clínicas, deverá ser revista, republicada e atualizada sempre que se fizer necessário, para que se adéqüe ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos.
Estados da Federação, que tiverem grandes espaços territoriais sem serviços de terapia de oncologia, serão obrigados a fazer planos regionais para a instalação de unidades terapêuticas de câncer. O não cumprimento vai acarretar penas administrativas aos gestores diretos e indiretos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Problema do Descarte de Medicamentos


Texto retirado do Site da ANVISA.

O descarte aleatório de medicamentos em desuso, vencidos ou sobras atualmente é feito por grande parte das pessoas no lixo comum ou na rede pública de esgoto, podendo trazer como conseqüências a agressão ao meio ambiente, a contaminação da água, do solo e de animais, além do risco à saúde de pessoas que possam reutilizá-los por acidente ou mesmo intencionalmente devido a fatores sociais ou circunstanciais diversos. O consumo indevido de medicamentos descartados inadequadamente pode levar ao surgimento de reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas, comprometendo decisivamente a saúde e qualidade de vida dos usuários.
As sobras de medicamentos têm várias causas, dentre as quais podemos destacar: a dispensação de medicamentos além da quantidade exata para o tratamento do paciente; a interrupção ou mudança de tratamento; a distribuição aleatória de amostras-grátis; e o gerenciamento inadequado de estoques de medicamentos por parte das empresas e estabelecimentos de saúde. Soma-se a estes fatores a carência de informação da população relacionada à promoção, prevenção e cuidados básicos com sua saúde.
Com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, através da Lei n° 12.305/2010 e do Decreto nº 7.404/2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa está promovendo ações relacionadas com o tema, que tenham impacto significativo para a implementação da referida política e para a proteção da saúde da população e do meio ambiente.
A PNRS prevê a implantação e operacionalização dos sistemas de logística reversa para a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento no ciclo produtivo ou destinação final ambientalmente adequada por meio dos seguintes instrumentos: compromissos entre o Poder Público e o setor privado formalizados em Acordos Setoriais, termos de compromisso ou mediante regulamento específico.
Nesse sentido, a Anvisa vem discutindo o tema “Descarte de Medicamentos” desde 2009 e tem se envolvido nas discussões da PNRS, participando da criação do Grupo de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos, coordenado pelo Ministério da Saúde. Este grupo foi criado em 16 de março de 2011 com o objetivo de analisar, estudar e apresentar propostas sobre o descarte de medicamentos, incluindo: realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e avaliação dos impactos sociais para a implantação da logística reversa de medicamentos; propor modelagem da logística reversa de medicamentos; propor um acordo setorial visando um contrato entre os entes da cadeia de medicamentos de modo a pautar a responsabilidade compartilhada. O grupo tem caráter temporário e prazo de seis meses para conclusão, podendo ser prorrogado por igual período.
Portanto, a logística reversa para o descarte de medicamentos, de grande importância para a sociedade, vem sendo discutida e articulada com os diversos entes da cadeia de medicamentos, entre eles: conselhos profissionais da saúde (medicina, farmácia, enfermagem, odontologia, medicina veterinária); setor de transportes; setor de publicidade; rede hospitalar; associações da indústria farmacêutica, da indústria farmoquímica e das farmácias e drogarias; e representação das vigilâncias sanitárias municipais e estaduais, na perspectiva de conformação de um acordo setorial voltado para a implantação da logística reversa para os resíduos de medicamentos e outras medidas de não geração e de redução.
O Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Lei n°12.305 de 2 de agosto de 2010 e cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a implantação dos Sistemas de Logística Reversa, de maneira a orientar a realização de trabalhos técnicos e científicos ligado aos resíduos sólidos para esclarecer e direcionar a aplicação da norma com estudos de viabilidade.
As ações de pesquisa, articulação e envolvimento de entidades representativas dos diversos setores (governo, empresários, profissionais de saúde, ambientalistas, trabalhadores e cidadãos em geral), especialmente àqueles que participam diretamente do Grupo de Trabalho Temático, será fundamental para a conformação de um acordo setorial condizente com as expectativas e desafios da sociedade brasileira no tratamento responsável e compartilhado com a preservação da saúde e do meio ambiente.
Além disso, a experiência com a elaboração de uma modelagem de logística reversa por meio de um acordo setorial sem dúvida propiciará contribuições para o aperfeiçoamento das práticas regulatórias adotadas no país, por tratar-se de uma nova forma de regulação e implementação de políticas públicas.

Nova Droga Para Hipercolesterolemia


Um ensaio clínico publicado online na revista The Lancet de 02 de novembro de 2012 mostra que o lomitapide em doses de cerca de 40mg por dia, por via oral reduz o colesterol LDL em aproximadamente 50% em pacientes com hipercolesterolemia homozigótica tipo familiar.
O lomitapide inibe a secreção de VLDL no plasma pelo fígado, VLDL são precursores de LDL. É um inibidor de MTP, proteína de transferência de triglicerídeo microssomal ou proteína de transferência de triglicerídeo microsomal; MTP é uma proteína solúvel presente no retículo endoplasmático de hepatócitos. MTP com a forma de uma proteína isomerase bissulfito heterodímera que regula o conjunto de triglicerídeos com apolipoproteína B, VLDL apoB a se formar.
Os primeiros ensaios clínicos foram conduzidos com lomitapide em 1996 com hipercolesterolemia e parou devido a sua toxicidade, os distúrbios gastrointestinais, esteatoses hepáticas. Em 2002, os ensaios clínicos incluídos em uma indicação mais restrita, homozigoto tipo familiar hipercolesterolemia, a pedido de Daniel Rader Aegerion então, o laboratório que está desenvolvendo. O lomitapide é também um inibidor de CYP3A4.
Para obter informações adicionais, consulte o artigo mais detalhado em http://migre.me/c1lEU. A molécula de lomitapide é  hexafluorada.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Prontuários Eletrônicos e Segurança

É muito comum o médico retirar um determinado medicamento da terapêutica de um paciente. Muitas vezes não há comunicação entre o profissional prescritor e o farmacêutico. Isto é comum em grandes hospitais.
Esta é uma questão de segurança identificada pelos serviço de fármaco-vigilância de alguns estados americanos. O Dr. Thomas Sequist, médico do Hospital Brigham and Women e Harvard Vanguard Medical Associates em entrevista demonstrou preocupação com esta questão.
Ele e seus colegas examinaram 1.218 casos em 2009 onde os medicamentos dos pacientes foram descontinuados pelos médicos de Harvard Vanguard. Descobriram que 1,5 por cento de todos os medicamentos descontinuadas houve a readministração pelas farmácias hospitalares e que 12 por cento dos medicamentos que houve a readministração causaram algum grau de dano potencial para os pacientes.
De acordo com estudo, publicado em 20 de novembro a edição da revista Annals of Internal Medicine foram constatados problemas graves, como pressão arterial baixa; ou problemas menos graves como possíveis reações alérgicas ou náuseas e vertigens.
A implementação de prontuários eletrônicos ofereceram uma oportunidade de otimizar os controles das interrupções de terapias medicamentosas. Dr. Adrienne Allen, diretor médico da Associação para a Qualidade, Segurança e Risco da Região Norte de Boston disse: -“Pesquisas futuras devem se concentrar em avaliar os métodos para melhorar a comunicação entre os médicos e farmácias, para melhor conciliar as listas de medicamentos, bem como explorar estratégias para melhorar o conhecimento do paciente e consciência de seu regime de medicação".
Esta questão é grave dentro de um ambiente ambulatorial, imagine quando o paciente vai ser atendido por farmácias públicas onde só existe a comunicação por uma simples receita médica. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

EUA autorizam venda de remédio usado no tratamento contra obesidade



Medicamento Qnexa poderá ser receitado para pessoas com índice de massa corporal de 30 ou mais, ou pacientes com diabetes, colesterol ou pressão alta.

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos autorizou nesta terça-feira a venda do remédio Qnexa, usado no tratamento contra obesidade. A droga poderá ser receitada para pessoas com o Índice de Massa Corporal de 30 ou mais, ou também para pacientes com diabetes, colesterol ou pressão alta. Segundo a agência americana, o medicamento só não deverá ser usado por gestantes, pois pode causar danos ao feto.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Anvisa alerta para risco de consumo de suplemento alimentar

Imagem ilustra alguns comprimidos na palma de uma mão.
O consumo de alguns suplementos alimentares, como Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros, pode causar graves danos à saúde das pessoas. É o que alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em informe, publicado nesta terça-feira (10/7).
De acordo com o alerta da Agência, alguns desses suplementos contêm ingredientes que não são seguros para o consumo como alimentos ou contêm substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem acompanhamento médico.  Os agravos à saúde humana podem englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte.
“O forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares. O alerta da Anvisa ressalta, ainda, que muitos desses suplementos alimentares não estão regularizados junto à Agência e são comercializados irregularmente em nosso país.
Segundo o diretor da Anvisa, são produtos fabricados a partir de ingredientes que não passaram por avaliação de segurança. “Esses suplementos contém substâncias proibidas  para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping”, explica Álvares.
DMAA
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde, por meio da Rede de Autoridades em Inocuidade de Alimentos, alertou que vários países têm identificado efeitos adversos associados ao consumo da substância dimethylamylamine (DMAA), presente em alguns suplementos alimentares. O DMAA é um estimulante usado, principalmente, no auxílio ao emagrecimento, aumento do rendimento atlético e como droga de abuso.
Essa substância,  que tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, pode causar dependência, além de outros efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, e pode levar a morte. Alguns países já proibiram a comercialização de produtos que contém DMAA, como Austrália e Nova Zelândia.
“O DMAA tem sido adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não existir  estudos conclusivos sobre a sua dose segura”, afirma Álvares. No Brasil, o comércio de suplementos alimentares com DMAA também é proibido.
Na última terça-feira (3/7), a Anvisa incluiu o DMAA na lista de substâncias proscritas no país, fato que impede a importação dos suplementos que contenham a substância, mesmo que por pessoa física e para consumo pessoal. Entre os suplementos alimentares que possuem DMAA estão: Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros.
Importados
A regulamentação sanitária brasileira permite que pessoas físicas importem suplementos alimentares para consumo próprio, mesmo que esses produtos não estejam regularizados na Anvisa. Entretanto, esses suplementos não podem ser importados com finalidade de revenda ou comércio ou conter substâncias sujeitas a controle especial ou proscritas no país, como é o caso do DMAA.
Cada país controla esses produtos de maneira específica e, em muitos casos, não são realizadas avaliações de segurança, qualidade ou eficácia antes da entrada desses suplementos no mercado.  “Os consumidores devem estar atentos e checar se esses suplementos foram avaliados por autoridades sanitárias do país de origem e se não foram submetidos ao processo de recolhimento”, orienta o diretor da Anvisa.
Brasil
No Brasil, alimentos apresentados em formatos farmacêuticos (cápsulas, tabletes ou outros formatos destinados a serem ingeridos em dose) só podem ser comercializados depois de avaliados quanto à segurança de uso, quando se considera eventuais efeitos adversos já relatados. Além disso, precisam ser registrados junto à Anvisa antes de serem comercializados.
De acordo com o diretor da Anvisa, produtos conhecidos popularmente como suplementos alimentares não podem alegar propriedades ou indicações terapêuticas. “Propagandas e rótulos que indicam alimentos para prevenção ou tratamento de doenças ou sintomas, emagrecimento, redução de gordura, ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo ou melhora do desempenho sexual são ilegais e podem conter substâncias não seguras para o consumo”, alerta Álvares.
Confira aqui o alerta da Anvisa sobre o caso
 
Dicas para identificar suplementos que não estão regularizados no Brasil
- Promessas milagrosas e de ação rápida, como “Perca 5 kg em 1 semana!”;
- Indicações de propriedades ou benefícios cosméticos, como redução de rugas, de celulite, melhora da pele etc.
- Indicações terapêuticas ou medicamentosas, como cura de doenças, tratamento de diabetes, artrites, emagrecimento, etc.
- Uso de imagens e ou expressões que façam referência a hormônios e outras substâncias farmacológicas;
- Produtos rotulados exclusivamente em língua estrangeira;
- Uso de fotos de pessoas hiper-musculosas ou que façam alusão à perda de peso;
- Uso de panfletos e folderes para divulgar as alegações do produto como estratégia para burlar a fiscalização;
- Comercializados em sites sem identificação da empresa fabricante, distribuidora, endereço, CNPJ ou serviço de atendimento ao consumidor.

Recomendações aos consumidores
Se você usa ou tem intenção de usar “suplementos alimentares”, a Anvisa recomenda:
- Solicite auxílio de seu nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e regularizados junto à Anvisa;
- Desconfie se o produto for “bom demais para ser verdade”! Ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido ou fácil, principalmente de forma saudável;
- Consumidores que adquiriram produtos que contém DMAA na composição devem buscar orientação junto à autoridade sanitária local sobre a destinação adequada dos mesmos;
- Mais informações podem ser obtidas junto à Central de Atendimento da Anvisa: 0800 642 9782

sábado, 7 de julho de 2012

Três pessoas são internadas por dia com intoxicação em SP


Envenenamentos, intoxicações e exposição a substâncias nocivas causam, em média, três vítimas todos os dias no Estado de São Paulo, mostrou o levantamento da Secretaria de Saúde. Apesar de ter havido queda no número de internações (em 2011 foram 951 casos ante 1.132 de 2010), o número de mortos ainda é alto, 29 no ano passado contra 26 em 2010.

 

Segundo o médico do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências), Roberto Stefanelli, esse tipo de acidente ocorre por vários motivos e muda conforme a idade do paciente. Crianças de 1 a 4 anos de idade representam 21% dos casos, tendo como principal razão o descuido de pais e responsáveis no armazenamento de medicamentos e produtos tóxicos.

 

"É muito comum guardar o produto de limpeza em garrafa de refrigerante. A criança vê o colorido da garrafa e acaba ingerindo e se intoxicando", disse Stefanelli. Para evitar acidentes, o médico orienta que esse tipo de substância seja guardada somente em armários com chaves ou em lugares altos, fora do alcance de crianças.

 

Quando suspeitar de intoxicação, o procedimento é levar a vítima imediatamente ao atendimento de emergência, junto com o frasco ou resto da substância que causou o acidente para auxiliar na identificação por parte dos médicos. Stefanelli lembra, além disso, que nunca se deve provocar vômito no paciente, pois o líquido ingerido pode ser corrosivo e lesar órgão internos. "Vai piorar a situação. Se ele estiver com o nível de consciência reduzido e vomitar, ele pode aspirar o vômito e ele ir para o pulmão. Aí fica muito mais grave, pode levar até a morte".

O médico ainda relatou que, em boa parte dos casos de crianças intoxicadas que chegam à emergência, as famílias desconhecem a causa do mal-estar. Por isso, deve-se suspeitar de envenenamento quando a criança apresentar vômitos, diarreia, salivação excessiva, rebaixamento do nível de consciência ou sonolência. Os sintomas, porém, podem variar de acordo com o tipo de substância ingerida.

 

Outra faixa etária que costuma sofrer intoxicação é a de adolescentes e jovens adultos. Nesses casos, no entanto, as causas são excesso da ingestão de bebidas alcoólicas e uso de drogas ilícitas. Adultos que vivem nas áreas urbanas, normalmente, são internados após tentativas de suicídio e acidentes de trabalho, como vazamentos de produtos químicos e de fumaças tóxicas. Nos acidentes com gases, é importante pedir socorro aos bombeiros e jamais entrar no recinto.

 

"Ao entrar no ambiente que está cheio de gás, para socorrer alguém, você também vai se contaminar. Em vez de uma vitima serão duas", alerta o médico. Já nas regiões rurais, envenenamentos em decorrência da manipulação e inalação de inseticidas na agricultura são os quadros mais comuns registrados pela pesquisa.

 

Entre os idosos, a intoxicação geralmente ocorre por erro na dosagem de medicamentos. "Eles se esquecem de que já se medicaram e tomam de novo, ou acabam tomando doses erradas", diz o médico. Por isso, a orientação de Stefanelli é de que haja controle por meio de anotações nos frascos e identificação nas cartelas de comprimidos das quantidades já ingeridas.

 

Em todos os casos de intoxicação, sobretudo quando a vítima estiver inconsciente, Stefanelli recomenda deitá-la de lado enquanto o socorro não chega. "Isso evitará que o vômito seja aspirado e chegue até o pulmão", orientou.

domingo, 3 de junho de 2012

Nos Estados Unidos no momento estão pesquisando quase 1000 novos fármacos para combater o câncer.


Empresas americanas de pesquisas biofarmacêuticas estão testando 981 medicamentos e vacinas para combater os diversos tipos de câncer que afeta milhões de pacientes em todo o mundo, de acordo com um relatório divulgado hoje pela Associação de Pesquisadores e Fabricantes Farmacêuticos da América (PhRMA). Estes medicamentos potenciais, que são tanto em ensaios clínicos ou sob revisão pela Food and Drug Administration, incluem 121 para câncer de pulmão, 117 de linfoma e 111 para câncer de mama.

Ao longo das últimas décadas, progressos significativos na pesquisa biofarmacêutica e desenvolvimento tem levado a melhorias constantes nas taxas de sobrevivência de câncer nos EUA de acordo com a American Cancer Society, a taxa de morte por câncer caiu 22% para homens e 14% para mulheres entre 1990 e 2007 , que traduzido para 898.000 vidas poupadas por causa morte por câncer no período.

Além dos benefícios para os pacientes e suas famílias, as quedas nas taxas de mortalidade de câncer têm um tremendo impacto econômico. Os Institutos Nacionais de Saúde estimam que os custos totais para o câncer em 2007 ficaram por volta de 226,8 bilhões dólares: 103,8 bilhões dólares para os custos médicos diretos (todos os gastos com saúde) e $ 123 bilhões para os custos indiretos com a mortalidade (custo da perda de produtividade devido à morte prematura). De acordo com pesquisa recente da Universidade de Chicago, a redução das taxas de morte por câncer em 10 por cento valeria cerca de 4,4 trilhões de dólares em valor econômico para as gerações atuais e futuras.

As Indústrias biofarmacêuticas dos Estados Unidos estão trabalhando em muitas novas abordagens para combater o câncer. Os exemplos incluem: a) Um medicamento que interfere com o metabolismo das células de câncer de pâncreas, privando-os da energia fornecida pela glicose.  B) Um medicamento para leucemia mielóide aguda que inibe as células cancerosas com uma mutação encontrada em cerca de um terço dos pacientes com LMA.  C) Uma terapia que usa a nanotecnologia para atingir a entrega de medicamentos para as células de câncer de próstata, potencialmente superar algumas limitações dos tratamentos existentes.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Turno da Noite pode impulsionar riscos de câncer de mama em mulheres


Pesquisa de dinamarqueses apontou um aumento de riscos de câncer de mama em mulheres que trabalham no período da noite.
"Cerca de 10 a 20 por cento das mulheres nas sociedades modernas têm trabalho noturno", disse o pesquisador Johnni Hansen. "Portanto, pode ser um dos maiores problemas ocupacionais relacionados ao câncer."
Neste momento, as razões para estes resultados são incertos.
"Trabalho noturno envolve exposição à luz durante a noite, o que diminui a produção do hormônio melatonina. A melatonina parece proteger contra certos tipos de câncer", disse Hansen, do Instituto de Epidemiologia do Câncer da Sociedade do Câncer da Dinamarca, em Copenhague.
Além disso, a luz durante a noite poderia introduzir perturbações no ritmo circadiano, onde o relógio mestre do cérebro fica dessincronizado dos com o relógio biológico de outros órgãos, afetando a mama, disse ele.
"Fase repetida mudança pode levar a defeitos na regulação do ciclo celular circadiano, favorecendo o crescimento descontrolado de células", disse Hansen.
Também há a possibilidade da privação do sono depois do trabalho noturno levar à supressão do sistema imunitário, que pode aumentar o crescimento de células cancerosas.
Isto não é a primeira vez que esta associação tenha sido reconhecida. Em 2007, a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, parte da Organização Mundial de Saúde, disse que trabalhar no turno da noite é "provavelmente cancerígeno para humanos", de acordo com a informação de fundo no estudo.

O novo estudo foi publicado em 28 de Maio na edição online do Occupational and Environmental Medicine http://oem.bmj.com/.

Para determinar o efeito do trabalho noturno sobre o risco de câncer de mama, a equipe de Hansen recolheu dados sobre mais de 18.500 mulheres que trabalhavam para o Exército dinamarquês entre 1964 e 1999.

Os pesquisadores identificaram 210 mulheres que tiveram câncer de mama e os compararam com cerca de 900 mulheres com características semelhantes que não nunca tiveram câncer de mama.
Todas as mulheres foram questionadas sobre seus padrões de trabalho, estilos de vida e outros fatores tais como o uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal, e seus hábitos de banhos de sol.
Ao todo, 141 mulheres com câncer de mama responderam aos questionários do estudo. Além disso, 551 mulheres que não tiveram câncer de mama responderam.
Mas para as mulheres que trabalhavam noites, pelo menos, três vezes por semana, e durante pelo menos seis anos, o risco foi duplicado perante resultados.
As mulheres que trabalhavam no turno da noite, mas que se descreveram como pessoas não noctívagas estavam em risco ainda mais elevado de câncer de mama. Tinham quase quatro vezes mais chances de desenvolver câncer de mama como aqueles que não trabalham à noite.
Em comparação, as mulheres que se consideravam pessoas noctívagas foram duas vezes mais propensas a desenvolver câncer de mama.
O trabalho noturno é inevitável nas sociedades modernas, esse tipo de trabalho deve ser limitado no tempo e limitado a menos de três turnos noturnos por semana.
Três pequenos estudos mostram que homens que trabalham à noite também podem estar em riscos maiores para o câncer de próstata.

domingo, 27 de maio de 2012

Diretor da ANVISA recebe premiação especial da OMS por luta contra tabaco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) irá homenagear o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Agenor Álvares da Silva pelas ações desempenhadas por ele na luta contra o tabagismo no Brasil. No próximo dia 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, Álvares receberá um prêmio especial da diretora geral da OMS, Margaret Chan. De acordo com nota na página da Organização na internet, “em 2011, ele desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de um novo conjunto de medidas de controle do tabaco que incluem restrições à utilização de aditivos e aromatizantes em produtos derivados do tabaco e as regulamentações sobre a publicidade ao tabaco no ponto de venda”. A nota afirma, ainda, que, quando estiveram em discussão, as medidas provocaram uma forte oposição da indústria do tabaco.

Para o diretor da Anvisa, esta homenagem reafirma o compromisso do Brasil em continuar avançando na consolidação de políticas públicas de combate ao tabagismo.“É mais um incentivo para a continuidade da luta contra a poderosa e nefasta indústria do tabaco e no enfrentamento à maior causa de mortes evitáveis do mundo”, afirma Álvares.

Currículo
Diretor da Anvisa desde 2007, José Agenor Álvares da Silva foi Ministro da Saúde, entre 2006 e 2007. Servidor de carreira desde 1978, Álvares assinou juntamente com outros ministros, em 2005, a mensagem ao Senado Federal, que solicitava a ratificação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco.
A Convenção-Quadro para Controle do Tabaco é o primeiro tratado internacional de saúde pública, aprovado pela Assembléia Mundial de Saúde, com a participação de seus 192 países membros. A convenção traz uma série de medidas que devem ser adotadas pelos países que aderiram ao tratado, a fim de reduzir a epidemia do tabagismo em proporções mundiais, abordando em seus artigos temas como propaganda, publicidade e patrocínio, advertências, marketing, tabagismo passivo, tratamento de fumantes e impostos e comércio ilegal de produtos de tabaco.
Premiados

Por alavancar a Lei Geral do Controle do Tabaco mexicana, aprovada em 2008, que aumentou a taxação sobre os cigarros, o presidente da Comissão de Saúde do Senado mexicano, Ernesto Saro também será premiado. A OMS prestará homenagem, ainda, à organização Corporate Accountability International, com sede em Boston (EUA), que impulsionou várias campanhas contra a indústria do cigarro.

Cigarros com sabor
Uma das motivações do prêmio recebido por Álvares foi o retirada dos cigarros com sabor do mercado brasileiro, aprovada pela Anvisa em março deste ano. De acordo com a Resolução RDC 14/2012 da Agência, os cigarros com sabor serão retirados do mercado brasileiro em 2014.

Dados
Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado nesta terça-feira (13/3), feito com mais 17 mil estudantes em 13 capitais do Brasil, entre 2005 e 2009, aponta que 30,4%dos meninos e 36,5% das meninas entrevistadas informaram que já haviam experimentado cigarro alguma vez na vida. Desse grupo, 58,2% dos meninos e 52,9% das meninas informaram que preferem cigarro com sabor.
A pesquisa também mostra que o sabor é importante para 33,1% dos entrevistados. Dados do Instituto Nacional do Cancer (Inca) apontam que 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem cigarros com sabor. Cerca de 600 aditivos são utilizados na fabricação de cigarros e de outros produtos derivados do tabaco. O cigarro contém, em média, 10% da massa composta por aditivos.
Entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarros com sabor, cadastradas na Anvisa, cresceu de 21 para 40. Pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha, em 2011, apontou que 75% dos entrevistados concordaram com a proibição de aditivos para diminuir a atratividade de produtos para fumar.
No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 200 mil pessoas todos os anos. Atualmente, existem cerca de 25 milhões de fumantes e 26 milhões de ex-fumantes em nosso país. A prevalência de fumantes é de 15% da população de 15 anos ou mais. A meta do Ministério da Saúde é de 9% até 2022.

Histórico de regulamentação
1988 – obrigatoriedade da frase: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde” passa a ser obrigatória nas embalagens dos produtos derivados do tabaco.
1990 – obrigatoriedade de frases de alerta em propagandas de rádio e televisão.
1996 – Comerciais de produtos derivados do tabaco só podem ser veiculados entre 21h e 06h. Além disso, fumar em locais fechados passa a ser proibido (exceto em fumódromos)
2000 – criação da Gerência de Produtos Derivados do Tabaco, na Anvisa. Brasil é primeiro país do mundo a ter uma agência reguladora que trata do assunto.
2000- É proibida a propaganda de produtos derivados de tabaco em revistas, jornais, outdoors, televisão e rádios. Patrocínio de eventos culturais e esportivos e associar o fumo à praticas esportivas também passa a ser proíbo. 2001 - Anvisa determina teores máximos para alcatrão, nicotina e monóxido de carbono. Imagens de advertência passam a ser obrigatórias em material de propaganda e embalagens de produtos fumígenos.
2002 – É proibida a produção, comercialização, distribuição e propaganda de alimentos na forma de produtos derivados do tabaco.
2003 – Passa a ser obrigatória o uso das frases: “Venda proibida a menores de 18 anos” e “Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias”
2003 - É adotada pela Assembléia Mundial da Saúde a Convenção Quadro de Controle do Tabaco, primeiro tratado mundial de saúde pública, do qual o Brasil é signatário.
2005 – Entra em vigor a Convenção Quadro de Controle do Tabaco
2006 - Assinado decreto presidencial de ratificação da Convenção Quadro de Controle do Tabaco
2008 - Novas imagens de advertência, mais agressivas, passam a ser introduzidas nos rótulos de produtos derivados do tabaco.
2010 - Anvisa publica duas consultas públicas sobre produtos derivados do tabaco: uma prevê o fim do uso de aditivos e a outra regulamenta a propaganda desses produtos, bem como, exposição nos pontos de venda e prevê nova frase de advertências nas embalagens.
2011 – Lei Federal proíbe fumar em locais fechados e Anvisa proíbe o uso de aditivos em produtos derivados do tabaco.

sábado, 26 de maio de 2012

Carteirinha SUS/obrigatória para todos, inclusive quem tem plano de saúde privado

Existe uma nova lei que o obriga todos os cidadãos a obter a carteirinha do SUS (Sistema único de Saúde). Essa carteirinha será obrigatória inclusive para pessoas que tenham plano de saúde privado.
O prazo para fazer a carteirinha é até 05 de junho/2012, quem não tiver a carteirinha do SUS, não poderá mais utilizar o plano de saúde privado.
Para fazer a carteirinha basta ir a uma unidade de saúde mais próxima, com documentos de identificação (RG e CPF) e comprovante de residência e certidão de nascimentos dos dependentes.
Segue reportagem que fala sobre a nova lei.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/02/cartao-do-sus-sera-obrigatorio-para-todos-os-brasileiros.html

Cartão do SUS será obrigatório para todos os brasileiros
A regra vale também para quem tem plano de saúde particular. O objetivo é a criação de um banco de dados nacional. Prazo vai até 5 de junho.
Agora, todo mundo precisa ter o cartão do Serviço Nacional de Saúde (SUS). O documento vai ser necessário para qualquer tipo de atendimento feito pelo SUS, como consultas, exames e cirurgias.
Ele já pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde do país inteiro. É preciso levar RG, certidão de nascimento dos filhos e um comprovante de residência. O objetivo é a criação de um banco de dados nacional. E, como essa regra vale também para quem tem plano de saúde particular, na prática, todos precisam de um cartão do SUS até o dia 5 de junho.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Suplemento de cálcio dobra risco de sofrer infarto, diz pesquisa


Estudo analisou dados de 23 mil pessoas na Alemanha; para médicos, resultado deve ser visto com cautela Comprimido é receitado contra desgaste ósseo; outra droga indicada contra osteoporose motivou alerta recente MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO Quem toma suplementos de cálcio pode ter risco maior de ter um infarto, segundo um estudo publicado no "British Medical Journal". Em geral, os suplementos são recomendados a idosos e mulheres na pós-menopausa, que têm desgaste ósseo. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar os dados de mais de 23 mil homens e mulheres da Alemanha. Eles tinham de 35 a 64 anos e foram avaliados periodicamente por 11 anos. Análises anteriores já chegaram a indicar o contrário, que o suplemento poderia ter um efeito protetor contra doenças vasculares. No entanto, pesquisas recentes mostraram que o suplemento pode elevar o risco de ataque cardíaco por acelerar o processo de endurecimento dos vasos sanguíneos. Segundo o novo estudo do "BMJ", aumentar a ingestão diária de cálcio por meio da dieta não traz benefícios cardiovasculares significativos. Mas quem toma suplementos de cálcio regularmente, além de outros minerais e vitaminas, tem 86% mais chance de ter um infarto do que aqueles que não tomam qualquer suplemento. Para quem ingere apenas os suplementos de cálcio, esse risco é duas vezes maior. O cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração Daniel Magnoni afirma, porém, que é preciso ter cautela ao interpretar o estudo. "Não podemos crucificar a reposição de cálcio porque sabemos que a osteoporose é causa de quedas, fraturas e mortalidade, e a suplementação ajuda a reduzi-las." Ele diz que o estudo não deve mudar a prática médica, mas, em caso de pessoas com histórico de doenças cardíacas, é preciso ligar um sinal de alerta. Já Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório do osteoporose do serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas da USP, afirma que os estudos até agora não são conclusivos. "Mas, como há dúvidas, preferimos indicar a suplementação de cálcio pela dieta, principalmente para quem tem histórico de doenças cardiovasculares." Pereira lembra que o tratamento deve ser individualizado para que os médicos pesem riscos e benefícios. EM XEQUE Além das críticas aos suplementos, outros remédios para osteoporose foram colocados em xeque. Neste mês, a FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) publicou uma análise recomendando precaução no uso de longo prazo de bisfosfonatos. Depois de anos de uso, eles podem enfraquecer os ossos, aumentando o risco de fraturas de fêmur. Como as complicações são muito raras, os médicos acreditam que, para mulheres com osteoporose grave, os benefícios dos medicamentos superam os riscos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pacientes Diabéticos podem ter resposta insatisfatória à quimioterapia

Estudos com camundongos diabéticos realizados por cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP sugerem que a atividade do agente antitumoral cisplatina pode ser reduzida em pacientes diabéticos. De acordo com o estudo, camundongos diabéticos portadores de tumor tratados com cisplatina apresentaram menor redução do tumor e menor sobrevida que animais não diabéticos portadores do mesmo tumor e tratados com a mesma dose do fármaco. A bióloga Márcia Cristina da Silva Faria, que desenvolveu o estudo sob a orientação do professor Antônio Cardoso dos Santos, da FCFRP, expõe que a concentração da cisplatina no tecido tumoral dos animais diabéticos foi reduzida em mais de 50% em relação aos animais não diabéticos. "Este dado é inédito e sugere que o diabetes interfere na atividade antitumoral do fármaco, ou seja, inibe a função de combate ao tumor da cisplatina", reforça Márcia. Cisplatina e a glicose A cisplatina é muito utilizada no tratamento de vários tipos de tumores sólidos e hematológicos (relacionados ao sangue), incluindo câncer de fígado, pâncreas, rins, bexiga e testículo, dentre outros. Em contrapartida, seu uso é altamente limitado devido à sua toxicidade renal. "Cerca 20% dos pacientes tratados com cisplatina desenvolvem disfunção renal severa, mesmo com as medidas de proteção", diz. Segundo a bióloga, estudos anteriores já indicavam que o diabetes diminuía o dano renal induzido pela cisplatina, o que, de fato, foi comprovado neste modelo com camundongos. Em função disso, foi iniciado um estudo mais profundo sobre a relação do diabetes com a cisplatina, que culminou nos resultados inéditos. "Demonstramos que ao mesmo tempo em que o diabetes protege os rins contra a toxicidade da cisplatina, ele também interfere na ação de combate ao tumor do fármaco". Soma-se a este aspecto negativo do diabetes (doença causada por excesso de glicose no sangue) o fato de que os tumores dependem da glicose para crescer. "Há estudos que mostram que a taxa de desenvolvimento de tumor em pacientes diabéticos é maior do que em pacientes não diabéticos", alerta Márcia. Diminuição da sobrevida e atividade antitumoral Os camundongos diabéticos do estudo apresentaram uma sobrevida muito inferior em relação aos camundongos não diabéticos. A concentração da cisplatina no tumor e a diminuição da massa tumoral também foram menores. "Os resultados comprovam a interferência do diabetes na eficácia da atividade antitumoral da cisplatina e a conseqüente diminuição da expectativa de vida deste grupo em particular", afirma. A pesquisa Avaliação da interferência do diabetes na biodistribuição e na atividade antitumoral da cisplatina em camundongos, que durou dois anos, demonstra que o diabetes é capaz de alterar a distribuição do fármaco no tumor, nos rins e em vários órgãos. "Há estudos que indicam que o diabetes altera os mecanismos de transporte ativo da cisplatina nas células renais o que explica a proteção contra a toxicidade renal nos pacientes diabéticos. Nossos dados indicam que alterações importantes ocorrem também nos demais tecidos, inclusive no próprio tumor", adianta a bióloga. Os resultados demonstram a necessidade de maior atenção no uso da cisplatina em pacientes diabéticos. "É preciso reavaliar o uso clínico da cisplatina neste grupo em particular, visto que ele apresenta dois graves problemas de saúde pública: o câncer e o diabetes e o uso de um importante aliado no tratamento pode estar comprometido. Porém estes dados foram obtidos em estudos com camundongos e testes clínicos são necessários para sua extrapolação para humanos", conclui. A próxima etapa da pesquisa terá como foco alguns receptores que possivelmente possam estar relacionados à deficiência do transporte que favorece a entrada da cisplatina nas células.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Medicamentos de uso veterinário e humano já podem ser fabricados nas mesmas instalações


Entendimento entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) vai permitir que a produção de medicamentos de uso veterinário seja realizada nas mesmas instalações licenciadas para fabricação de medicamentos de uso humano. O posicionamento, que já pode ser adotado pelas empresas, consta de nota técnica divulgada nesta segunda-feira (7/5).

A nova orientação vale apenas para os casos em que os produtos veterinários contenham insumos aprovados para uso humano. Já a produção de medicamentos com princípios ativos ou excipientes de uso exclusivo (veterinário ou humano) deve ocorrer em instalações segregadas.

“Este assunto já vinha sendo discutido há bastante tempo e representa uma mudança de entendimento técnico importante para o setor produtivo, sem prejuízo ao necessário controle sanitário”, afirma o diretor da Anvisa Jaime Oliveira.

As empresas que optarem por compartilhar suas linhas produtivas ficarão sujeitas a inspeções regulares, realizadas pelo Ministério da Agricultura e pelos entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, e deverão cumprir integralmente os requisitos de Boas Práticas de Fabricação.

Certificação

A emissão de Certificados de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) já será feita com base no novo entendimento. As empresas que tiveram seus processos indeferidos devem solicitar novo certificado e comprovar que cumprem com os novos requisitos estabelecidos.

A Anvisa incorporará o novo entendimento ao texto da Resolução RDC nº 17/2010, que trata dos requisitos mínimos a serem seguidos para cumprimento das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos de uso humano. A proposta ainda será submetida à Diretoria Colegiada da Anvisa.

Dilma anuncia pacote para combater pobreza absoluta na primeira infância.

Rafael Moraes Moura - O Estado de S.Paulo

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão feito na noite do domingo de Dia das Mães, 13, a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das ações previstas no programa Brasil sem Miséria, que completa um ano em junho. Tendo como foco o combate à pobreza absoluta entre crianças de zero a seis anos, Dilma disse que o governo vai garantir renda mínima de R$ 70 a famílias extremamente pobres que tenham pelo menos uma criança nessa faixa etária.

Dilma destacou que foi a primeira vez que um discurso presidencial aconteceu no dia das mães "É uma ampliação e um reforço muito importante", disse a presidente, que aproveitou a ocasião para lembrar que "talvez essa seja a primeira vez que desta cadeira presidencial alguém faz um pronunciamento no nosso dia, o Dia das Mães". "E será a mais importante ação de combate à pobreza absoluta na primeira infância já lançada no nosso País", disse.

Intitulada "Brasil Carinhoso", a iniciativa prevê o aumento do acesso de crianças muito pobres à creche e a ampliação da cobertura de saúde, por meio do lançamento de um programa de controle da anemia e de deficiência de vitamina A. Dilma também prometeu incluir remédios gratuitos para asma no Farmácia Popular, conforme o Estado antecipou. "Fico muito feliz de poder anunciar o Brasil Carinhoso no dia das mães. É uma forma de reafirmar de maneira ainda mais contundente que nosso governo tem o maior conjunto de programas e de apoio à mulher e à criança da nossa história", disse.

"A principal bandeira do meu governo é acabar com a miséria absoluta no nosso País. Mas nem todos sabem que, historicamente, a faixa de idade onde o Brasil tem menos conseguido reduzir a pobreza é infelizmente a de crianças de 0 a 6 anos", disse Dilma, destacando que o cenário é mais grave nas regiões Norte e Nordeste.

Números apresentados pela presidente indicam que 78% das crianças brasileiras em situação de pobreza absoluta vivem nessas duas regiões. "O Brasil Carinhoso, mesmo sendo uma ação nacional, vai olhar com a máxima atenção para as crianças destas duas regiões mais pobres do País, para o Norte e para o Nordeste", disse.

"Para um país, é uma realidade duplamente amargada, tendo gente ainda vivendo na miséria absoluta e esta pobreza se concentrar, com mais força, entre as crianças e os jovens."

Apesar da gravidade do cenário, a presidente fez questão de frisar que a vida das crianças pobres "tem melhorado muito nos últimos anos no Brasil", destacando que o índice de mortalidade infantil caiu 47,5% no País e 58,6% no Nordeste.

Na tarde desta segunda-feira, 14, Dilma participa de cerimônia, no Palácio do Planalto, de lançamento da Agenda de Atenção Básica à Primeira Infância e da assinatura de termos de compromisso para construção de creches.


O seu filho tem alergias sazonais ou resfriado?

Pode ser difícil, durante os meses de floração das plantas, para os pais determinarem se seus filhos têm um resfriado ou alergias sazonais.

Congestionado, nariz entupido ou comichão, espirros, tosse, fadiga, dores de cabeça podem ser sintomas de ambas as alergias ou resfriados. Mas caso os pais prestem muita atenção aos pequenos detalhes, eles serão capazes de saber a diferença.

As crianças que sofrem de alergias na primavera ou no outono têm muito mais coseras em seus narizes. Eles também têm crises de espirro. Geralmente elas esfregam os narizes em um movimento ascendente. Eles também se queixam sobre a coceiras na garganta, coceiras nos olhos, enquanto que com um frio, elas não fazem.

Quando as pessoas têm alergias, o corrimento nasal é geralmente claro e tem a consistência do muco aquoso, enquanto que aqueles com resfriados normalmente têm descarga de muco amarelado.

É recomendado que crianças com sintomas de alergia sazonal sejam testado para alérgenos ambientais - como o pólen - que estão presentes durante as estações quando têm sintomas, mas não foi testado para alergias alimentares ou alérgenos presentes durante as estações quando as crianças não têm sintomas.

Caso seu filho tenha alergias sazonais, você pode seguir as recomendações abaixo para controlar os sintomas:

Mantenha as janelas fechadas durante os períodos de pólen e esporulação de fungos, e trocar os filtros de ar condicionado a cada mês.

Mudar a roupa das crianças quando elas vêm dentro de fora. Lavar a roupa para livrá-los de todos os alérgenos ao ar livre.

Quando as crianças fazem atividade ao ar livre, ao voltar para casa elas devem lavar o rosto, mãos e cabelos. Os pais devem aplicar soro fisiológico para lavar os olhos e o nariz das crianças.

Limitar a atividade ao ar livre na parte da manhã, quando as contagens de pólen são mais altas. Ao viajar, mantenha as janelas do veículo fechadas para manter a alérgenos de pólen e outra para fora.

Não esqueça administração de antialérgicos diariamente durante a temporada de pólen.

Mosquito com genes modificados reduz Aedes em Juazeiro

Alteração genética em insetos machos faz com que seus filhos morram antes de transmitir o vírus da dengue

Pesquisa feita na USP usou 10 milhões de mosquitos durante um ano em bairro da cidade de Juazeiro, na Bahia

SALVADOR NOGUEIRA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vem de Juazeiro, na Bahia, uma boa notícia no combate à dengue. Testes realizados por cientistas com mosquitos transgênicos incapazes de transmitir a doença mostraram resultados promissores.

O experimento, feito no último ano por pesquisadores da USP e da Moscamed, empresa que produz os mosquitos geneticamente modificados, foi apresentado em um seminário recentemente.

A premissa básica é substituir a população de machos do Aedes aegypti por mosquitos alterados. Eles se reproduzem de forma tão efetiva quanto os selvagens, mas têm uma modificação genética que, transmitida à prole, impede-a de sobreviver.

Resultado: todos os descendentes dessas criaturas artificialmente engendradas morrem antes que possam picar seres humanos e transmitir o vírus da dengue.

Durante o período de um ano, os cientistas liberaram em Itaberaba, um bairro de Juazeiro, mais de 10 milhões de mosquitos.

Depois de soltá-los no ambiente, coletaram amostras de larvas e constataram que entre 85% e 90% delas tinham o DNA modificado.

Levando em conta a população residente de A. egypti na região, houve uma redução de 75%, em relação às de áreas não tratadas.

Mais informações Folha de São Paulo de 14/05/2012 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/42687-mosquito-com-genes-modificados-reduz-aedes-em-juazeiro.shtml

sábado, 12 de maio de 2012

Conselho consultivo da FDA aprova a primeira pílula para bloquear contaminação pelo HIV

A FDA não é obrigada a seguir o conselho do consultivo. A decisão final está prevista para 15 de junho.
A Gilead Sciences sediada em Foster City, Califórnia, comercializa Truvada (tenofovir / emtricitabina) desde 2004 como tratamento para pessoas que estão infectadas com o vírus. Os médicos geralmente prescrevem os como parte de um coquetel de drogas para reprimir o vírus.

Enquanto conselheiros em última análise apóiam Truvada (tenofovir / emtricitabina) para a prevenção, a reunião de quinta-feira deixou uma série de preocupações criadas pelo primeiro medicamento para prevenir o HIV. Em particular, os conselheiros debateram se Truvada (tenofovir / emtricitabina) pode levar a uma menor utilização de preservativos. O preservativo é hoje a melhor forma de evitar o contágio nas relações sexuais. Os especialistas também questionaram a eficácia da droga em mulheres, que têm mostrado taxas muito mais baixas de proteção em estudos.

Os conselheiros estão preocupados se as pessoas vão tomar as pílulas todos os dias. Em ensaios clínicos, os pacientes que não tomaram a medicação diariamente não estavam protegidos, e os pacientes do mundo real são ainda mais propensos a esquecer do que aqueles em estudos.

Os conselheiros salientaram que as pessoas devem ser testadas para se certificar de que eles não têm o HIV antes de iniciar a “terapêutica” com Truvada (tenofovir / emtricitabina). Os pacientes que já têm o vírus e começar a tomar Truvada (tenofovir / emtricitabina) podem desenvolver uma resistência ao fármaco, tornando a sua doença ainda mais difícil de tratar. Os especialistas debateram com a forma de proteger os pacientes, evitando obstáculos que poderiam desencorajá-los de procurar tratamento.

Truvada (tenofovir / emtricitabina) foi manchete em 2010, quando pesquisadores do governo mostraram que ela pode impedir as pessoas de contrair o HIV. Um estudo de três anos descobriu que doses diárias reduziram os riscos de infecção em indivíduos saudáveis homens gays e bissexuais em 42 por cento, quando acompanhada de preservativos e aconselhamento. No ano passado, outro estudo descobriu que Truvada (tenofovir / emtricitabina) reduziu a infecção em 75 por cento em casais heterossexuais em que um dos parceiros estava infectado pelo HIV e o outro não.

Truvada (tenofovir / emtricitabina) está no mercado para o tratamento da AIDS, alguns médicos já receitam como uma medida preventiva. A aprovação da FDA permitirá a Gilead Sciences formalmente comercializar seu medicamento para a prevenção.

Mas a capacidade inovadora do Truvada (tenofovir / emtricitabina) como forma preventiva expôs divergências acentuadas sobre a prevenção entre os membros da comunidade HIV. Enquanto os apoiadores do Truvada (tenofovir / emtricitabina) dizem que a droga é uma importante opção, críticos temem que a droga poderia dar aos usuários uma falsa sensação de segurança, e incentivar comportamentos de risco.

Truvada (tenofovir / emtricitabina) para a prevenção vai aumentar os recursos para a saúde já limitados.  O que seria melhor utilizado em terapias de prevenção mais baratas e mais eficazes. A FDA está legalmente impedida de considerar custo ao rever drogas. A Medicare e a  Medicaid, os maiores planos de saúde dos Estados Unidos, geralmente cobrem todos os medicamentos aprovados pelo FDA.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

UNESP desenvolve cremes antirrugas com nanotecnologia.






FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Uma nova maneira de transportar para dentro da pele uma substância cosmética já amplamente utilizada em cremes antienvelhecimento, através da nanotecnologia, pode tornar mais eficiente o combate às rugas.

A constatação é de pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara, no interior de São Paulo, que resultou no desenvolvimento de um nanocosmético.

O composto microscópico formado de cristais líquidos obtidos a partir de silicones resultou em gotículas da ordem de nanômetros.

Para se ter ideia, um nanômetro é a bilionésima parte do metro -50 mil vezes mais fino do que um fio de cabelo.

Essas estruturas, segundo o farmacêutico Marlus Chorilli, responsável pelo estudo, são capazes de penetrar nas camadas mais internas da epiderme e controlar a velocidade com que o princípio ativo será liberado.

Às nanoestruturas de silicone foi adicionada uma substância que já é usada em cremes anti-idade existentes atualmente no mercado.

Trata-se do palmitato de retinol, um tipo sintético de vitamina A usado para prevenir ou retardar mudanças associadas ao processo de envelhecimento cutâneo.

"A vantagem da nanotecnologia para incorporar essa substância é potencializar a ação", disse o pesquisador.

Além de amplificar seus efeitos, a nanotecnologia também deu mais estabilidade ao produto, conta Chorilli.

Isso é importante quando se trata do palmitato de retinol porque o princípio ativo apresenta estabilidade química limitada quando exposto a condições como umidade, oxigênio e até à luz.

Para saber mais: Folha de São Paulo de 07/05/2012  ou  http://migre.me/8Z0tx

domingo, 6 de maio de 2012

Pesquisa abre caminho para novos remédios contra a obesidade


Cientistas descobrem uma forma de fazer as gorduras brancas se comportarem mais como gordura marrom. As gorduras marrons tranformam em energia com maior facilidade (prevenção da obesidade), enquanto as gorduras brancas apresentam uma maior capacidade de transforma em depósitos. As Células de gordura branca são associadas com o acúmulo de gordura em torno dos órgãos da barriga. Por isto ganham o nome de "gordura visceral". Este tipo de acumulo de gordura está relacionado com um risco maior para o desenvolvimento de diabetes e doenças cardíacas.

O novo estudo foi publicado hoje (06 de maio de 2012) na edição online da revista Nature Medicine. Os pesquisadores americanos descobriram que poderiam fazer a gordura branca assumir as características de gordura marrom através do bloqueio de vitamina A no metabolismo de gordura branca.

Um terço dos adultos nos Estados Unidos são obesos. Exercício, mudanças na dieta, medicamentos e cirurgias estão entre os métodos atuais usados ​​para lutar contra a obesidade.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Novas diretrizes são estabelecidas para Lupus Grave


Um em cada três pessoas com lupus desenvolve inflamação nos rins nos primeiros 10 anos da doença. A longo prazo 60 por cento dos pacientes terão problemas nos rins.

O Colégio Americano de Reumatologia divulgou novas diretrizes para o rastreamento e gerenciamento deste tipo de inflamação (também chamado de nefrite lúpica).
Na ausência de tratamento, a nefrite lúpica pode levar à fase final da doença renal, o que requer diálise ou transplante renal. Mas, nem todos os tipos são grave. Depende do padrão de danos para os rins
As diretrizes, divulgadas ontem  serão publicado na edição de junho de Cuidados Arthritis & Research .
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica auto-imune. Isso significa que o sistema imune do corpo erroneamente ataca as células saudáveis ​​do corpo. As áreas mais comumente afetadas são as articulações e a pele, mas o lúpus pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo os rins. A doença é leve em algumas pessoas e mais graves em outros. A doença tem períodos de menor intensidade dos sintomas.

Quando os rins são atacados pela doença a qualidade de vida diminui e taxas de sobrevivência também. Normalmente, a taxa de sobrevivência é de 92 por cento depois de 10 anos com lúpus. Caso os rins estão envolvidos, a sobrevivência cai para 88 por cento. Os pacientes negros têm uma taxa de sobrevivência ainda menor quando os rins são afetados.
Pacientes com nefrite lúpica devem fazer biópsia renal, de acordo com as novas orientações. Assim o médico saberá exatamente que tipo de nefrite lúpica que você tem, e o quão agressiva ela é. Também saberá onde os rins estão danificados.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Nova droga para o tratamento da Doença de Gaucher


A FDA (Food and Drug Administration) dos EUA aprovou ontem ELELYSO (taliglucerase alfa) para terapia de longo prazo de reposição enzimática no tratamento de uma forma da doença de Gaucher, uma doença genética rara.

A doença de Gaucher ocorre em pessoas que não produzem o suficiente de uma enzima chamada glucocerebrosidase. A glucocerebrosidase é uma enzima que digere um certo tipo de gordura, o glucocerebrosídeo, um glicolipídeo derivado de membranas celulares fagocitadas nos macrófagos, nos tecidos do sistema reticuloendotelial. A falta dessa enzima pode ser causada pela doença de Gaucher, uma deficiência no cromossoma 1, herdada de forma autossômica recessiva. Os sinais e sintomas variam de indivíduo para indivíduo. As principais características observadas são um aumento do fígado e do baço, anemia, diminuição do número de plaquetas e doenças ósseas. Afeta 1 em cada 50.000 a 100.000 indivíduos Os principais sinais da doença de Gaucher incluem danos ao fígado ou baço, baixa contagem de glóbulos vermelhos (anemia), contagem baixa de plaquetas, e problemas ósseos.
ELELYSO é uma injeção que substitui a enzima em falta ao pacientes com diagnóstico confirmado de Tipo 1 (não-neuropática) A doença de Gaucher. Este medicamento deve ser administrado por um profissional de saúde a cada duas semanas. Doença de Gaucher tipo 1 é estimada que afete cerca de 6.000 pessoas nos Estados Unidos.
"A aprovação de hoje prevê uma nova terapia de reposição enzimática para o número seleto de pacientes com doença de Gaucher tipo 1", disse Julie Beitz, MD, diretor do Escritório de Avaliação de Medicamentos III no centro do FDA para a avaliação da droga e Pesquisa." Isto demonstra o compromisso da FDA para o desenvolvimento de tratamentos para doenças raras.
Devido ao pequeno número de pacientes afetados, a eficácia da ELELYSO foi avaliada em um total de 56 pacientes com doença de Gaucher tipo 1 inscritos em dois ensaios clínicos. Muitos desses pacientes continuaram o tratamento em um estudo de extensão de longo prazo.
Em uma pesquisa com duplo-cego, paralelo de dose, a eficácia da ELELYSO para utilização como uma terapia inicial foi avaliada em 31 pacientes adultos que não tinham recebido previamente a terapia de substituição enzimática. Os pacientes foram selecionados aleatoriamente para receber ELELYSO com uma dose de 30U/kg ou 60U/kg.
Em ambas as doses, ELELYSO foi eficaz na redução de volume do baço, que era o objetivo principal da pesquisa. Melhorias em termos de volume do fígado, contagem de plaquetas no sangue e de glóbulos vermelhos (hemoglobina), os níveis também foram observados.
ELELYSO é fabricado e distribuído pela New York City-baseado Pfizer Inc., sob licença da Protalix BioTherapeutics Inc.
Fonte: FDA

domingo, 29 de abril de 2012

Uma lista de sites para você estudar de graça com grandes mestres das melhores universidades


FONTE: Caderno Estadão.edu do Jornal O Estado de São Paulo


Coursera (www.coursera.org)
Cursos com duração de 4 a 12 semanas sobre assuntos como Algoritmos, Teoria dos Jogos e Mitologia. As aulas são dadas por professores de Princeton, Stanford e das Universidades da Califórnia, de Michigan e da Pensilvânia

Udacity (www.udacity.com)
Criado por experts em robótica, oferece seis cursos na área tecnológica. Introdução à Inteligência Artificial, por exemplo, teve 160 mil alunos

Youtube EDU (www.youtube.com/education)
O maior portal de vídeos da web tem página de conteúdo educacional dividido em categorias como Universidade, Ensino Fundamental e Médio, e Aprendizado Para Toda a Vida

Veduca (www.veduca.com.br)
Site tem 70 aulas de professores de grandes universidades do mundo com legenda em português, mas promete oferecer versão de um total de 4.714 videoaulas

Univesp (www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br)
O programa do governo de SP vai se tornar uma universidade. Por enquanto, oferece graduação e pós em parceria com USP e Unesp. Parte das aulas e cursos livres estão disponíveis no site univesp.tv.br

Unicamp (www.prg.unicamp.br/aulas)
Aulas Magistrais reúne videos de grandes professores

iTunes U (www.apple.com/education/itunes-u)

Este aplicativo gratuito para iPad, iPhone e iPod touch tem um catálogo de mais de 500 mil palestras em vídeo ou áudio, livros e outros recursos educacionais de instituições como Stanford, Yale e MIT

Os convênios odontológicos


A mesma insatisfação dos médicos com os convênios de atendimento dos planos de saúde surge agora com os dentistas em relação aos planos odontológicos.

O problema, nos dois casos, está no pagamento pelo serviço prestado.

Os dentistas recebem, segundo o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), menos de R$ 10 por consulta; pela extração dentária, R$ 15. As entidades de classe recomendam o valor médio da consulta de R$ 70, mas os convênios pagam uma fração desse valor.

O presidente do Crosp, Emil Adib Razuk, diz que, em onze anos, de 2000 a 2011, o número de clientes dos planos odontológicos saltou de 2,7 milhões para 16 milhões.

O faturamento dessas empresas em 2010 foi de R$ 1,6 bilhão. E, acrescenta Razuk, elas pagaram aos dentistas R$ 627 milhões, ou menos de 40% do total recebido.

O presidente do Crosp destaca que os planos odontológicos construíram um modelo de negócio predatório, que se mantém por conta da exploração de sua principal mão de obra, o dentista, que é altamente qualificada.

A situação vai se tornar insustentável, prevê Razuk, e a odontologia suplementar vai entrar em colapso pela evasão dos dentistas no atendimento de clientes dos planos odontológicos.

E os maiores prejudicados serão os 16 milhões de usuários dos convênios, que deixarão de ter assistência odontológica mesmo se estiverem em dia com as mensalidades.

sábado, 28 de abril de 2012

Conhecimento de matemática e erros na administração de medicamentos.


Estudo americano demonstrou que pais com baixa habilidades matemáticas são mais prováveis a administrar doses incorretas de medicamentos para seus filhos.
O estudo incluiu 289 pais de crianças menores de 8 anos, que foram prescritos um tratamento curto prazo com medicamentos líquidos, após os seus filhos serem atendidos em um departamento de emergência pediátrica. Os pais receberam três testes para avaliar sua capacidade de leitura e matemática, e os pesquisadores também assistiram os pais como eles mediram uma dose da medicação prescrita para o seu filho.
Quase um terço dos pais tinham baixa habilidade de leitura. E 83 por cento tinham habilidades matemáticas fracas. Vinte e sete por cento tinham habilidades matemáticas em nível de terceiro grau.
Em geral, 41 por cento dos pais erraram a administração do medicamento. Os pais com nível escolar até a terceira série do ensino fundamental tiveram cinco vezes mais probabilidade de cometer um erro de dosagem do medicamento, quando comparados com pais que frequentaram até o sexto ano ou superior.

Dr. H. Shonna Yin, um professor assistente de pediatria da New York University School of Medicine e do Hospital Bellevue Center, disse :  -"Os pais enfrentam muitos desafios enquanto procuram administrar medicamentos para seus filhos de maneira segura e eficaz" .
O Dr. H. Shonna foi além dizendo: - "A administração de medicamentos líquidos corretamente pode ser especialmente confuso, como os pais podem ter dificuldade de entender conceitos numéricos, tais como a forma de converter entre diferentes unidades de medida, como ml, as colheres de chá e colheres. Os pais também devem usar copos com precisão de dosagem, conta-gotas e seringas. Estes são mais seguros."
Este estudo aponta para a necessidade de criar estratégias que diminuam os riscos de erros de administração de medicamentos fora do ambiente ambulatorial. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Uso inadequado de medicamentos



Do: Valor Econômico


Rivotril, Viagra, e antibióticos, são os campeões de uso inadequado nas corporações
Hipocondríaco, mas um pouco relapso. Estressado e com doenças associadas ao estilo de vida moderno. Esse foi o principal diagnóstico observado na pesquisa feita pela empresa ePharma, a pedido do Valor, sobre o perfil de consumo de medicamentos por executivos e funcionários de grandes corporações do país, como siderúrgicas, petroleiras, mineradoras, construtoras, usinas, companhias telefônicas e prestadoras de serviços, que utilizam plano de saúde e têm cartão de subsídio para compra de remédios administrada pela companhia. O universo pesquisado foi de 220 mil pessoas dos quase 1 milhão de vidas do mundo corporativo atendido pela ePharma.


O comportamento desse universo corporativo não foge muito à regra geral da população brasileira, no qual a automedicação para combater uma simples dor de cabeça, por exemplo, faz parte da cultura do país, e a crescente substituição de medicamentos de referência por genéricos reforça uma tendência global de mercado.


O que mais surpreende nessa pesquisa é o consumo inadequado de alguns importantes medicamentos cuja prescrição médica é obrigatória, casos do Rivotril (antidepressivo), Viagra (combate à disfunção erétil), e de antibióticos. Além disso, os dados compilados pela ePharma mostram o alto índice de desistência, sobretudo por parte dos homens, em dar prosseguimento a importantes tratamentos médicos.


A ePharma elabora relatórios mensais que são repassados aos seus clientes para que as corporações possam desenvolver políticas de prevenção de saúde a seus beneficiários, segundo Luiz Carlos Silveira Monteiro, presidente da companhia.


Os dados da pesquisa mostram que as mulheres são as que mais utilizam o sistema (57%). As faixas etárias que mais usam são dos 18 aos 29 anos e dos 30 a 39 anos, respectivamente (ver quadro acima).


O alto consumo de Rivotril, o oitavo item dos medicamentos mais comprados com receita obrigatória (em 2010 era o primeiro e em 2009 era o nono), é considerado um dos mais emblemáticos na pesquisa. A droga, desenvolvida pela farmacêutica suíça Roche, nos anos 70, para tratar de convulsões, está entre os dez principais remédios de prescrição consumidos por esse perfil de usuários nos últimos três anos. O curioso é que nos últimos 30 anos uma nova classe de produtos dessa linha de tratamento foi lançada, mas esse produto continua entre os mais prescritos.


"O Rivotril é um dos remédios mais vendidos no Brasil, muito mais que analgésicos e antibióticos", afirmou ao Valor o médico Marcelo Feijó de Mello, professor adjunto do Departamento de Psiquiatria da Universidade Paulista de Medicina (Unifesp). O uso desse medicamento, segundo levantamento do ePharma, é feito na maioria das vezes por mulheres da faixa etária 4 (de 40 a 49 anos).


Mello explicou que esse remédio é coadjuvante em tratamento e não a primeira escolha de um médico especialista. "Mas como o Rivotril tem efeito imediato e baixa a ansiedade, é receitado por uma classe médica, que não é a especializada, como ginecologistas e clínicos gerais, por exemplo", disse.


Ao Valor, o presidente da Roche no Brasil, Adriano Treve, afirmou que o Rivotril é um fenômeno de vendas no país, mas quase nada é comercializado em outros países. "A Roche não investe nada para promover o Rivotril no país", disse. Em 2011, as vendas de Rivotril (clonazepam) atingiram 14 milhões de caixas. Os principais concorrentes do produto são os genéricos de clonazepam, comercializados a preços 35% mais baixos se comparados ao produto de referência. Nos últimos três anos, as vendas da versão genérica do medicamento, da classe das benzodiazepinas, cresceram 24,3%.


Hipertensão e doenças cardíacas atingem cerca de 15% dos funcionários corporativos


Outro fato curioso é o uso de Viagra e seus genéricos por homens entre 30 e 39 anos. O remédio não está entre os dez mais vendidos, mas faz barulho. O consumo desse produto deveria ser feito por pessoas acima de 60 anos. Segundo Sidney Glina, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, há três grupos que consomem medicamentos de combate à disfunção erétil: os que realmente precisam, os que buscam turbinar a relação sexual, geralmente na faixa dos 30 anos, e os que são inseguros. "Esse último grupo está na faixa dos 18 anos a 20 anos, que tem medo de não conseguir ter bom desempenho." Segundo ele, o problema de tomar esse remédio sem precisar é o risco psicológico.


Na lista dos dez medicamentos com receita obrigatória os antibióticos genéricos reinam. O consumo inadequado dessa classe é que se pode criar resistência a antibióticos, observou Múcio de Oliveira, diretor da unidade de emergência do Incor (Instituto do Coração). "Conforme vai criando resistência, o paciente vai ter que tomar drogas mais potentes." O mesmo vale para automedicação. "É o mesmo que comprar uma peça para carro sem consultar o mecânico."


De acordo com Pedro de Oliveira, diretor-médico da ePharma, o alto índice de descontinuidade de tratamento observado pela pesquisa também é preocupante. "Cerca de 30% dos que desistem têm doenças consideradas graves." Segundo Oliveira, os homens são os que mais tendem a abandonar o tratamento.


Homens são os mais propensos a desistir em dar prosseguimento a importantes tratamentos médicos


Essa postura relapsa tem explicação: "Faz parte da cultura feminina se tratar, do homem não. Depois que deixam de ir ao pediatra, eles acham que não precisam se cuidar. Procurar ajuda médica na linguagem masculina é visto como fraqueza. Ele não quer ter nada, então abandona", disse Múcio de Oliveira, do Incor, especialista em hipertensão. "Após os 40 anos, voltam para fazer acompanhamento de próstata e hipertensão."


As terapias hormonais e de distúrbios emocionais são as de mais demandas por esse grupo de usuários do mundo corporativo, nas quais predominam o público feminino, seguidas pelas de cardiopatias e anti-hipertensivas. "Cerca de 15% da população tem algum problema cardiovascular e hipertensivo. E no caso da hipertensão a causa nunca é uma só. Além da predisposição genética, a doença está associada à alimentação rica em sódio, obesidade, ambiente estressante, sedentarismo e diabetes", lembra Múcio de Oliveira.


No ranking dos remédios isentos de receita, os analgésicos genéricos para aliviar dores lideram, o que indica um comportamento de automedicação. Os de prescrição médica também são, na maioria, genéricos. A substituição de medicamentos de referência por genéricos não é visto como um problema por especialistas. "Nossa orientação é para dar preferência a laboratórios conhecidos, que preservem a qualidade e que sejam auditados pela Anvisa [Agência de Vigilância Sanitária]", afirmou Décio Mion, chefe de hipertensão do Hospital das Clínicas.


Com essas informações em seu banco de dados, a ePharma pode traçar perfil de comportamento para cada corporação. Líder de mercado, a ePharma é uma empresa de Gerenciamento de Benefícios de Medicamentos (GBM), modelo muito comum nos EUA. Esse serviço é destinado a empresas e instituições que oferecem acesso à assistência farmacêutica e integra o benefício do medicamento à gestão da saúde de seus beneficiários.


Pelo sistema da ePharma, que atende cerca de 20 milhões de vidas e tem cerca de 60% de seus serviços voltados para rede de farmácia popular, é possível tabular todas as informações dos usuários que usam o cartão de sistema de saúde da companhia. "A empresa tem crescido 25% ao ano de forma consolidada. Ano passado, investimos cerca de R$ 2 milhões em tecnologia, o que nos permite ter os dados em tempo real nas 14 mil farmácias associadas em mais de 500 municípios", disse Monteiro.